The Joke of Love | TAEKOOK

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Apontado em sua direção, a arma de Harvey estava carregada. Jeongguk prendeu a respiração. Não podia deixar Taehyung morrer ali, na sua frente, e ele ficar parado, sem fazer nada. Tinha que ao menos tentar fazer alguma coisa.

Observou Bane se estabelecer ao lado de Duas-Caras e este sorriu, se aproximando calmamente, falando alguma coisa que o Jeon não conseguia ouvir. Não queria ouvir. Ele estava ocupado pensando na situação a sua frente, sua mente estava trabalhando em achar uma solução para que ele não morresse e pudesse salvar Taehyung. Salvar a si mesmo e Taehyung, se possível. Mas ele já tinha suas prioridades.

Mas, como se suas preces fossem atendidas — ou, no caso, seu código foi atendido —, a porta do terraço foi aberta por diversos policiais e Gordon, todos armados e indo em direção à eles. Jeongguk respirou fundo de alívio e piscou os olhos. Observou Harvey Dent arregalar os olhos. Ele com certeza não esperava por essa.

Bane tentava esmurrar alguns policiais e sair correndo, mas os homens foram mais rápidos e três deles o atingiram com armas de choque. Duas-Caras, por outro lado, não precisou de tanto alarme ou pedidos dos oficiais. Foi calmamente até eles e se rendeu. Mas isso teria volta, ele sabia. Jeongguk sabia.

Jeon se levantou e cuidadosamente pegou Taehyung no colo, o deixando deitado em seus braços, de olhos fechados, fraco. Morrendo. Não. Ele não podia morrer, não iria. Jeongguk não deixaria. Não poderia. Viu os dois inimigos saírem algemados, sendo levados por todos os homens, e Gordon ficou para trás.

O comissário encarou, por uns segundos, Batman segurando Coringa. Caminhou lentamente até ele e respirou fundo. Juntou as sobrancelhas. Olhou para os lados. Olhou para a porta para ver se todos já tinham saído e, ainda com sua arma em mãos, apontada para um Taehyung desacordado, ele se voltou para Jeongguk.

— *Você enlouqueceu? Deixe ele morrer.

— Eu... — Se assustou. — Eu não posso, Jim.

— Ah, ótimo! — Se exaltou.

— Jim...

— Não venha com 'Jim' pra cima de mim. Ele é um monstro e você sabe disso! — Gritou.

— Ele é um ser humano também!* — Jeon se irritou, querendo chegar mais perto do outro para confrontá-lo, mas com receio por causa do corpo que carregava.

— *Você tem certeza?! Pense em todo o horror que ele causou à Gotham, o que ele fez com todas as pessoas... Com você! — Andou de um lado para o outro, sem acreditar que estava tendo essa conversa. — Eu sei que você tem sua conduta, e eu nunca vou discordar disso. Mas eu não estou te pedindo para matá-lo, estou te pedindo para não salvá-lo!*

Jeongguk não poderia, poderia? Ele iria, sim, salvá-lo. Isso era mais que óbvio em sua cabeça. Era Coringa ali. Kim Taehyung. O cara por quem agora Jeongguk era apaixonado, sim; gostava, sim; beijava, sim; fazia amor, sim. Ele não iria deixá-lo lá para morrer. Essa não era, de longe, uma possibilidade.

— *Faça a coisa certa. Pelo bem de Gotham. Pelo seu bem. — Pausou. — Deixe ele ir.*

Jeongguk apenas o encarou. Não demonstrou qualquer emoção em sua feição. Nem um resquício de empatia. Tudo que fez foi dar um passo para trás. Para a desconfiança de Gordon. O comissário o olhou surpreso.

— Eu sei o que estou fazendo, Jim. — Tentou amenizar a situação.

Olhou para trás. Averiguou os arredores. Com Gordon o observando, seria muito difícil sair de lá apressadamente com o Kim em seus braços. Ele não precisava de plateia quando tudo que era sussurrar desesperadamente não me deixe, fique comigo, resista, vai ficar tudo bem no pé do ouvido de Taehyung.