Todos temos demônios, mas e se seus demônios falassem com você?
Essa é a história de Mia Swan irmã gêmea mas nova de Isabella Swan, ela desde muito nova é atormentada por sonhos e uma voz que gritava na sua cabeça a fazer coisas das quais ela lutava...
Ela parece triste. Os olhos fundos, os ombros caídos, não parece ter muita vida ali dentro, parece desanimada, parece comigo
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Quando voltei pra casa Carlisle estava em uma ligação do hospital para que atendesse o chefe da polícia e eu só conseguia pensar em como Mia devia estar.
Edward e eu fomos até lá e fiquei a certa distância, mas perto o suficiente para observá-la. Mesmo sentindo uma forte vontade de ir até ela, abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, ou apenas para que soubesse que havia alguém ali por ela, eu respeitei seu espaço. Ela passou todo o tempo encolhida em seu próprio canto, sem fechar os olhos ou mudar de direção. Eu permaneci atenta a tudo ao nosso redor, querendo saber se Charlie estava bem.
A forma como seu coração batia era exatamente como alguém que dormia tranquilamente. A tranquilidade estampada em sua face escondia o turbilhão de emoções que ela realmente sentia, seus sentimentos emaranhados em confusão. No início da manhã Carlisle contou sobre o estado de saúde de Charlie e as liberou para vê-lo, ela se recusou e toda a tranquilidade que mostrava ruí, toda a fantasia de se apresentar de forte começou a sumir e eu só ficar ao seu lado, enquanto seu sangue deixava um rastro por todos os lugares em que passava carregados de angústia, infelicidade e vazio deixei que eles também fossem meus.
Quando ela caiu fui junto, quando chorou quis fazer o mesmo, quando se deixou levar por tudo o que sentia eu quis interromper, mas não tinha esse direito, então a abracei, a segurei junto a mim e prometi a mim mesmo nunca mais a soltar. No momento em que ela se agarrou a mim e confiou toda a sua dor e verdade, quando pronunciou o meu nome como se eu fosse o quem ela mais queria naquele momento, jurei que nem a morte mudaria isso
Ficamos os dois no meio do nada sentindo a presença um do outro, a calma que ela sentiu perto de mim, como não se mexeu um milímetro incomodada de estarmos assim, me senti tão cheio, pela primeira vez senti tudo daqueles que me cercavam e eram tão bom poderem serem meus sentimentos e da garota agarrada a mim, me senti vivo como nunca antes
As horas se passaram e nenhum de nós se mexia. Sua respiração ainda continha soluços, indicando que ela ainda estava chorando. Após horas de silêncio, decidi quebrá-lo.
- Você quer voltar pro hospital?
- Não, eu quero ficar aqui com você
Toco em sua cabeça afastando o cabelo de seu rosto e a observo, os olhos vermelhos, assim como o nariz. Ah Mia se você soubesse que eu não queria sair daqui nunca mais
