Capítulo 7 (part 2)

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— Estou indo! — gritei de volta. Olhei para os meus dedos, e realmente eles já estavam enrugados.

Eu me sequei e saí enrolada na toalha. Mariana estava deitava na cama, jogando meu travesseiro
de pena de ganso para cima.

Ser folgado deveria ser de família, porque aquela ali não ficava atrás do
Charles.

Mas até que ela era gente boa, nada que pudesse ser comparado à Lili, mas dava para o gasto, ainda mais ali, quando eu precisava da sua ajuda.

Dei um sorriso e segui até a porta do meu armário. Tinha comprado muitas roupas e optei por uma calça jeans justa nova, uma t-shirt que eu játinha e botas estilo montaria.

Sequei o cabelo e o deixei solto.

— Agora, sim, está uma legítima nativa. Digna de pegar qualquer carinha da região — Mads me
elogiou, sorrindo.

Um sorriso sincero.

Mal sabia ela que eu não queriq qualquer carinha, eu queria
seu primo.

E ele seria meu.

— Camila? — ela me chamou um pouco nervosa. Me virei e a vi sentada na cama. Seu sorriso havia desaparecido por completo.

— Você vai pedir para o seu pai demitir o charles? — Vi seu
semblante triste e, realmente, fiquei com pena da garota.

— É que meu pai é caseiro da Girassol há anos e não quer sair daqui.

Me sentei na cama ao seu lado. Naquele momento começava a Operação Segura Peão.

— Não — respondi, e ela me olhou espantada.

— Eu também passei dos limites, principalmente deixando você beber daquela forma. Eu deveria saber que mexer com a princesa do charles me
deixaria em maus lençóis. — Tentei soar o mais gentil possível.

Mads abriu um sorriso de alívio e me abraçou. Sério, ela me abraçou.

Virada de lado na cama, eu
fiquei sem saber o que fazer com meus braços. Estava acostumada a abraçar homens, e aquele
contexto era totalmente diferente.

— Desculpa. — Acho que ela notou o meu desconforto.

— Me empolguei.

— Tudo bem — respondi ainda incomodada com aquele gesto.

— Mas me conta, por que veio
para a fazenda tão cedo? Do jeito que você estava ontem, achei que dormiria o domingo inteiro

--continuei, mudando de assunto.
Mari se mexeu desconfortável na cama e depois se levantou. Percebi que havia algum problema
com ela.

— Eu queria conversar uma coisa com você — ela disse de costas para mim, como se estivesse com vergonha de falar.

— Sempre fomos eu, meu pai e o charles. Nunca tive uma amiga de verdade
com quem pudesse conversar certos assuntos.

— Sua voz ansiosa deixava claro sobre o que Mariana
queria conversar. Era só o que me faltava.

Eu, conselheira sexual. Respirei fundo, tentando me acalmar. Seria uma troca justa. Mads me ajudava com charles e eu transmitia a ela todo o meu conhecimento sexual.

E olha que eu não tinha pouco.

— Pode perguntar o que quiser, Mads. Acho que depois de um strip-tease juntas nossa relação se estreitou um pouco, né? — brinquei para fazê-la confiar em mim.

— Você está com algum problema?

Ela me encarava nervosa enquanto passava as mãos nas coxas.

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