O que te Move é o que te Inspira

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Em um mundo que nos cobra cada vez mais que sejamos inteiramente autênticos — a velha conversa de "seja você mesmo" —, por que somos frequentemente e, diga-se de passagem, cruelmente julgados quando, de fato, escolhemos ser nós mesmos? E por que, ...

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Em um mundo que nos cobra cada vez mais que sejamos inteiramente autênticos — a velha conversa de "seja você mesmo" —, por que somos frequentemente e, diga-se de passagem, cruelmente julgados quando, de fato, escolhemos ser nós mesmos? E por que, em alguns casos, quando temos uma inspiração de trabalho ou vida, isto é visto como "falta de personalidade própria"? A verdade é que sempre haverá alguém para te aplaudir pelas escolhas que faz, mas, em contra partida, também sempre haverá alguém para te criticar e reprovar, seja falando diretamente a você ou simplesmente comentando pelas costas. Então, se irão falar de um jeito ou de outro, talvez a grande solução seja, simplesmente, apertar o botão de mudo para tudo o que pode te fazer mal, viver de acordo com a sua própria vontade e o resto que lute enquanto você se dedica à sua felicidade particular.

Verdade seja dita, vivemos em um mundo lotado de informações e bombardeado de julgamentos por todos os lados; e isto não é novidade para ninguém, principalmente para aqueles que vivem em grandes cidades ou que estão sempre conectados à internet. Tanto acesso à informação constante, tantos olhares críticos e tantas possibilidades de referências para se adotar como inspiração podem acabar confundindo a mente de qualquer um e, no fim, podemos terminar fazendo péssimas escolhas que, ao invés de nos moverem para frente e até nos fazerem flutuar, nos puxam para baixo, prendem nossos pés e nos reduzem a determinadas metas (físicas, pessoais, sociais, financeiras, dentre outras), traduzindo-se em objetivos inalcançáveis e incompatíveis com a pessoa que de fato somos e queremos ser.

É importante, e crucial, nos cercarmos do que nos faz bem. Se ver a vida "supostamente perfeita" que é vendida na internet pelo famoso X não te faz bem, então cancele isso do seu mundo; se tirar fotos aleatórias da lua, flores e arco-íris é algo que te faz sorrir e te dá instantes de prazer e coração aquecido, então que se dane aqueles que não entendem! Toda história, toda vida é singular, única nas cicatrizes, sonhos e conquistas que carrega; querer igualar cada detalhe de duas vidas tão diferentes é impossível e algo torturante de se fazer. Cada pessoa tem a sua própria maneira de se inspirar, de ser feliz e encontrar os seus momentos de felicidade. E todos possuem o direito de fazer isso sem julgamento algum.

Realmente, ser você mesmo e ter originalidade são coisas importantes, afinal, todos nós temos o direito à liberdade, que, aliás, é garantido pela própria Constituição Brasileira|4| — e como eu gostaria que também tivesse a parte da "procura da felicidade|5|", assim como na Declaração de Independência dos Estados Unidos; além de lindo e poético, este é um dos maiores direitos o qual todos temos e devíamos ser constantemente lembrados dele. Ser de fato livre é: possuir liberdade para ser quem você é, se vestir e agir de acordo como quer, falar o que verdadeiramente pensa e sente, dentre tantos outros exemplos que cabem dentro do conceito de liberdade de cada um; porém o único local em que somos livres por completo é em nossos pensamentos, onde não há barreiras que nos limitem.

E por que todo esse discurso sobre liberdade? Simples, porque todos também devemos ser livres para nos inspirar, sem julgamentos ou qualquer coisa do tipo; sem que tenhamos que ouvir que estamos "copiando alguém" ou que "não temos originalidade" e nem "criatividade". Ter uma inspiração vai muito além de apenas um trabalho para basear uma nova produção. A magia de se inspirar está em ver o quanto algo incrível pode mudar a sua vida ou a de qualquer outro, modificar o seu ponto de vista, te fazer sorrir, criar novas esperanças e, por mais inacreditável que pareça, até salvar uma vida. Sim, inspirações não servem unicamente para basear projetos; ou, talvez, sirvam exatamente para isso, pois que maior projeto criamos durante toda a nossa existência do que a própria vida?

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