II

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Bebericou da sua xícara da café enquanto observava a lua. E sua ofuscante luz. A luz do luar. Você já dançou com o demônio sob a luz do luar?  Suspirou. Taehyung era, de fato, um demônio. Jeongguk estava perdido, mas agora dentro da sua própria cabeça.

Vocês podem estar se perguntando como ele sabe o nome verdadeiro do Coringa e não, não é qualquer criminoso que tem sua vida inteira pública para que qualquer um o conheça. Taehyung sabia bem esconder o seu passado vergonhoso, como ele mesmo dizia.

Mas, na verdade, Jeongguk o conhecia. Mas Taehyung não conhecia Jeongguk. Mesmo com seu rosto alterado por conta do ácido e dos produtos químicos que foi exposto*, Jeongguk o reconhecia. Por vezes, em escapadas ou dias tranquilos que nem Jeon Jeongguk, o bilionário importante, ou Batman estão trabalhando, ele ia a bares, restaurantes ou locais parecidos.

Um dos bares em específico contava com apresentações de stand-up* à noite e Jeongguk, ocasionalmente, ia curtir um pouco do seu dia, vez ou outra levava alguém consigo. E ele lembrava bem do homem que se esforçava e todo dia estava lá contando suas piadas.

Não era um cabelo loiro, uma cara branca e uma boca vermelha que o enganariam. Ele não sabia o seu passado, mas sabia que relembrar de si era o ponto fraco de Taehyung. Jeongguk sempre o achou bonito — por isso, também, se lembrava mais do mesmo. E quando soube no que se tornara, não conseguiu acreditar.

Jeongguk supria mais raiva ainda por Taehyung ser obcecado por ele. E ele não queria que isso se tornasse recíproco — se é que já não havia se tornado.

— Mais uma xícara, senhor Jeon? — Se virou e encarou Alfred.

— Sim, obrigado.

O mordomo o encarava, sugestivo. Queria lhe perguntar qual seria o próximo passo e qual plano ele armava em sua cabeça para pegar os criminosos. Mas a verdade era que Jeongguk não tinha ideia. No momento, ele só conseguia pensar em outra coisa. Você me completa; e eu te completo.

— Seu chamado, senhor.

— Hm?

Virou-se para o céu. Franziu o cenho. Estranhou. Era de tarde e não esperava isso no momento. Nem força de vontade para sair como Batman hoje ele teve, o que Alfred repreendia mentalmente já que a cidade poderia estar um caos maior ainda por conta da recente fuga de Arkham.

Esperava, entretanto, que não fosse uma emboscada. Taehyung, talvez? Gordon não o chamava nesse horário e, mais, não queria ter que encarar Dent sozinho, por mais amigável que o promotor possa tentar ser, apenas em respeito ao comissário.

Rapidamente, em sua caverna, se vestiu. O batmóvel trabalhou rápido dessa vez, indo veloz até o prédio de departamento de polícia de Gotham. Mas Jeongguk aterrissou no prédio ao lado. Queria ter a certeza de quem o chamava. Mas o indivíduo o viu.

— Batman? Gordon. — Aliviado, juntou-se à ele. Apenas esperou que o mesmo continuasse. Olhou para a lua novamente. — Amanhã teremos o desfile do Harvey, sabe, sua nova promotoria. — Esperou encontrar Dent pelo local, mas não havia mais ninguém. Andou pelo local; aguardou. — Bom, gostaria que, se pudesse, ficasse olho. Entende, com esse pessoal à solta, o que podemos esperar?

Tudo. Jeongguk quis responder, mas apenas continuou o ouvindo.

— Será de manhã, às dez horas. Consegue comparecer?

— Consigo.

E, assim, rumou de volta para casa. Era meio óbvio — até demais — que fosse feito um atentado em meio ao desfile, mas ele não duvidada. Não de Taehyung. Foi para casa e se preparou. No dia seguinte, Jeongguk sairia cedo. Mais cedo do que jamais se vestiu de Batman para sair nas ruas, mas era preciso.

The Joke of Love | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora