CHAPTER THIRTEEN

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— Chifuyu! Chifuyu! — O loiro escuta seu nome ser chamado, a voz feminina entrega quem está a sua procura, eventualmente e rapidamente se desfaz do abraço acolhedor de Keisuke e anda em direção aos túmulos reais, de onde a voz vem.

— Não se levanta desse jeit- — Baji tentou segurar seu braço para que não caminhasse sem que estivesse totalmente bem, mas ao ver a princesa com um longo vestido preto e um coque bem feito, foi ele quem parou de avançar.

— Finalmente te achei!, seus amigos me disseram o que aconteceu, você está bem!? Quer ir comer alguma coisa!? — A loira nem parou um segundo para olhar além do ombro do seu noivo, sua mão toca o braço dele e se aproxima, isso deu um leve desconforto em Keisuke, e este permanece de pé ouvindo o casal dialogar entre si.

— Ah…está tudo bem, Lizzy — Levantou os cantos da boca e produziu a sua risada icônica.

— Não está nada bem! — Elizabeth revira os olhos e começa a puxar o príncipe para outro lugar que não seja ali, por sua vez, o garoto tenta ao máximo impedir que sua noiva faça o que deseja, afinal, Baji está presente…ou estava — O que foi, Chifuyu?

Perguntou a jovem ao ver que Matsuno olha para trás.

— Nada… — Se deu por vencido, o moreno já não se encontra perto do banco como ambos estavam a uns dez segundos atrás. Matsuno suspira por não ter dado a devida atenção ao seu amigo, esse que está sempre do seu lado desde o dia que pisou no colégio, como deveria compensar esse tempo perdido?

— Eu notei que seu amigo sempre se afasta quando eu apareço…minha presença é tão difícil de ser suportada? — Seu questionamento soou como engraçado, uma piada para contrariar o clima silencioso que estava após a última fala do príncipe, os dois jovens avançam para o outro lado do cemitério real passando por inúmeros túmulos e flores vermelhas, amarelas e brancas.

— Claro que não, ele tem coisas mais importantes para fazer e prefere deixar a gente sozinho, como um casal — A forma que dita a palavra "casal" tem efeito negativo para a loira, como se não gostasse dessa ideia, o mesmo para a garota.

— Chifuyu, ele é seu melhor amigo?

— Eu diria que sim, de início a gente se entendeu muito bem — Um sorriso em seu rosto surge após algumas memórias passarem por sua mente — Eu lembro do dia em que nos conhecemos, foi um desastre.

As folhas secas são esmagadas conforme o duo de jovens caminham por ali.

— Por que diz isso?

— Ele me deu um susto enorme na piscina — Deu um riso nasal — Eu tinha insegurança de falar com ele visto que o mesmo tentou se aproximar na nossa primeira impressão, rolou uma festa de homenagem para mim e eu havia convidado ele para ir comigo, mas ele negou, só que de repente ele surgiu lá…

— E depois…?

— Cê tá muito interessada na minha vida, não acha? — Ergueu uma de suas sobrancelhas e encarou a jovem de vestido preto, e a mesma revirou os olhos.

— Seu imbecil, eu só estou tentando saber mais sobre você — Cruzou os braços, Matsuno vê um conhecido de pé na frente de um túmulo cinza — Mas assim…não quero me intrometer nem nada, mas tem certeza que aquele cara lhe vê como um amigo? Sou uma mulher que já foi alvo de paixão de um cara, conheço essas ações. A forma como ele olha para você…o jeito que vocês chegaram no hospital de mãos dadas…isso é estranho, não é?

Só faltou o príncipe ter um ataque cardíaco ao ouvir a pergunta absurda de Elizabeth.

— N-não diga coisas desse tipo, Elizabeth! É claro que somos amigos! Ele só estava sendo um bom amigo me apoiando num momento tão crucial, o quão errado tem nisso!? — A princesa nota as bochechas de Matsuno ganharem uma cor rosada, e essa cai na risada deixando o garoto mais envergonhado.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora