Sweet dreams

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Enquanto Christopher dava as boas vindas aos ruivos e conversava com os jovens, Hyunjin se aproximava de Minho, pois o moreno mais alto acabara de voltar do quarto de Seungmin. O príncipe não havia se alimentando durante o dia, aquilo já estava deixando Minho desesperado. O Kim se trancava no quarto, pulava refeições, "que diabos" pensava o Lee. Iria dar um fim nisso, conversaria com Seungmin agora.

– Então, ele comeu ou falou alguma coisa? – Minho perguntou aflito.

– Não, Seungmin sequer me permitiu entrar. Acabei por deixar a comida na porta. – Hwang disse chateado. A situação com o Kim lhe preocupava. Ele vinha tratando todos com frieza e os afastando, era frustrante. Jeongin já deixava o pobre Hyunjin nervoso, agora Seungmin lhe deixava da mesma forma.

– Vou falar com ele. – Minho disse decidido. – Não vou assistir Seungmin se destruir assim sem fazer nada.

– Min, vamos com calma. Sei que isso está lhe estressando e deixando assustado, mas não acho que vá adiantar alguma coisa. Ainda -

– Não quero saber, Hyunjin. Estou indo agora. Seung sempre estave comigo nos piores momentos, assim como você, sabe disso. Não vou deixar meu menino sozinho. – o mais baixo cortou a frase alheia.

– Você é teimoso. Se algo der errado, não diga que não avisei. Tenha paciência também. – Hyunjin revirou os olhos com a teimosia do Lee.

– Sei disso. Não vai dar errado, ele é como um irmão para mim, não deixaria nada de ruim acontecer.  – Minho dizia enquanto sumia pelo corredor que levava ao quarto do jovem príncipe de cabelos castanhos, já Hyunjin o olhava preocupado. Estava com um pressentimento ruim sobre aquilo.

♤♧♤

Normalmente o Lee não bateria, sempre invadia o quarto do amigo para conversar, assim como Seungmin fazia consigo. Contudo estava diferente agora, não queria invadir o espaço do mais novo. Então bateu levemente nas grandes portas. Não obteve resposta, logo bateu novamente ouvindo a voz do Kim.

– Hyunjin, já disse que não estou com fome, vá embora. – a voz fraca e baixinha ressoou por trás das portas. Aquilo foi sufiente para o Lee jogar toda a educação que tinha para os ares e entrar no quarto.

Ao abrir, se deparou com algo, que lhe quebrou totalmente. O belo príncipe se encontrava encolhido no canto do quarto, chorando com os braços arranhados por suas próprias unhas. Os olhos tão brilhantes, agora eram preenchidos por lágrimas, o sorriso bonito foi substituído por uma expressão triste e vazia, era doloroso, Minho sentiu vontade de chorar ao ver aquilo. Tentou se aproximar do menino mas antes que pudesse encostar no mais jovem, foi levemente afastado.

– Minnie... O que‐

Seungmin cortou o mais baixo antes que terminasse sua frase.

– Por favor não toque em mim. Você não merece sujar suas mãos com um covarde imundo. – disse aumentando o choro.

– Do que está falando? Você não é corvade, Seungmin. Me escute, por favor. – o Lee tentou acalmar o garoto.

Eu não mereço você. Saia logo, Minho. Você não deve se preocupar com alguém horrível e nojento como eu. Não perca seu tempo.

– Chega. – Minho gritou de volta. – Nunca vou parar de me preocupar com você. Por Deus, escute o que está dizendo. Você não é horrível Seungmin, o que diabos há de errado com você?

– Você não sabe de nada. Minho saia daqui. – o Kim tentava tirar o Lee a todo custo dali, ele poderia achar a maldita carta.

– Foi aquela carta, não é? Aquilo deixou você assim. Onde está aquele pedaço de papel? – disse exaltado. – Onde está, Seungmin?

Sobre Cartas Lidas no InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora