𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘

CHAPTER THREE

Talvez seja loucura de sua cabeça, seus olhos não saem daquele relógio na parede da biblioteca silenciosa, o livro que estava lendo antes foi abandonado abaixo dos braços cruzados enquanto a mente se perde em seus pensamentos. Tem medo, muito mesmo pelo pedido de Shuji, afinal, ninguém é cego o suficiente para perceber os verdadeiros sentimentos dele por si, e se ele pedir algo horrível, como beijá-lo ou transar com ele? Claramente pularia fora jogando o foda-se pela sua "palavra de homem", não, de forma nenhuma pensa em destruir seu orgulho e dignidade por isso.

— Olá — De repente uma jovem de cabelos cacheados apareceu do seu lado, mexeu sua cabeça como se respondesse a saudação da mesma — Eu me chamo Jane, sou a jornalista do colégio, estou aqui para lhe perguntar sobre o clube de Xadrez e a sua vitória desse ano, se importaria?

— Não — Nunca foi de ser extrovertido, sabe, de socializar facilmente.

[...]

CHIFUYU MATSUNO

A raquete é segurada firmemente, a bola está fixa em suas íris, pernas e corpo posicionados prontos para a próxima partida, não sabe ao certo se sua disposição essa manhã é dada pela recuperação de algo tão importante, ou por estar sendo vigiado por Baji Keisuke, isso mesmo, o rapaz encheu tanto seu saco para ser aceito a acompanhar sua aula de hoje, suspeito.

— Porra — O mesmo cara do banheiro resmunga tentando rebater todas as bolas sacadas por Matsuno, a sua atitude é bem incomum, já jogou com três pessoas nesses quatros dias que está no internato e nenhum agiu dessa forma — Vamos logo, desgraça!

Graças a sua última frase a atenção da professora foi toda para ele, mesmo de longe, notou seus olhos vermelhos e inquietação. Olhou ao redor da quadra antes de jogar a bola verde para cima e bater com toda sua força junto com a raquete, não abaixou a guarda em nenhum momento, acompanhando a bola e a batida do rosado foi logo na direção onde a bola vai quicar e passar para seu lado, segurou firme e rebateu, porém a raquete do adversário passou por baixo deixando a sua vitória garantida.

— Chifuyu Matsuno, você ganhou novamente! Meus parabéns! — Mesmo ofegante e cansado por usar força em suas pernas caminhou para perto da supervisora, mas foi empurrado bruscamente para o chão batendo sua cabeça ali, a ação logo foi repreendida pelo grito de Gâdia, a supervisora. Baji imediatamente pulou da arquibancada e foi de encontro com o loiro machucado, o levantou e encarou aquele que o derrubou de propósito.

— Você está bem? — Assim que Chifuyu se manteve em pé, ele partiu para cima de Haruchiyo, que grita descontroladamente.

— VAI SE FODER, ESSE MERDA ESTAVA TRAPACEANDO, O QUE ESPERAR VINDO DO PRÍNCIPE, SEU PAI JÁ FAZ MUITO ISSO, NÃO É? TAL PAI, TAL FILHO— Ele está tão fora de si que conseguiu passar por Keisuke sem nenhum problema, portanto, o moreno não viu outra escolha a não ser tentar afastar Matsuno para bem longe. Enquanto esse meio tempo, os seguranças foram acionados para irem a quadra onde o herdeiro foi agredido — VAMOS SEU CUZÃO, ME SOCA IGUAL FEZ COM MEU AMIGO, VAMOS CARALHO, FAZ MEU NARIZ SANGRAR IGUAL FEZ COM ELE!

— O que pensa que está fazendo, Haruchiyo? — Mikey se aproximou acompanhado por quatro seguranças — Não é dessa forma que deve tratar o próximo rei, está perdendo o pouco de senso que há em ti? Eu mesmo posso te rebaixar ainda mais — Agarrou o descontrolado pelo colarinho — Não me importo se drogue por diversão ou para outra merda, só que a partir do momento que mexe com ele, está mexendo comigo. Me ouviu?

— Solta ele, Manjiro Sano! — Pediu à supervisora que logo foi atendida, Sanzu encarou cabisbaixo o baixinho loiro se retirando da quadra depois.

— Quer que eu te leve a enfermaria? — Questionou colocando a mão no local que está dolorido, por conta do tombo ficou tonto tendo que se agarrar no moreno ao lado que o segurou.