( Demi pov )
Meu coração batia extremamente rápido, e ter noção disso me deixava um pouco aflita para ser sincera. Me sentei confortávelmente abraçando uma almofada contra o colo, tentando ocupar minhas mãos para que ela não percebesse meu nervosismo com a sua presença.
Confesso que mais cedo quando o sol nasceu eu não podia imaginar que tudo mudaria tão rápido. Nem o céu estava igual. As nuvens faziam festa a essa altura, e não havia nenhum indício do sol de horas atrás.
Respiro fundo para tentar pensar melhor, e o vento gelado sopra forte em meu rosto, me fazendo sorrir pelo prazer momentâneo. Mas então o cheiro de (S/n) invade meu nariz de uma forma intrometida, me trazendo de volta a realidade dos fatos.- Oi. - sinto seu corpo expressar tudo o que eu estava sentindo. Suas ações refletiam as minhas.
Eu já havia ouvido sua voz antes, mas aquela era a primeira vez que ela era direcionada exclusivamente para mim. Fiquei até surpresa com o fato dela conseguir estar falando, levando em consideração as suas frustradas tentativas anteriores.
Sorrio com esse pensamento ainda com os olhos fechados. Ela ficava linda nervosa.
Era realmente muito confuso para mim toda alquela situação. Eu queria poder aproveitar mais daquele momento com ela, mas ao mesmo tempo eu sabia a importância de me manter afastada. Eu não tinha muitas opções, o melhor a ser feito talvez fosse induzi-la a ir embora antes que a situação piorasse. Mas eu precisava encontrar antes uma forma de ela ficar quieta sobre mim. Talvez um termo de confidencialidade resolvesse.
A verdade é que só o fato de eu estar passando por isso me trouxe de volta alguns sentimentos ruins, que eu só queria deixar guardado e esquecido no fundo do baú. E estar lembrando disso agora me trazia uma sensação extremamente ruim.
Decidida a resolver essa situação de uma vez eu me viro a encarando. E fazer isso foi um erro, pois só de olhar em seus olhos eu já não tinha mais a mesma certeza de antes.- Ah... você realmente fala. - seu rosto adiquiri um tom de pálido e ela hesita, me fazendo quase alcançar meu limite de frustração para um ano inteiro. Mas isso era necessário.
Se antes ela ia se pronunciar, agora ela tinha mudado de idéia. Então suspiro já cansada disso tudo. Dessa vida de decisões vazias e escolhas impostas.- Pode se sentar, eu não mordo.- as palavras saem da minha boca trazendo flashs da minha boca em seu pescoço macio, me fazendo sorrir em expectativa. - Bom, pelo menos não sem permissão...
Sei que não devia ter dito aquilo, mas era a verdade afinal de contas.
Ela desencosta da porta com certa dificuldade e se senta ao meu lado. Seu cheiro poderia ser a mais nova droga feita especialmente para mim. Queria envolve-la em meus braços de novo, puxá-la pra perto e me embriagar na sua fragrância única. No seu contato... Notei seu peito ofegante. Será que ela se sentia como eu?
O pensamento me fez ficar eufórica e com um calor repentino. Me fazendo dar conta que tudo aquilo era demais pra mim. Eu precisava ser bem forte pra passar por aquela provação.
Então eu junto todo o resto da minha já escassa força e me afasto rapidamente. Deixando espaço o suficiente para me permitir raciocinar.- Quem é você e o que faz aqui? - pergunto em um tom o mais frio possível, sabendo que se a encarasse provavelmente fraquejaria.
Ela fica quieta por alguns instantes, o barulho do vento agora tomando seu lugar. Quando volta a falar seu tom é triste, me causando um certo desconforto.
- Meu nome é (S/n) Dark, eu sou de São Paulo. Estou aqui a trabalho. - seus olhos estudavam as folhas secas que caíam e eu espero ela prosseguir.
Aquele era o máximo que a tinha ouvido falar de uma só vez, desde que ela tinha entrado pela minha porta mais cedo. E já que provavelmente não ia durar muito, que mal tinha em querer saber mais sobre ela e aproveitar o momento ao seu lado?
Mesmo que para ela não parecesse isso...
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Minha Namorada é uma Vampira! DEMI/ YOU
Fanfiction(S/n) Dark leva sua carreira de escritora muito a sério. Ao participar de uma competição para alcançar o cargo tão desejado de escritora na famosa Editora ATLAS, (S/n) se vê passando três meses sozinha em um casarão antigo e mal assombrado no meio...