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Eu gostei de você porque você enfrentou todos os meus demônios, viu todos os meus fantasmas, abraçou todas as minhas inseguranças e permaneceu



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Desço do carro e caminha até a porta, sentindo meu coração acelerado e minhas mãos suadas. O medo toma conta de mim. Isabella permanece ao meu lado, oferecendo algum conforto e apoio.

- Você não precisa contar, tenho certeza de que ele nunca vai saber

Engulo em seco e fixo o olhar na casa à minha frente. Sentia uma mistura de apreensão e determinação enquanto me preparava para enfrentar o que quer que acontecesse dentro daquelas paredes.

- Mas eu vou e eu nunca vou conseguir agir normalmente se não contar, eu não posso mentir pra ele

- Tudo bem eu vou estar com você, não vou sair daqui

Ela segura minha mão e franzo o cenho negando ao momento em que começo a me sentir mais desesperada

- Não, você não vai, você já se meteu nas minhas merdas demais e eu não quero que você se meta de novo, não vou te arrastar novamente pra isso

- Mia...

- Não Isabella, nós vamos entrar e você vai subir pro quarto enquanto eu converso com papai, e isso não é um pedido

Eu olho para Isabella, suplicando silenciosamente para que ela não se envolva. Eu sei que precisarei contar a verdade ao meu pai e não serei capaz de esconder isso dele. No entanto, eu não quero envolvê-la em mais uma confusão minha. Estou disposta a enfrentar tudo sozinha. Vejo a relutância em seus gestos, mas ela concorda, respiro fundo e entramos em casa, papai estava sentado no sofá vendo TV e logo se volta em nossa direção perguntando gentilmente

- Oi meninas como foi as compras?

Olho pra Isabella pedindo silenciosamente que ela me obedeça, a mesma me olha com receio em seguida para Charlie e depois sobe.

- O que aconteceu filha? - O mesmo me pergunta um pouco mais sério e me sento ao seu lado, abro a boca em uma tentativa falha de falar, meus olhos arderem e uma lágrima escorrega trato de secá-la - Mia o que aconteceu?

- Papai primeiro eu quero que você fique calmo e tente não se estressar - Levanto-me e vou até a cozinha pegar um copo com açúcar, volto pra sala e entrego a ele que bebe um gole depois coloca na mesinha de centro e me olha, eu tenho vontade de sair dali. Tomo um fôlego profundo e pisco algumas vezes antes de deixar que a minha voz saia um pouco quebrada - Tudo bem, presta atenção eu preciso que você me escute e não fale nada e quero que você tente não me odiar, preciso que você tente me perdoar

A Gêmea Swan _ J. HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora