House of cards

82 14 75
                                    

Impaciente com toda aquela situação, Jiwang puxava os fios grisalhos pensando em como faria para ter o Kim em suas mãos novamente. Havia perdido Jungwoo, o homem que seguira Seungmin até Valley. Aquele verme não conseguia cumprir seus objetivos, já estava morto de qualquer forma, não daria trabalho no futuro. Todavia, não poderia deixar o belo príncipe livre, precisava das informações. Quantos homens haviam no exército, posições, passagens do castelo. Ele precisava daquele menininho medroso. Não iria deixá-lo assim.

– Jaehoon, venha cá agora. – o velho disse impaciente.

O pobre guarda rapidamente apareceu na antiga sala de Sangin. Tremia toda vez que aquele homem lhe chamava.

– Sim, senhor. Precisa de -

Um tapa foi escutado pela sala antes que o homem pudesse responder.

– Majestade, imbecil. – disse com raiva. Ele era o novo rei, por que não o tratavam como tal?

Os dentes amarelos, os fios brancos apareciam no topo da cabeça, e a face meio enrugada devido o envelhecimento, lhe davam um ar terrível.

– M-majestade. Majestade me perdoe. – pediu com medo. Sabia do que Oh era capaz.

– Estou cansado de sua incompetência.  Você irá a Valley hoje. – levou as mãos até o queixo. – Quero que machuque o Lee ao ponto de não deixá-lo andar, agora não se atreva a matá-lo. Se alguém tiver de tirar a vida daquele imundo, eu irei fazer. – disse com desgosto.

– Ah! Também não esqueça de deixar meu recadinho para nosso adorado príncipe. Avise que não gosto de vê-lo sorrindo, entregue essa carta também. Faz um tempo que não falo com ele.

– S-sim, majestade. Irei sair agora mesmo.

– Óbvio que irá, acha que está aqui para brincar ou perder tempo? Tenho que saber o que diabos Valley está preparando, preciso acabar com todos, não posso perder de forma alguma. – olhou para o jovem logo arrastando o garoto pelo lugar, dizendo entre dentes. – Se você falhar, irei fazer questão de dar o mesmo fim que Jungwoo teve a sua querida família, então pense bem no que vai fazer.

O guarda concordou saindo da sala rapidamente. As mãos do homem tremiam, não queria fazer aquilo. Seungmin pobre garoto, não merecia passar por tais coisas. Como encararia Minho? Haviam trabalhado juntos no acampamento, gostava do Lee. Agora teria que machucá-lo pelo bem de sua família, que foi o mesmo motivo do Shin ter se juntado ao Oh, precisava da mãe, ele não iria arriscar a vida da mulher que lhe deu a vida. Mesmo que não quisesse, iria fazer aquele trabalho, não importava a vítima.

Quando o guarda saiu, Jiwang teve noção de que ele nunca seria capaz de torturar o menino, então logo chamou o fiel servo. Depois da morte de seu mais competente guarda, apenas Park Jongsuk  conseguiria fazer um trabalho no mesmo nível. Tratou de chamá-lo para sua sala, o homem alto e forte rapidamente chegou, se curvando ao mais velho.

– Do que precisa, majestade?

– Mate Jaehoon, ele é muito fraco para fazer o que pedi. – revirou os olhos. – Você é o único competente para realizar o trabalho.

O Homem concordou, logo ouvindo a ideia do velho. O sorriso que fazia quando o Oh mencionava o Lee era bizarro. Parecia sentir prazer em imaginar o sofrimento que causaria. Aquilo deixou Jiwang feliz, sabia que Minho não teria para onde escapar, Seungmin muito menos.

– Não quero que o mate, já disse que o único que acabará com o Lee sou eu. Faça o que quiser com ele, se divirta também mas saiba que se algo der errado, você morre junto com Minho.

– Não se preocupe, majestade. Terá o garoto em suas mãos novamente.

Quando o Park viu Jaehoon se preparando para partir, pegou sua arma dando um tiro certeiro na cabeça do castanho. Logo entrando no automóvel que o levaria a Valley. Deixou sua arma de lado enquanto escolhia sua adaga favorita para deixar belos traços no corpo do Lee. Chegaria pela noite no reino, estava ansioso por aquilo.

Sobre Cartas Lidas no InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora