CHAPTER FIFTEEN

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"Eu gosto de você, Chifuyu!"

Seus olhos ardem, a luz que invade o cômodo pela janela começou a ganhar uma nova cor, ficando totalmente de manhã, às cinco, deduziu. Não pisca faz minutos, não consegue dormir por mais que boceja e os cílios grudam entre si pelas lágrimas de sono. A maldita fala não sai de seus pensamentos, se fechar os olhos a cena se repetirá.

Se parar de respirar o beijo se repetirá, o coração palpita mais que o normal, parecendo até mesmo que terá um ataque cardíaco em alguns momentos. Mas por que está agindo assim? Já beijou inúmeras garotas e não se sentiu assim, deve ser porque ele é um cara? Então, ser um garoto e beijar outro é assim? Isso é torturante! Seu corpo encolhe quando sente algum contato físico vindo do rapaz atrás de si, por um momento sentiu que ele despertou, o calor de suas costas indicam que o mesmo está lhe encarando.

Matsuno pensou que seria tocado para acordar, mas não aconteceu nada. Ouviu o som do lençol arrastando conforme Baji se retira da cama, os passos vão para longe e logo depois a tranca da porta é ouvida. Virou seu rosto para a direção onde o rapaz caminhou e viu a porta do banheiro fechada, suspirou levantando seu corpo preguiçoso e passou suas mãos pelo rosto paralisado.

"está tudo bem…ele estava meio bêbado…não vai lembrar de absolutamente nada"

Reflete sobre a discussão anterior, o porquê de sua mãe estar querendo invadir seu quarto não sai de sua cabeça. Por quê?

— Ah… — Ouviu a voz conhecida, surpresa de alguma forma — …devo dizer "bom dia"?

— Bom dia — Saudou após uma risada forçada para o clima ficar mais agradável para si — Dormiu muito bem, imagino, estava roncando tão alto que me fez perder o sono.

Silêncio constrangedor.

— Então…sinto muito por-

— Olha, aquilo foi um erro, você estava bêbado. E geralmente os bêbados não costumam dizer a verdade, eles falam qualquer coisa que vem à sua mente! — Cortou o moreno.

— Eu não estava me referindo a isso — Viu o loiro ficar confuso e seu rosto inchado toma um rosado, com vergonha do que disse

— C-como?

— Estava me referindo ao ronco, me desculpa por ter atrapalhado seu sono, às vezes isso acontece quando estou muito confortável.

Enquanto se amaldiçoava por ter relembrado aquilo, a risada de Keisuke lhe hipnotiza. Suas íris estão vidradas nos lábios do mais alto que voltam ao normal após sua fala ter perdido a "graça".

— Você vai ficar me comendo com os olhos até quando? — Brincou com o amigo perdido no mundo da lua, quando voltou e ouviu com atenção o que ele disse, recuou balançando a cabeça negativamente.

— Não acha que está muito diferente? Antigamente você era mais…formal…de certa forma comigo, e agora age como aqueles caras que sempre buscam uma forma de exibir-se nos filmes — Debochou se levantando da cama.

— Aquele não era o meu "eu" verdadeiro.

— Então você forjou uma personalidade sua. Por quê?

— Achava que seu tipo era aquele, pelo visto não acertei muito — E novamente uma frase de brincadeira — Desculpa, eu vou parar.

Chifuyu revirou os olhos avançando para a porta trancada do cômodo e girou a chave, mas antes de abrir totalmente olhou por cima de seu ombro vendo seu amigo parado olhando para tela de seu celular. Empurrou a porta devagar verificando se seus pais estão andando por ali já que ainda não são seis horas.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora