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Deitada na imensa cama do quarto que pertencia a mim e a Jaz olho com fascínio para o grande espelho no teto. Nunca tinha pensado na possibilidade de ter algo assim, porém no momento em que me vi deitada e olhava para o espelho me encontrando com o olhar de Jasper uma sensação de tranquilidade e expectativa enchia o meu corpo.

Aquele era o último cômodo da casa, ocupava bastante espaço do segundo piso e como todo o lugar era clara e aberta, as janelas do chão ao teto mostravam com perfeição o abismo até o mar lá embaixo, nas paredes quadros que eu havia pintado, mas um se destacava por não ser meu, Jasper costumava dizer não gostar de arte, porém seu traço era impecável quando me desenhou com perfeição em preto e branco.    

- Acho que não vou querer sair daqui nunca mais

 O loiro apoiado no batente da porta sorri e se aproxima ainda me olhando pelo espelho até está sobre mim. Seus dedos passeiam delicadamente por meu pescoço até meus lábios e o mesmo sorri ao perceber como tinha ficado muito mais receptiva. Ele se inclina deixando seus lábios bem próximos ao meu   

 - Não tinha essa intenção darling

Sua voz rouca e baixa trazem um frio angustiante ao meu ventre e quando seus dedos somente tocam meu ombro seguro com força seu braço em uma respiração quase real demais. Sua risada reverbera por meu corpo e sinto frio. 

- Amor

Mordo fortemente meus lábios quando o mesmo deixa um pequeno selar em minha clavícula, minha mente parece se desconectar do meu corpo enquanto o mesmo continua a me chamar e somente posso me concentrar em quão delicioso era telo tocando meu corpo. 

Quando suas mãos passam para a minha perna desnuda o envolvo com as mesmas e meus olhos que tinha fechado se abrem e sinto um desejo ainda maior quando vejo a nossa figura de cima, o mesmo com a cabeça em meu pescoço e suas mãos que começavam a subir.

- Dança comigo?

Me volto para o loiro totalmente confusa enquanto o mesmo me olhava totalmente despreocupado e divertido.

- O que?

Tentei me concentrar, mesmo que a cada segundo suas mãos subissem um pouco mais, o cheiro de excitação se impregnasse em cada canto daquele quarto, e minha audição se fechar totalmente para o meu corpo. Jasper ri de uma maneira adorável me deixando a sensação de não ter meu corpo mais comigo.

- Dança comigo darling?

Concordo prontamente ao sentir um forte aperto em minha cintura, Jasper se levanta me levando suspensa, deixo minha testa junto a sua e olho com atenção como seus olhos estavam negros, o que eram diferentes do dourado de meia hora atras, o mesmo retira um pequeno controle do bolso e a baixa voz de Edith Piaf em La vie en rose reverbera por todo o quarto.

Escorrego por seu corpo até está sobre seus pés e aos poucos estamos balançando nossos corpos com o ritmo da melodia francesa.

- Por acaso você a conheceu? - Eu falo enquanto sou conduzida pelos braços, ternos dele.

- Quem? A cantora? - Confirmo com a cabeça. - Infelizmente não, eu estava muito ocupado na época dela. Gostaria de a ter conhecido, talvez eu entendesse essa vida cor de rosa que ela tanto fala.

- Ocupado? O que seria mais importante para você do que arte? - Digo com um sorriso brincalhão, que é repetido por ele.

- A primeira metade do século passado foi bem... Complicada, os imortais não foram exceção... Mas acho que você já sabe disso.

O rosto de meu Jas fica pesado, como se lembrasse. Entre nós palavras não eram necessárias, não por não ter nada para ser dito, mas por tudo que era importante já ter sido dito.

A música continua e o balançar de nossa dança a acompanha em silêncio.

- Meus pensamentos são um livro aberto para você. - Ele quebra a ausência de som. - Mas eu não consigo entrar na sua cabeça, Darling. Por que não me diz o que você quer?

Quando terminou a frase, o braço na minha cintura me apertou com força, até que nenhum espaço houvesse entre nossos corpos, enquanto a mão que segurava a minha, começou a massagear por entre meus dedos.

- Você sabe o que eu quero. - Eu disse baixo, quase sussurrando.

Ele me puxou para mais perto ainda, como se quisesse que nossos corpos se tornassem um só.

- Mas eu quero que você fale.

Ele sussurrou no meu ouvido e, se ainda fosse humana, eu tenho certeza de que teria me arrepiado.

- ... Eu quero você. - Respondi da mesma forma que ele.

A mão que segurava a minha foi de encontro com a que estava na minha cintura e, me levantando, deixei que minhas pernas se enroscassem em sua cintura enquanto o mesmo se deitava comigo e me beijava delicadamente aumentando aquela sensação que parecia querer explodir dentro de mim.

Quando o mesmo se foi senti sua falta e quando retornou o olhei em busca de respostas para o que tinha em uma bolsa de veludo que foi colocada ao meu lado antes que o mesmo se colocasse a minha frente e retirasse a camisa antes de se ajoelhar levantei, ri rapidamente quando fui puxada até ter minhas pernas em volta do seu pescoço e engoli em seco ao encontrar com seu olhar completamente negros que traziam somente fome e desejo. 

Cai de encontro com a cama no segundo em que seus lábios tocaram minha intimidade e gritei quando o mesmo mordiscou, minhas mãos foram de encontro a sua cabeça e me remexi em busca de uma sensação mais forte, fechei os olhos e reclamei quando o mesmo se afastou   

- Não feche os olhos Mia, olha pra cima, deixe suas mãos acima da cabeça e não ouse desviar 

Fiz como ordenado e vi que meus olhos também não eram mais os alaranjados de sempre, minhas mãos estavam tensas e assim que ele voltou a dar total atenção a minha intimidade minhas pernas o seguraram ainda mais firmes enquanto tentava não fechar os olhos.

Ao menos me importei em fazer barulhos altos demais quando o mesmo baixou meu desejo antes de aumentá-lo ainda mais quando introduziu um dedo dentro de mim e mesmo que eu soubesse que era erado minhas mãos se voltaram para sua cabeça o fazendo rir trazendo uma sensação deliciosa enquanto o mesmo ainda tinha seus lábios em mim.

E toda aquela sensação pareceu aumentar juntamente com uma dose de dor, muito pior do que sentir sede e muito melhor do que qualquer coisas, minhas mãos foram seguradas assim como a minha cintura o que me manteve parada sentindo todo o meu corpo entrar em combustão enquanto gritava seu nome enquanto gozava na sua boca.  

A Gêmea Swan _ J. HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora