CHAPTER SEVEN

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— Kazutora, onde está meu celular? — O irmão mais velho sai da "sauna" deixando várias poças de água no piso claro e bem desenhado, marchou para o seu quarto e do mais novo ainda perguntando onde se encontra tal aparelho. Girou a maçaneta que dá para o outro banheiro e empurrou sem pressa nenhuma pois poderia ter alguém utilizando aquele cômodo, felizmente achou seu telefone, mas escutou algo que lhe preocupou.

— Ligaram para minha mãe dizendo sobre a invasão, claro que ela estava ocupada e eu que tive que atender. Uma das empregadas disse que as janelas foram quebradas, furtaram algumas coisas e o pior de tudo foi ele ter escrevido com pichação "Viado, me dê o dinheiro" na entrada. Eu to fodido, Baji.

Matsuno pisca incrédulo com o que acabou de ouvir, mas ele sabe quem foi? Porque se souber e não denunciar ele é maluco, pensou o loiro.

— Me desculpa, Baji, eu estou envolvendo você nisso e… — Seu tímpano captou o choro do amigo — Sério, me desculpa por tudo, por ter brigado com você, lhe chamado de-

— Muito obrigado, prometo que vou sempre te ajudar quando quiser — Seu pé escorregadio faz seu peso abrir mais do que deve a porta de vidro, puxou de volta para si rápido mas perdeu o controle e bateu forte, a sombra do alto movimentou lá dentro e agradeceu pelo vidro ser embaçado, saiu correndo para o seu quarto antes de ouvir a ultima fala do jovem — Porra, o Chifuyu já saiu do banho, vou indo.

Manteve uma pose serena como se não tivesse corrido por três cômodos, seu rosto ficou neutro assim que o rapaz de mechas loiras adentrou no quarto. Agarrou suas peças diretamente da mala e jogou no colchão fingindo notar somente agora a presença do mais alto.

— Tava quase indo te encontrar, queria saber onde está meu celular — Atuou.

— Ah sim, eu havia pegado ele para fazer uma ligação se não se importar… — Entregou o aparelho na mão seca do outro — Vou arrumar minhas malas.

Estava quase se retirando do cômodo para ir fazer seus deveres, mas Chifuyu impede chamando-o, e este parou na porta.

— Quer conversar? Você disse aquela hora que havia brigado com o Baji por minha culpa — Abaixou a cabeça sem ter coragem de olhar o olho amarelo do outro — Não quero ser o motivo para não serem amigos.

— O que lhe faz pensar que brigamos por você? Eu falei aquilo na hora da raiva, passei o dia todo ouvindo seu nome e que era para pegar no seu pé caso tivesse algum deslize. Discutimos por outro motivo, não foi você, fique tranquilo — Tentou avançar porém foi chamado novamente.

— Ei, qual era a sua relação com ele?

— De amizade assim como ele e Mikey, por quê? — Levantou uma sobrancelha, o jovem tentou pronunciar algo para não levantar suspeitas que havia lido a mensagem enviada a dois dias atrás.

— Quer saber? Esquece, eu devo ter esquecido tudo, pode ir — Liberou a saída do mais novo, só que agora ele que não deseja sair.

— Chifuyu, você não me engana, diz logo!

— Não é nada, porra.

— Jura? Jura pelo seu gato? — Fez uma pausa quando ouviu o felino falecido ser dito segundos atrás, revirou os olhos soltando uma bufada logo depois.

— Ta...achei que você e o Baji estavam juntos… — Dizer em voz alta para Kazutora ouvir foi estranho.

— SÉRIO? EU E ELE? — O outro começou a rir alto — Ta ficando maluco? Não é só porque ele é gay que ele ficaria com qualquer um.

— Como? Ele é gay? — Ficou incrédulo com a notícia vinda de Kazutora.

— Eu estou chocado, você conhece ele há mais de uma semana e não sabe a sua sexualidade? Meu deus você é tão lerdo, irmão — Balançou a cabeça negativamente — Relaxa, não sou o tipo dele.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora