Capítulo 5

16 2 0
                                    

Aquela garota queria me provocar. Droga! Ela estava conseguindo.

Sua saia mal cobria a bunda e, para completar, as botas e o colete a deixaram com cara de potranca safada.

Porra! Ela estava extremamente gostosa e era nova no pedaço, o que me intrigava mais ainda.

Mas a personalidade da Camilanão me descia e eu não queria manter esse tipo de envolvimento com ela.

— Oito segundos? — ela perguntou, atrevida. — Será que é capaz de cumprir essa promessa, peão?

Ainda segurava sua cintura e, em um movimento rápido, eu a virei de costas e colei em sua bunda.

Tenho certeza de que ela podia sentir quanto havia me afetado e quanto eu poderia cumprir minha promessa. Comecei a dançar com ela grudada em mim. Conforme a música tocava, nossos corpos se mexiam em uma sintonia deliciosa. Cristal sabia dançar e estava me deixando louco com aqueles movimentos lentos.

Precisava me afastar daquela garota, ela significava problema com P maiúsculo, mas vai falar isso para o meu amigo já duro como uma rocha... Tentei soltá-la, mas senti suas mãos apertando as minhas em sua cintura.

— Dessa vez, não — ela sussurrou. Sua bunda roçava em mim, me deixando ainda mais excitado, e eu não tinha forças suficientes para me livrar de seu corpo. Merda!

Ela era uma garota em uma missão, e eu estava caindo como um patinho. Naquele momento, eu nem havia percebido que o show estava começando. O vocalista da banda iniciou com um cover do Blake Shelton.

Camila estava em meus braços e eu fiquei sem reação. As pessoas se aproximavam do palco e começaram a dançar de forma sincronizada. O bar da Rachel tinha a influência da música americana, e o country predominava.

Tonight I gotta cut loose, footloose Kick off your Sunday shoes Please, Louise, pull me off of my knees

Jack, get back, come on before we crack Lose your blues everybody cut footloose

"Footloose — Blake Shelton

— Vamos lá, mano? — Mads me chamou e eu consegui tirar as minhas mãos da cintura da Cristal, que virou e me olhou, abaixando os olhos e encarando o volume no meu jeans. Com um sorrisinho malicioso de quem tinha ganhado a batalha, ela piscou para mim e andou até o bar.

Sem reação, eu a olhei enquanto ela caminhava balançando aquela bunda gostosa. Sentou-se em uma banqueta e pediu uma cerveja.

Mads me arrastava pela mão, me levando para o meio da pista de dança. Eu segui o fluxo, mas meus olhos ainda estavam presos naquela garota misteriosa.

Ela levantou a garrafa de cerveja em minha direção como se estivesse brindando. Se eu não entendia as mulheres, com a chegada da Cristal minha cabeça realmente deu um nó. Primeiro, ela se mostrou uma patricinha mimada e fútil; depois, se revelou uma mulher de atitude e com pegada. Porra! Vou enlouquecer.

Sacudi a cabeça para afastar aqueles pensamentos e me concentrei na música. Sempre adorei dançar e, modéstia à parte, fazia isso muito bem. Já peguei muita mulher dançando agarradinho. Elas não resistiam à fungada no cangote do garotão aqui.

Acompanhei Mads nos passos e todos nós dançamos uma mesma coreografia. Trevis apareceu do lado da minha prima e seguiu nossos passos. Ele também dançava muito — melhor que eu, na verdade, mas isso não precisa se espalhar. Entre palmas, passos cruzados e botas no chão, o show continuava. Passei os olhos pelo bar e meus movimentos se tornaram mais lentos, quase parando. Percebi que Camila não estava no lugar de antes. Perdi todo o ritmo da música e quase tropecei na Mads, que me olhou com uma careta, mas não parou de dançar.

8 segundosOnde histórias criam vida. Descubra agora