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Anthrodynia :Um estado de exaustão ao perceber o quão horrível as pessoas podem ser umas com as outras


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Bree

Minhas mãos esfregavam meus braços em busca de me manter aquecida. Mesmo estando em uma época quente meu corpo insistia em querer se manter mais aquecido do que poderia. Minha barriga ronca, agora eu também deveria encontrar algo pra comer.

Me sento no chão deixando que meu corpo se apoiasse na parede de um beco pouco iluminado que com toda a certeza não era nenhum pouco seguro, porém eu estava cansada demais pra procurar outro lugar pra descansar 

Junto minhas pernas ao meu peito e apoio meu queixo ali, sem que eu perceba lágrimas rolam pelo meu rosto. Meu cansaço era muito além daquele dia.

Eu não tinha lembranças claras sobre minha vida antes daqui, eu só sabia que um dia eu acordei e essa era a minha vida. Vagar por ruas em busca de sobrevivência, as vezes me perguntava o porquê de eu ter que viver tudo daquela forma.

Lembro da pequena biblioteca que uma vez entrei escondida para descansar pela noite, passei quase uma semana fazendo isso até que alguém desconfiasse e eu tivesse que ir embora

Eu lia alguns livros quando a fome era demais pra que eu pudesse durmi. Em um deles li que tudo o que passamos é para que exista algo melhor no fim, porém eu me perguntava o que haveria de bom pra mim depois de tudo

Ao longo dos meus treze, quase catorze anos, vi mais coisas do que qualquer um poderia vê, pude perceber o quão ruim os humanos são, eles passam por você e fingem não te notar, quando notam dizem que tudo o que está vivendo é por sua própria culpa, ou então tentam te violar.

Acho que foi por isso que eu aprendi a sempre me manter calada, com os olhos colados no chão, não queria que as pessoas me notasem, e se caso isso ocorressem, correr, correr para o mais longe possível

Fecho meus olhos e outra vez me concentro naquele som que sempre invadiam os meus sonhos, o som que sempre me davam a esperança de que alguém pudesse vê o que acontecia comigo e que talvez um dia pudesse vir me salvar

A música sempre começava do mesmo jeito, alguém sempre retirava um violino e o tocava tão calmamente, como se aquilo pudesse a livrar de qualquer coisa, como se fosse o seu refúgio, durante todo os momentos seus olhos se mantém fechados e quando a música chega ao fim seus olhos miram a janela onde tinham uma grande floresta

A Gêmea Swan _ J. HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora