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Ele não volta mais 

O luto era uma coisa engraçada e ao mesmo tempo fascinante, primeiro pela palavra, luto vinha do latim "lucto" era um sentimento profundo de tristeza e pesar

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O luto era uma coisa engraçada e ao mesmo tempo fascinante, primeiro pela palavra, luto vinha do latim "lucto" era um sentimento profundo de tristeza e pesar

Mas o luto não era somente para quando alguém morria, ele era um sentimento de perda, perda de algo que nunca mais se recuperaria, eu tinha perdido algo, tinha perdido muita coisa ao longo da minha vida e eu só tinha 18 anos

Existia a teoria que havia cinco estágios do luto, a negação e o isolamento, a raiva, a barganha, a depressão e aceitação, alguém também adicionou um sexto quando percebeu que aquilo não seria o suficiente a vingança. Eu me encontrava no primeiro estágio naquele momento, tinha vivido tudo a vida durante a raiva e a depressão, mais nunca os outros e talvez fosse muito pra assimilar em pouco tempo

Pouco tempo, essa era o ponto importante daquilo, tinha perdido a melhor coisa de toda uma vida em dois meses, dois meses em que eu não recebi e nem liguei pra ele, não me esforcei pra nada só me sentei e vi o tempo passar através de uma janela na pacata e chuvosa cidade de Forks

Durante todo esse tempo me encolhi dentro de mim mesma, realmente senti o primeiro estágio do luto e ainda sentia todos os dias, nunca deixaria de sentir, mas não conseguia mais negar que eu não o tinha ao meu lado, o que não queria dizer que havia aceitado sua morte

A todo momento percebi, senti e vi a presença de Jasper e algumas vezes Noor, mas os outros eram como vultos, somente percepções.

A casa estava silenciosa acreditava que todos talvez tivessem saído pra caçar, coisa essa que eu não fazia a muito tempo e nem tinha vontade de o fazer, me levantei de onde estava e caminhei em passos calmos até a porta, a abri e desci lentamente as escadas

- Mia querida que bom vê-la, você precisa de algo?

Me virei para onde estava Esme com luvas de jardinagem nas mãos 

- Você tem um jardim?

Ela sorriu da mesma forma que fez a alguns meses atrás, do mesmo jeito que me deixava estranha e um pouco desconfortável como se sentisse falta de algo

- Tenho, você que vê?

Concordei e segui ela pra parte externa da casa, mais distante pude ver que havia um pequeno canteiro de flores, havia duas árvores frangipani, o canteiro era coberto por tulipas e dentes de leão, descalça caminhei até lá e em um dos dentes de leão que se espalhou no ar

- Você cuida muito bem deles

- Obrigada, gosto de fazer isso me distrai quando não tenho nenhum projeto em mente, e você não sabia que gostava de jardinagem

- Precisa de ajuda?

A olhei e me arrependi quando notei novamente aquele olhar, ela concordou

- Eu adoraria estava plantando algumas sementes de cacto pedra-viva, queria fazer o teste se elas sobreviveram nesse clima

A Gêmea Swan _ J. HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora