Chapter 3

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Era uma nova manhã, e de alguma forma as coisas já pareciam estar diferentes. Maridia se levantou cedo como sempre fazia, abriu as cortinas de seu quarto e vestiu seu uniforme branco como de costume, mas sua mente vagava por lugares diferentes dos da noite anterior. Ela agora não conseguia parar de pensar nas informações da ficha que leu, e de como era espantoso o conhecimento do que Rosinante estava responsável de fazer. Ela não imaginava que a situação era tão perigosa, mas logo assegurou-se de que o Comandante era mais do que capaz de se virar sozinho, como antes fizera.

Lá fora os pássaros cantavam e as gaivotas chiavam como sempre, acompanhadas pelo som e ar fresco da maré à distância. De forma eficiente, a tenente se colocou a postos para fora de sua área pessoal do quarto e tomou o caminho pelo corredor em direção ao salão. Tomaria seu café da manhã e logo em seguida se apresentaria para o Almirante para receber suas tarefas e também devolver a ficha do Comandante, mantida segura em suas vestes. Ela ainda não conseguia evitar pensar no homem de olhos cor de âmbar, mas seus pensamentos foram desviados assim que chegou a hora de entrar na sala de seu superior.

Como esperava, Sengoku estava a seu aguardo sentado atrás de sua mesa com uma papelada disposta a sua frente. Maridia se aproximou com eficiência e se curvou.

− Sempre pontual, eh Hawkins? – O Almirante disse de forma estoica mas também leve.

Maridia assentiu, sempre orgulhosa de sua eficiência. – Sim, senhor. Estou pronta para as minhas tarefas.

Assentindo de volta, o Almirante Sengoku folheou a papelada em sua frente enquanto dizia:

− Eu irei precisar que você leve os suprimentos e equipamentos que o Comandante Rosinante irá precisar antes de sua saída. Mais tarde hoje ele irá voltar para sua missão e precisamos que todos seus pertences estejam em ordem. – O olhar dele encontrou o da tenente. – Você irá encontrar tudo que precisa levar na sala de equipamentos A. Tudo que precisará fazer depois é verificar se está tudo de fato em ordem, e então providenciar que o Comandante se alimente antes de sair. Eu só consigo me assombrar de imaginar que tipo de coisas aquelas pessoas devem fazê-lo comer...

Maridia piscou mas fez um gesto positivo com seu rosto rapidamente. Um sorriso se esboçou em seu rosto ao se recordar de que Sengoku fora o responsável pelo Comandante por muitos anos, afinal basicamente o criara; então ao certo ele também se responsabilizava pela sua alimentação. A noção do Almirante como figura paterna era ligeiramente divertida, mas a mulher de olhos verdes não se pronunciou sobre isso, não querendo tirar sarro do superior.

− Cuidarei disso imediatamente, senhor. – Ela fez com convicção, chamando atenção do Almirante que espiou em sua direção outra vez.

Sengoku ajustou seus óculos devagar. – Não precisa se esforçar tanto, isto é algo simples de se fazer. E não se assuste com Rosinante, ele não machucaria a uma mosca. Isto é... Se a mosca não ficar em seu caminho – Adicionou ele de forma meio sombria.

Maridia o observava com sobrancelhas erguidas e isso fez o Almirante rir.

− Estou só te provocando. Agora vá, está dispensada. Não o deixe esperando.

E com aquele comentário, Maridia novamente se curvou e tomou seu caminho para fora da sala, andando pelo corredor sobre o tapete avermelhado enquanto repassava em sua mente o que deveria fazer. Como sempre curiosa, ela se perguntava que tipo de equipamentos o Comandante devia levar... Seriam armas secretas ou uma armadura especial? Ela não estava certa se tinha permissão para olhar os equipamentos todos, mas já que era sua tarefa conferir se estava tudo em ordem, ela imaginou que sim. De forma compassada, Maridia encontrou a sala de equipamentos A e colocou-se para dentro. Olhando ao redor ela encontrou diversas caixas com vários tipos de equipamento e recursos, mas manteve-se focada procurando a caixa certa.

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