cap 30

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Já se passaram quatro dias e payton ainda não veio até mim. A faculdade estava prestes a começar.

Eu queria esconder. Mas eu estava desapontada. Eu achava que talvez o meu bilhete irei fazer ele pensar em mudar. Mas ele era tão imaturo e insensível, que seu orgulho não o deixava pensar diferente.

Eu arrumo minhas coisas dentro da bolsa e caminho calmamente em direção ao ponto de ônibus. A faculdade não era tão longe assim. Quando o ônibus para em frente ao campus, algumas meninas que estão sentadas em minha frente levantam a cabeça para olhar fora da janela e começam a cochichar.

- Puta que pariu, que gato é aquele.

- Eu preciso saber seu nome - Outra cochica.

Meu olhar acompanha o delas e se pousam em Payton. Meu corpo todo fica em choque, a quatro dias ele não me procurou, ele não veio até mim. E só de olhar para ele, minhas pernas viram gelatinas.

Mas que merda Payton faz aqui? Ele não entrou para a faculdade, seus planos são ficar no motocross, essa será a sua profissão.

Seu lábio está cortado, e não demora para que eu perceba que ele se envolveu em alguma briga por aí. Eu observo quando ele arregaça as mangas da blusa enquanto conversa com alguns caras do qual nunca vi em minha vida.

Payton é lindo, e não é de se estranhar, quando vejo a fila de garotas que passa e o come com os olhos. Uma onda de insegurança me atinge. Ele pode ter quem quiser, quando quiser, a sua beleza, a forma que sorri, que se porta é gritante. Tudo nele é gritante.

Seria impossível se relacionar com payton e não sentir um louco ciúmes. Me dá raiva de seu passado, me dá raiva de saber que ele já esteve dentro de outras garotas, eu me sinto possesa ao imaginar, que o mesmo olhar que ele faz quando está dentro de mim, outras já presenciaram, já viram payton em sua forma mais crua e intima. Tão fodidamente sexy. Nunca vi nada assim na minha vida, a forma em que respira e sussurra em meu ouvido. Eu não quero que ninguém veja seu rosto.

Uma onda de extremo ciúmes e tristeza me abrange. Eu apanho minha bolsa e desço do ônibus, evitando passar ao seu lado ou olhar em sua direção. Quando estou atravessando o campus, quase chegando na entrada da faculdade, eu sinto aquele cheiro gostoso, eu sinto suas grandes mãos quentes ao redor do meu braço. Ele me segura com força e me faz encara-lo.

- Você não vai fugir assim, Moranguinho. Eu estive no inferno por você. A gente precisa conversar. Ele olha para mim, com dor, nunca o vi tão destruído.

-Eu não quero falar com você Payton. Não quero. Por favor. Me deixe em paz. - Puxo minhas mãos da sua com força e fungo temendo chorar que nem uma idiota.

Quando tiro minhas mãos da sua, ele se irrita e me segura mais forte, puxando então meu corpo em direção ao seu e me abraçando tão forte.

- Eu não irei deixá-la sair daqui. Nem fudendo Ele sussurra. - Eu preciso de você, mais do que você necessita de mim. De todas as forma Blaire. De todas as perdidas formas que você pode imaginar.

- É dificil para mim Payton. E sempre vai ser, eu não sei se terei cabeça o suficiente para lidar com você, sua fama, e o tanto de garotas que já aqueceram a sua cama - Eu sussurro, tão baixo que me pergunto se ele conseguiu ouvir algo.

- Ninguém Blaire. Ninguém nunca aqueceu a minha cama além de você. Foi apenas você o tempo todo. Somente você gatinha.

Ele é tão doce comigo, que ao mesmo tempo que quero lhe abraçar eu também quero empurrar ele para bem longe de mim.

Mas o que eu posso fazer? Se ele é minha zona de guerra, mas também meu porto seguro?

- Você está mentindo para mim - Choro como uma miserável, me agarrando em sua blusa, com vergonha de que olhe para meu nariz vermelho.

- Shiu querida - Ele sussurra em meu ouvido e me puxa para seu colo. - Eu vou levar você daqui.

Payton caminha comigo até seu carro, arrancando alguns olhares curiosos de pessoas que estavam chegando atrasadas para a faculdade.

Ele me segura com uma mão, enquanto a outra abre o carro. Ele me coloca dentro e fecha a porta.

- Olhe para mim - Ele diz suavemente.

Eu abaixo ainda mais a cabeça. E ele toca meu queixo me obrigando a olhar para seus olhos castanhos claro.

- Nunca. Eu juro, que nunca levei garota nenhuma para minha cama sem ser você anjinho - Ele beija o canto dos meus lábios. - E também juro, que não quero ninguém além de você Blaire. Por favor, acredite em mim. Eu quero você mais do que tudo. Eu te amo.

Meus olhos o encaram assustados com a sua declaração.

Ele disse que me ama.......

Ele simplesmente disse que me ama, como se fosse tão óbvio.

-Te amo Blaire - Ele fecha os olhos com força e me puxa para seu colo, me abraçando e enterrando seu nariz em meu pescoço. - Eu te amo mais que a mim mesmo, e não vou deixar você sair assim, eu não vou deixar você ir. Por mais que doa querida. Por mais que seja insuportável, nós vamos ficar juntos, em todos os problemas, a gente vai se resolver, a aprender a conviver. Eu não consigo imaginar o meu mundo sem você.

Eu encosto minha cabeça em seus ombros e aperto seu corpo junto a mim, então levanto a minha cabeça e olho em seus olhos.

- Eu também te amo Payton - De uma coisa eu sei. Nunca serei capaz de esquecer seu olhar tranquilo quando ele flexionou o pescoço e abriu um sorriso de calmaria e satisfação.

Eu continuo a chorar em silêncio em seus braços, enquanto ele me pede perdão por ter sido tão extremamente grosso comigo na última semana. Ele continua a me balançar. E eu acho que adormeço em seus braços, perdida mais uma vez em seu cheiro gostoso, aonde eu me sinto em casa, em meu lar.

E de todas as vezes que brigamos. Somos tão forte, que estamos começando a fazer o ódio se esvaziar. Estamos recomeçando, e por mais que seja dificil, eu posso dizer que tentei.

Eu posso dizer, que sim. Eu amo Payton Moormeier.

insensitive - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora