𝟐𝟔. 𝐕𝐎𝐂𝐄̂ 𝐄́ 𝐆𝐀𝐘?

237 32 30
                                    







📍Instituto Xavier, New York, Nova Iorque

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



📍Instituto Xavier, New York,
Nova Iorque

- Pai - Peter disse - eu acho que você está exagerando.

- Exagerando? Você só pode estar brincando Peter Maximoff. - Erik respondeu.

- Vamos fazer o seguinte: - Sisi começou - vocês ficam nessa cozinha cozinhando enquanto eu vou ler Maquiavel. Não é como se eu estivesse treinando pra ser uma dona de casa ou algo do tipo.

Ela saiu logo depois de falar.

- Ei! - Tommy a chamou se aproximando. - Você não tinha que estar ajudando a traduzir o livro de receitas?

- Tinha, mas seu avô pediu gentilmente que eu tirasse minhas patas nazistas da cozinha. - Falou sarcasticamente.

- Gentil não é uma palavra usada para descrever meu avô. - Ele respirou. - Aliás, você não deveria estar na casa do Sam com o Martin?

- Vamos dizer que talvez, eu e Martin começamos a seguir caminhos diferentes.

- Qual é? Você e Martin são inseparáveis, nada nem ninguém vai mudar isso.

Elisabeth não tinha muita certeza disso.

Uma vez quando tinha treze anos, Herman sugeriu que ela e Martin deveriam se afastar, com a desculpa de que eles queriam coisas muito diferentes.

"Enquanto você quer dominar o mundo, Martin quer uma vida simples sem muitos desafios com uma boa casa e uma família comum não necessariamente ligada por sangue. Pessoas assim, normalmente não entendem os sacrifícios que fazemos. Somos ambiciosos demais, poderosos demais, sempre queremos mais do que é nos permitido e para isso, as vezes, passamos dos limites dados por eles." Ele disse.

Na época, Lizzie ficou bastante chateada com Herman por ele ter sugerido que seu melhor amigo algum dia se afastaria dela. Mas quase um século depois, ela estava começando a pensar que talvez ele não estivesse tão errado.

- O que aconteceu com você? - Illyana apareceu atrás de Sisi.

- Não aconteceu nada comigo.

- Então por que você parece uma depressiva prestes a se jogar do telhado?

Elisabeth estava sentada na ponta do telhado da Mansão X, admirando o horizonte embaixo do sol de novembro.

- Não vou me jogar do telhado. Lutei muito para permanecer viva para ter uma morte tão sem graça. Isso se eu tivesse a sorte de morrer.

- Você e Martin brigaram, isso é meio que óbvio.

- Acho que nós vamos parar de ser amigos. Eu e Martin. - Sisi soltou.

- Por que?

- Porque eu sou a porra de uma aberração genética.

- Sabe... essa coisa de nos afastarmos dos nossos amigos é bem comum. Eles vão trabalhar, casar, ter filhos e esperar a morte chegar com o tempo. - Roberto disse, surgindo do nada. - Nós somos aberrações genéticas que vão salvar o mundo e mandar a morte ir se foder. E apesar de sermos apedrejados, envelhecemos mais devagar. Pelo menos a maioria.

- De onde você surgiu? - A russa perguntou.

- Vocês acham que são as únicas que gostam de ficar no telhado? - Ele falou dando um gole na garrafa de rum que segurava.

- Você tá bêbedo.

- Sim e mesmo assim dou conselhos melhores que você, Illy.

- Vai se foder, Roberto.

- Quando você vai me dar uma chance? - Ele fez cara de cachorro abandonado.

- Dia 31 de fevereiro.

- Pelo menos eu tenho uma chance com você, né Sisi? - Ele jogou o braço em volta do pescoço dela.

Illyana riu pelo nariz.

- Sinto em lhe informar Beto, mas nossa líder nazista está namorando.

- Não estou não. - Sisi disse.

- Ah não? - Rasputin começou - Então quem é a tal da América Chavez com um emoji de estrelinha no final do nome que te manda mensagem todo dia as sete e meia da manhã? Ou que te faz sorrir quando chega uma mensagem no celular?

- Pera aí! Você é gay? - Roberto falou bem alto.

- Será que vocês podem falar baixo? - Sisi pediu.

- Então você é lésbica? - Roberto perguntou, agora quase sussurrando.

- Não Beto, eu não sou lésbica. - Elisabeth ficou vermelha. - Eu gosto dos dois, não que isso seja da conta de vocês!

- Porra Illyana, tirou a garota do armário. - O brasileiro comentou.

- Não tirei não!

- Tirou sim! - Sisi corrigiu Illy.

- Desculpa, pensei que você já tinha saído quando vi você comentando com o Logan outro dia.

- Tudo bem... Só não espalhem isso por aí. Eu meio que tenho uma ordem de restrição em eu ser eu mesma feita pelo governo dos Estados Unidos da América.

- Esse governo é uma merda. Tentam controlar tudo o que encontram. - Beto comentou.

- Não no meu país. - Era Illyana. - No meu país, nem deixamos esses merdas entrarem.

- Bem... - foi a vez de Sisi - eu não tenho a menor moral pra reclamar sobre restrições do Estado.

- Ótimo, então podemos brindar. - Roberto disse.

- Brindar à que? A vida está uma merda. - Illyana comentou.

- Que os Estados Unidos da América enfiem uma tora no cu. - Beto levantou a garrafa antes de dar um gole.

- Apoiado. - Illy deu um gole na bebida.

- Foda-se essa porra. - Sisi disse antes de beber quase metade da garrafa.

- O rum tem o seu selo de aprovação Princesinha Nazista? - Illyana disse brincando.

- Vai tomar no cu sua Comunista de Merda. - Sisi bebeu mais depois de devolver a brincadeira.

Segundos depois quando o trio se levantou para voltar para a escola, o salto da bota de Elisabeth prendeu em umas pequenas falhas entre as telhas a fazendo escorregar em direção ao chão, 20 metros embaixo dela.








NOTAS DA AUTORA



Para quem está acompanhando toda essa saga, é super importante ler Not Into You (que se passa ao mesmo tempo que Brutal), pois vai anteceder uma nova fase da fanfic e da Sisi.



BRUTAL⁴ - (X-MEN & MARVEL)Onde histórias criam vida. Descubra agora