Sobre Cartas Lidas no Inverno

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  Mais uma noite havia se passado em Valley. Tudo continuava normal, Minho seguia ignorando Christopher, o loiro tentava puxar algum assunto e era cortado pelo Lee. O rei os chamava para arquitetar estratégias e medidas de segurança junto a outros assistentes, diariamente. O castelo possuía dezesseis divisões, a quantidade de guardas seria dobrada em cada uma delas. Todos circulariam as devidas áreas do palácio, nenhum local ficaria vazio.

Kim Seungmin, o príncipe, ficaria com uma guarda pessoal. Eram cinco guardas próximos de seu quarto e um ficaria na porta, o rei era muito cuidadoso quando se tratava de seu sobrinho. Desde que seu irmão, o pai do Kim, havia lhe pedido para tomar conta deste, ele não havia falhado, sempre atento e presente.

Como esperado Minho seria responsável pelos treinamentos dos novatos junto de Christopher, caso o loiro quisesse ajudar. Changbin ficaria com Seungmin agora, o homem seria responsável pelo príncipe dia e noite. O Bang poderia optar entre participar dos treinos ou apenas esperar por Sungyeol, ele não iria sentar e observar, queria ajudar no que pudesse, alegando que não seria um problema. Minho não ficou contente com a notícia, teriam que preparar os novatos do exército juntos agora. O mais novo revirava os olhos apenas pensando na obrigação de passar mais tempo com o outro.
     

♧♤♧

Valley estava tranquila, se passava das seis da tarde, o céu já estava escuro. Bang estava conhecendo uma das enormes salas de música do castelo, quando uma das janelas do local foi quebrada. O homem se assustou com aquilo, o que estava acontecendo? Se aproximando cuidadosamente da janela, avistou marcas de balas ali, estariam treinando a essa hora, sem ele? A pergunta do loiro foi respondida quando mais disparos atravessaram as grandes janelas de vidro. Aquilo não era um treino, o castelo estava sendo atacado. Minho apareceu na sala segundos depois com o barulho.

– Se abaixe e saia. – disse para o Lee.

Minho estranhou o pedido, até ouvir os gritos e disparos vindos de fora. Ainda abaixado, Christopher foi em sua direção puxando o mesmo e saindo da sala. O mais novo tentava se soltar de todas as formas possíveis do aperto alheio enquanto era afastado daquele lugar.

   
– Tem como você me soltar? Eu consigo andar sozinho.

  
Bang Chan não estava com paciência agora. Provavelmente Yang Sangin mudou seus planos e decidiu dar uma prévia do que estava por vir, ou decidiu começar tudo. Minho continuou se debatendo até notar que estava sendo levado para a sala do rei.

   
– Você é idiota? Claro que não estão aqui; devem estar na sala de segurança principal ou em uma das várias escondidas pelo castelo. Precisamos ir para as torres. 

  
Minho disse enquanto se afastava do mais alto, pegando seu arco, ele estava nervoso com a situação. O menino paralizou quando ouviu gritos e pessoas desesperadas correndo pelo salão dos tronos, os empregados estavam assustados. Tudo se encontrava quebrado naquele lugar, o barulho dos tiros e agora das flechas cruzavam pelas janelas. Pedras começaram ser jogadas, pessoas eram acertadas lá dentro. Os mesmos que antes corriam encontravam-se no chão, se estavam vivos ou mortos, Christopher não poderia afirmar. Minho involuntariamente segurou na barra da blusa do loiro para levá-lo até as torres, algo que fazia quando estava assustado antigamente.

Lá em cima estava um verdadeiro caos, guardas gritando, chamando por reforços, enquanto outros disparavam contra os invasores sem piedade alguma. O loiro se afastou de Minho, procurando alguma arma para atirar também, achando uma perto de um corpo caido, puxou a mesma e começou a atirar nos bárbaros, como chamavam os homens de Yang agora. Eles estavam em desvantagem, reparou, passando pelos muros havia um pátio enorme, qualquer um ficaria vulnerável aos ataques na área pela quantidade de guardas.