cap 19

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Haviam se passado duas semanas. Duas longas semanas desde o último dia que vi Payton. Em que deixei ele sozinho dentro do cômodo vazio.

Eu não queria perdoa-lo, não depois de tudo que ele me fez. Eu era orgulhosa, e não iria facilitar tanto as coisas dessa forma. Ele teria que lutar duro e foda-se se estava sendo chata. Ou melhor, eu queria que ele desistisse. Eu não teria estômago para ligar com payton. Nós não nos dávamos bem, e eu sei que ele iria me machucar muito, além das inúmeras brigas.

Por mais que doesse eu teria que deixa-lo ir. Para o bem da minha alma.

Aquele encontro tinha mexido com a minha cabeça mais do que gostaria. Me irritou querer sentir-lo. Foi como um baque vê-lo depois de tanto tempo. Ele estava ainda mais incrível do que me lembrava. E ele aparecer, agindo como se nada tivesse acontecido, só demonstrou o quanto arrogante ele é.

Eu quero manter minha palavra. E espero não encontra-lo novamente tão cedo. Mesmo meu coração palpitando quando alguém diz seu nome.

Cindy estaciona o carro em frente ao apartamento de Jamie e Abby. Era um apartamento provisório, eles estavam lá enquanto a casa que eles compraram estavam em reforma para quando Live nascesse. Só de pensar que faltava apenas um mês. Todos estavam ansiosos para esse momento.

- Obrigada Cindy - Beijo seu rosto e abro a porta.

- Mande um beijo para a mamãe mais linda desse planeta - Ela sorri mascando seu trident de canela.

- Pode deixar Blue girl - Sorrio e fecho a porta, não antes de captar os olhos cheios de raiva de Cindy.

Brad estava se referindo a ela por esse apelido, e ela odiava. Até agora não quis me dizer porque ele a chamava assim, toda vez que perguntava ela ficava vermelha e explodia de raiva.

- Vai se foder Blaire - Ela grita e me mostra o dedo do meio antes de arrancar com o carro.

Uau. Mordo os lábios para tentar conter uma
risadinha feliz.

O porteiro me conhecia e liberou minha passagem com um grande sorriso.

O macacão que havia comprado grudava em meu corpo de maneira delicada. Nada vulgar. Ele era champagne um pouco aberto nas costas, com um pequeno lacinho. Eu tinha um ponto fraco para roupas meigas que me faziam parecer uma boneca ou dar uma aparência inocente.

O elevador para no décimo oitavo andar, e eu seguro a caixa de donuts de chocolate e uma caixa com um sapatinho rosa que comprei para Live. Abby só queria comer donuts, praticamente todos os dias, e não pensei em um presente melhor do que este.

Agora são oito da manhã. Cedo suficiente para irrita-los. Mas quem disse que me importo?

Seguro as duas caixas bem perto somente com uma mão, enquanto com a outra abro a porta. Adentro o apartamento, e não me canso de admirar o quão bonito é. Os cômodos estão praticamente todos iluminados pelo sol que adentra o ambiente através das grandes janelas de vidro. E somente Ual. Extremamente incrível, uma das melhores visões.

Caminho até a cozinha e meu corpo estaca ao perceber a presença masculina do outro lado do balcão.

Os músculos de suas costas se flexionam quando

ele pega a garrafa de cappuccino e enche uma xícara. Sua calça de moletom cinza cai abaixo dos

quadris, deixando livre uma visão deliciosa do
cós de sua cueca preta.

Eu quero correr meus dedos por entre os músculos de suas costas onde a tatuagem: Moormeier está escrita com elegância, em linhas pretas.

Eu aperto meus dedos com força na caixa de donuts quando Payton vira. Pela primeira na vida fico sem reação.

insensitive - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora