Capitulo 31

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- Bem, é isso. - Nour, a advogada de Sina, entregou os papéis com um sorriso. - Eles concordaram com tudo. Tenho que admitir que estou desapontada. Gostaria de ir para cima deles em busca de mais.

Sina olhou para os documentos em sua mão. Certidão de divórcio. Abaixo da confirmação de que ela e Thomas não estavam mais casados, estavam os termos ordenados pelo juiz.

- É tudo de que preciso - ela disse a Nour, com um sorriso enorme. - Não consigo nem dizer o alívio que sinto. Obrigada por tudo.

- Poderíamos ter requerido a pensão alimentícia. O juiz teria concordado.

Ela balançou a cabeça.

- Não quero o dinheiro dele. Não preciso. Enquanto ele cuidar da Sammy, posso cuidar de mim mesma. - Ela sorriu. - Era com a guarda que eu estava preocupada, e isso nós acertamos. - Ela ficou com setenta por cento da guarda, do jeito que queria, e eles compartilhariam o Natal e outros feriados. Era justo, mas, mais importante que isso, foi estabelecido pensando no bem-estar de Sammy. A menina passaria um tempo com os dois. - E tenho o consentimento dele para levar a Sammy ao casamento da minha irmã. Isso me deixou muito feliz.

- Você devia dar uma olhada na segunda página também - Nour apontou. - O juiz confirmou a sua troca de nome. Você não é mais a sra. Marshall.

Ela virou a página, lendo a declaração do outro lado.

Sina Deinert.

Era como encontrar uma velha amiga com quem não falava havia anos. Ela expirou quando sentiu o peso sair dos ombros.

- Não é lindo? - falou para a advogada.

- Um nome lindo para uma mulher adorável.

Ela riu.

- Tenho que te pagar um extra por isso?

Elas chegaram aos degraus do tribunal. Um casal passou por elas, a mulher de vestido branco e véu. O começo de um casamento para combinar com o fim do de Sina. Parecia apropriado.

De alguma forma, o mundo continuava girando.

- Então, o que mais eu preciso fazer? Tem mais alguma coisa para assinar? - ela perguntou à advogada. De repente, se sentiu ansiosa para terminar logo com aquilo. Foi uma grande batalha conseguir o divórcio, e não queria fazer nada para sabotá-lo.

- Não há mais nada que você precise fazer - Nour respondeu. - Além de descer estes degraus e começar a viver a sua vida.

- Acho que posso fazer isso. - Ela abraçou os papéis contra o peito no momento em que uma brisa atingiu os degraus. Abriu a boca para falar algo mais quando sentiu uma sombra pairar sobre ela.

- Está satisfeita? - O rosto de Thomas não dava sinal de sorriso. Seu cabelo escuro estava bagunçado, como se tivesse passado as mãos por ele. - Conseguiu o que queria?

- Tal?ez você pudesse deixar minha cliente em paz - Nour falou.

Sina colocou a mão no braço da advogada, tranquilizando-a.

- Tudo bem, Nour. Fico feliz em responder. - Então, se virando para Thomas, ela o olhou diretamente nos olhos. - Já que você perguntou, Thomas, sim, estou satisfeita com os nossos termos. Estou feliz que a nossa filha vá receber o apoio que ela merece. E fico radiante em não ganhar pensão, porque posso cuidar de mim mesma.

Sua risada foi curta.

- Eu sei que pode.

- E podemos não estar mais juntos, mas ainda temos uma filha. E, nos próximos doze anos, é nosso papel garantir que ela se desenvolva bem. - Ela o encarou. - E eu vou fazer o meu melhor para ter certeza que ela consiga. Nada mais importa. Nem você, nem eu.

Uma luz no Outono - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora