Quelo i pa tasa mamã.

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...

Sarah Andrade

Eu ao mesmo tempo que quero que ela me chame de mãe, eu tenho medo de ser muito cedo.

E se ela só estiver me chamando assim por carência? Não é que eu não queria que ela me chame assim, mas eu estou com  medo do que as pessoas podem pensar.

Mas se for a vontade dela isso, eu vou amar ser chamada de "mamãe".

Carla: Olha quem tá pronta tia Sah. - Disse Carlinha me tirando dos meus pensamentos.

Sarah: Como você esta linda meu bebê. - Disse a pegando no colo e cheirando seu pescoço gordinho. 

Juliette: Paique titia, amu, pui favoi. - Ela disse agitada.

Sarah: Calma meu amor, vamos esperar um pouquinho, uma amiga da titia esta vindo para cá com a filha dela, vocês vão poder brincar bastante. - Ela mudou na hora. - Que bico é?

Juliette: Titia eu acho que ela só vucê e eu, nom quelo masi i. - Pronto, ficou emburrada de vez.

Sarah: Como assim você não quer mais ir? E o sorvete? - Sorvete salva qualquer passeio.

Juliette: De molango? - Perguntou dando um sorriso sapeca.

Sarah: De morango. - Demos um beijinho de esquimó e fomos ver televisão com a Carlinha e a Tia Fatima.

Fatima: Olha só quem resolveu dar o ar da graça. - Disse tia Fatima levantando os braços para pegar a pequena.

Ficamos cerca de uma hora vendo televisão até a pequena vir até meu colo e puxar minha blusa para querer dormir, dito e feito, ela dormiu.

Fatima: Sah, o que aquele homem queria com você? Acabei nem perguntando.

Sarah: Ti, o Bil deixou um testamento, ele veio anunciar a abertura do testamento e que era para eu estar presente.

Fatima: Será que ele sabia que iria morrer? - Confesso que aquilo me pegou despreparada, eu não tinha pensado nisso e essa ideia me assustou. 

Carla: Acho pouco provável mãe, o Bil era um cara que vamos combinar, colecionava inimizades, acho que ele só se preveniu.

Por um lado Carlinha estava certa, se tinha uma pessoa boa em fazer inimigos, era o Bil.

A conversa continuou até  a campainha tocar, tirei Juliette do meu seio cuidadosamente para que ela não acordasse, mas falhei miseravelmente, ela acordou e acordou chorando. 

Sarah: Calma princesa, eu tô aqui com você, calma. - fui a acalmando até até dormir novamente agarrada ao meu seio.

Pocah: Quem diria que você seria uma mãe e tanto hein Sarinha?! - Só então notei enfim a presença dela no ambiente, ela estava linda e a pequena Vitória (que de pequena não tinha muita coisa) estava agarrada em sua perna, como se estivesse com vergonha.

Sarah: Eu nem acredito as vezes. - Não adianta negar, eu cuido dela como filha.

Pocah: Diz "Oi" pra tia Sarah meu amor. - Pocah disse trazendo Vitoria para frente de seu corpo.

Vitoria: Oi tia Sarah. - Ela era tão linda e delicada.

Sarah: Oi Vi. 

Após as devidas apresentações feitas ficamos conversando um pouco até a Ju começar a se mexer dando sinais de que iria acordar.

Juliette: Budia - Disse a pitica com a voz embolada, devido a ela não ter se dado ao trabalho de largar meu seio.

Sarah: Boa tarde gatinha. - disse colocando ela sentada em meu colo e arrumando a blusa. - Tenho duas pessoas para te apresentar.

Souls - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora