Capítulo 8 (part 1)

10 2 0
                                    

O que aquela garota estava planejando? Fiquei olhando Camila voltar para casa balançando aquela maldita bunda gostosa. Meu pau ficou duro só de pensar nela rebolando para mim.

— Cristal, se eu te pegar... — Balancei a cabeça. — Acho que preciso tomar um banho gelado.

— Uai, Charles, falando sozinho? — Nem tinha visto Trevis se aproximar. Merda, ele olhou para mim e depois para Camila, que estava entrando em casa, e franziu a testa. Eu precisava mudar de assunto, senão teria que responder perguntas para as quais nem eu mesmo sabia as respostas.

— O que você está fazendo aqui, cara? — perguntei enquanto caminhava de volta para o celeiro.

— Seu tio me chamou. Queria saber sobre o plantio do milho na próxima semana. — Pedro respondeu, mas senti que ele estava um pouco estranho, querendo dizer alguma coisa.

— Desembucha, Pedro! O que você quer me falar? — Conhecia o filho da puta havia anos e ele era um péssimo mentiroso.

— É... É... Charles, queria falar sobre a Mads! — Ele ficou olhando para o chão, sem conseguir me encarar.

— O que foi? É sobre o striptease no bar? Você ouviu alguma conversa na cidade? Porque eu vou quebrar a cara de quem quer que esteja difamando minha pequena — falei irritado. Vi Pedro engolir em seco. O que havia de errado?

— Claro que não, cara! Se alguém falar mal dela, eu mesmo me encarrego disso. É só que... na verdade... eu só queria pedir desculpas por ter deixado aquilo acontecer com elas. Realmente eu tinha ficado puto da vida com ele, mas a culpa era mais da Camila o que do Pedro. Aquela garota era impossível.

— Tudo bem, cara. — Dei um tapinha nas costas dele. — Eu tenho certeza de que a minha prima não faria aquilo se não fosse aquela patricinha incentivando. A culpa é dela. Ainda não tive tempo, mas vou ter uma conversa bem séria com a Mads — respondi e me afastei. Não queria prolongar muito o assunto, então voltei o foco para o trabalho.

Precisava dar uma olhada em alguns cavalos que tinham sido usados em provas de tambores.

Além de produzir gado de corte, a Girassol tinha um haras para cavalos de competição. Depois de se exercitarem, era uma exigência que todos os cavalos da fazenda tivessem um tratamento especial nos músculos para que não sentissem dores. Essa é uma das coisas de que mais gosto no meu trabalho: fazer com que o animal se sinta bem e confortável. Pedro ainda conversava comigo sobre o plantio do milho quando eu cheguei a uma baia e comecei a realizar algumas práticas no cavalo. Primeiro fiz uma massagem, seguida de um tratamento com gelo para relaxar os músculos.

—Charles, estou com dor aqui no ombro. Você pode fazer uma massagem em mim? — Trevvis perguntou, tirando sarro da minha cara. Levantei e fingi que ia dar um soco, mas ele pulou para trás.

— Cai fora, idiota! — respondi, voltando ao trabalho. Ah, se ele não fosse meu amigo já tinha levado uma surra...

— Eu disse para você fazer agronomia. Se tivesse me ouvido, não teria que passar por isso. — Deu risada.

— Trevis, vai cuidar das suas florezinhas, vai. — Ele ficava puto quando eu dizia isso.

— Vamos ao Taurus hoje? — Pedro perguntou. Eu estava mesmo precisando tomar uma cerveja, mas o domingo tinha sido cansativo, então dispensei.

— Quem sabe amanhã? — respondi, e ele concordou. Terminei meu trabalho e fui direto para casa. Uma boa noite de sono era tudo de que eu precisava.

Na segunda-feira de manhã eu visitei outras fazendas, deixando o trabalho na Girassol para depois do almoço. Cheguei por volta das três horas e fiz mais uma sessão de trabalho com os cavalos. Quando terminei, já no fim da tarde, caminhei de volta para a minha caminhonete e vi um carro estacionado na frente da sede. Que estranho!

8 segundosOnde histórias criam vida. Descubra agora