CHAPTER TWELVE

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Dois dias sem aula, os alunos do colégio estão amando isso, por um outro lado é devastador, não foi um plebeu ou um animal a ser assassinado pelo campus, foi o irmão do príncipe que foi brutalmente assassinado e forçado a fazer algo indecente, é desagradável ter vários policiais — e um aluno, porém este conseguiu a permissão do pai para se juntar aos demais pois conhecia muito bem o povo do colégio — interrogando, perguntando coisas íntimas e até mesmo para aqueles que nunca tiveram um contato com Kazutora.

Baji chegou ao colégio na esperança de encontrar Chifuyu, percorreu por todos os corredores, salas, clubes e até em seu dormitório, porém não o encontrou. Sua respiração já está ofegante, suas pernas tremem, o seu coração bate freneticamente, mas não deixa de pensar no príncipe e como ele deve estar arrasado, de pisar no mesmo gramado, de olhar onde o corpo foi achado, e se amargurar — talvez — por ter saído e deixado-o para trás.

Caminhando para o local de refeição — na qual há dois policiais presentes —, Keisuke avista seu grupo de amigos, o trio apenas, todos abatidos, claro. Se aproxima deles atraindo o olhar do mais velho entre eles, Ken Ryuguji, que parece não ter dormido também.

— Onde esteve!? — Questionou Takashi — Ficamos horas te ligando, até fomos na sua casa e sua mãe estava desesperada, não tem celular!? — Hakkai nota que seu colega de quarto começa a ganhar uma postura quase raivosa, levou sua mão até o ombro do menor e disse:

— Se acalme, não vamos brigar em um momento como este — O rapaz de íris lavanda olha para ele em silêncio, apenas aceitando o "sermão".

— E o Mikey? — Perguntou por não ver o garoto por perto, ao perceber a ausência do mesmo, Draken faz uma expressão triste que chama atenção do moreno, não somente nisso, mas sim em seu rosto com uma coloração roxosa — Cara, o que aconteceu com o seu rosto!?

— A notícia afetou muito ele… — Não mencionou nada sobre a cor estranha.

— Você ainda não disse o que aconteceu com você, por que está com olho roxo!? — O loiro alto balança a cabeça negativamente como se negasse a dizer o que realmente aconteceu. Keisuke suspirou derrotado, se ele não quiser falar não irá forçá-lo — Bem, vocês viram o Chifuyu hoje?

— O que? Eu não creio que aquele idiota ainda veio pra cá depois de tudo! — E novamente os nervos de Takashi voltam à tona, mas respirou fundo para não esquentar o clima tenso e luto — Será que a rainha já soube?.

— A princesa ligou para ela, disseram que virão amanhã — Passou a informação ao trio.

— Esperado da Vossa Alteza — Disse o estilista que cruza os braços e suspirou decepcionado, nenhum deles gostou da atitude da senhora, um filho foi assassinado e ela não veio, deixou de lado isso para continuar nessa viagem. Mas um caso que não sai de sua cabeça é como foi a reação de Manjiro, e o porquê do machucado evidente em Ken Ryuguji.

KISAKI TETTA

No clube, Kisaki joga contra um adversário figurante, é até fraco comparado a última vez que duelou. Resta somente algumas peças brancas, suas, negras, estão intactas, lhe dá até sono.

— Senhor Tetta? Você está bem? — A comandante do clube se aproxima dos dois jogadores ao notar a aparência estranha de Kisaki, sua pele está com uma coloração estranha do que o normal, a moleza e a má disposição deixa tudo evidente.

— Estou só meio cansado… — Sua torre derruba o último peão do desconhecido à frente. A mulher já estava disposta a mandar seu aluno para seu dormitório, mas o mesmo já levanta deixando pela primeira vez um jogo sem finalização. Caminhou para fora do clube ao ar livre e suspirou logo depois respirando fundo, sua barriga começa a dar sinal de fome, não conseguiu comer nada desde ontem a noite, o almoço já foi servido então não irá saciar seu desejo.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora