CHAPTER ONE

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Não sabia o que era pior no momento, sua ressaca por conta da noite anterior ou dos flashes das câmeras em seus olhos, a cabeça ainda está dolorida e, obviamente, ferida.

— O príncipe Chifuyu está aqui! — Inúmeras pessoas pulavam em cima da celebridade, algumas tinham seus celulares derrubados ao chão enquanto eram pisoteados, perdiam suas vozes de tanto clamar pelo nome do jovem que apenas desejava curtir essa noite com seus amigos.

Coé mano, ajeita essa cara, olha o tanto de gatinhas querendo um pedaço seu — Comentava de forma paralela, afinal já estava chapado de droga, e não havia se passado nem dez minutos.

— Vamos dar o fora daqui — Tentava andar para trás e voltar ao veículo que o motorista aguardava paciente, porém a multidão o impedia, alguns caras vieram para cima com cheiro além da bebida forte.

— Ei cara, por que não fala um pouco sobre o seu pai mongolóide? Aquele desgraçado que vem roubando dinheiro da gente para pagar seus luxos e suas comidas caras! — As luzes da festa o deixava ainda mais desconfortável naquela situação, seu corpo era empurrado para trás incontáveis vezes que já podia sentir seu peito doendo, pediu para se afastar, porém não foi atendido.

— Por favor, deixa eu sair.

Não era sua culpa, não foi desde o início, ele só desejava se divertir sem se importar com seu título ou manter as aparências, essa expressão em seu rosto agora não é de felicidade, é de tristeza. Como rei e rainha, seus pais não têm tempo para si.

— Seu vídeo está circulando na internet — Disse de passagem seu primo de segundo grau, Manjiro Sano — Você fodeu muito bem aquele cara, não é a toa que seu rosto todo mostra o resultado daquela bebedeira — Levou sua mão para o queixo do jovem ao lado e o levantou para janela que deixa a luz solar iluminar mais seus machucados tampado com maquiagem, infelizmente não ajudou muito.

— Não enche — Enfureceu e estapeou a mão do outro.

Encostou sua cabeça na porta do carro admirando a vista do lado de fora, cortes e pomadas o irrita como se não bastasse ter levado uma surra daquele plebeu, seu pai o infernizou dizendo que seu mal comportamento está influenciando a seu irmão mais novo, Kazutora. O carro de cor carmesim foi estacionando lentamente em frente da mansão branca, mal desceu e foi recebido com seguranças da família real acompanhando os câmeras e outros funcionários desconhecidos.

— O rei aguarda a sua chegada, Vossa Alteza — A palavra que ele mais detesta, Vossa alteza. Ignorou o chamado dos fotógrafos na retaguarda de si e prestou em caminhar de cabeça baixa seguido por "Mikey", que está dialogando com alguém em seu celular, as portas imensas de alturas foram abertas mostrando o interior com dois tons de marrom, claro e escuro, exibindo também o dourado da riqueza. Subindo as escadas pode perceber seus pais adentrando na sala do trono.

— Acho que vai ser mais daquelas sessões chatas de fotografia, quer fugir igual quando éramos crianças? — Sugeriu algo que já havia passado pela cabeça de Matsuno, subitamente recusou pois pioraria sua situação. Botou seus pés na sala muito iluminada e o trono retirado do seu lugar de origem, um dos sofás da sala de estar foi colocado no centro, que ironicamente, há uma câmera posicionada ali.

— Querido, sente-se aqui — A voz doce de sua mãe o chamou como nunca havia dito, uma forma de manipular, talvez? Respirou nervosamente quando foram trancados no local, um homem qualquer e trajado com roupas finas sentou na poltrona segurando consigo algumas folhas o que deixou seus olhos azuis fixados ali.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐒𝐖𝐈𝐌𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐁𝐎𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora