Abra Asas para Si

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Dentre tantos significados, a palavra Liberdade pode ser definida como:

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Dentre tantos significados, a palavra Liberdade pode ser definida como:

1. Direito de um indivíduo proceder conforme lhe pareça, desde que esse direito não vá contra o direito de outrem e esteja dentro dos limites da lei. [...]

5. Cada um dos direitos garantidos ao cidadão (ex.: liberdade de circulação; liberdade de expressão; liberdade religiosa).

6. Maneira de falar ou de agir sem tentar esconder sentimentos ou intenções (ex.: permita-me a liberdade, mas vou dizer o que penso). = FRANQUEZA, SINCERIDADE [...]

8. Capacidade de agir sem receio ou sem constrangimento. = DESASSOMBRO, OUSADIA [...]|8|

E, ainda, para a Filosofia, de um modo geral, o conceito de liberdade pode ser definido e classificado como "a independência do ser humano, autonomia, autodeterminação, espontaneidade e intencionalidade|9|".

Calma, esta não é nenhuma aula da escola e você não abriu o livro errado. O que quero propor aqui é uma reflexão: pode algo assim tão amplo e importante ser definido por tão simples palavras? Se "liberdade" é o conceito e sentimento que representa uma vivência sem barreiras, sem limites, então como limitar tal expressão em uma ou mais definições? Sinceramente, "liberdade", a sensação de "ser livre", creio que não seja algo que se possa e, muito menos, se deva definir; estas são coisas que se sente e se vive, seja na mente ou na pele.

Nascemos livres como seres humanos, mas presos como indivíduos integrantes de uma sociedade já pré-organizada e muito bem estabelecida, a qual, supostamente, devemos obediência. Não me entenda mal, não sou contra a organização da sociedade, mas questiono os julgamentos, públicos e internos, aos quais ela nos impõe. Ainda quando crianças, aprendemos os conceitos do que é certo e errado, do que é bom e ruim, do que é aceitável e do que é inadmissível. Uma sociedade carregada de opiniões e pré-conceitos de como devemos ser e agir; e que, no entanto, não cansa de nos pregar o quanto "somos inteiramente livres". Somos mesmo? Podemos, de fato, falar, agir, nos vestir e ser como bem queremos? Ou instantaneamente refutamos todo e qualquer pensamento que vá ao sentido contrário do fluxo normal da sociedade, e tudo porque normalmente não nos permitimos nem sequer pensar, considerar ideias que possam ser mal julgadas pelas pessoas?

Somos e nos sentimos livres, mas só até a página 2 do livro de nossas vidas. Todos nós nos percebemos presos no mundo; reféns de constantes olhares e avaliações invariavelmente prontos para reprovar qualquer pequeno ato que cometamos. Como precaução, treinamos nossas mentes para automaticamente já fazerem tais ponderações a cada pequeno projeto que nos vem à cabeça, colocando em uma balança imaginária os prós e contras de qualquer ideia que tenhamos e, então, decidir quais atitudes são seguras a serem tomadas e quais devemos cancelar totalmente de nossos pensamentos, sempre em nome de nos mantermos invisíveis ao mundo, sem qualquer julgamento alheio.

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