III

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Veloz como nunca, Jeongguk dirigia em direção à sua mansão. Não queria pensar no ocorrido, não queria pensar em mais nada. Principalmente, não queria pensar em Taehyung. O que ele pensava que estava fazendo? De uma coisa ele sabia: não iria mais acontecer.

Quase perdeu a entrada da sua batcaverna, perdido nos seus devaneios, que por pouco não bateu o carro em uma das laterais de pedra do acesso. Respirou fundo. Ele precisava se manter focado. Calmo. Distraído. Não podia pensar no ocorrido. Não queria. Foi errado, sujo, estranho, absurdo. Uma loucura!

Quando, enfim, estacionou o batmóvel às pressas em sua vaga, Jeongguk observou ainda do banco do motorista que Alfred e Bárbara estavam agitados olhando para todos os monitores e, então, virando os rostos preocupados para encará-lo. Suspirou. Não queria lidar com isso agora, o que ele deveria responder? Bárbara foi mais rápida, jogando os braços para cima.

— Aonde você se meteu?!

— Fui procurar o Coringa.

— Achou?

Isso é loucura.

— Não.

A mulher desconfiou. Se ele tinha ido procurar pelo inimigo, claramente deveria querer ajuda de externos. Então porque que desativou seu GPS do seu traje? Ela optou por não respondeu à sua negação e apenas deu de ombros, se virando novamente para os monitores. Jeongguk demorou tanto em seu passeio pelo túnel que as ruas já haviam se acalmado e Harvey já estava devidamente sedado em uma maca de hospital.

— Pode ir para casa, Bárbara. Obrigado pela ajuda.

Notou a urgência de Jeongguk em querer se livrar deles logo e, por mais que isso pudesse ser considerado normal em dias também normais, aquele não era um dia assim. Ela continuou desconfiada. Mas preferiu, por enquanto, ignorá-lo e tentar descobrir o que aconteceu depois. E provavelmente conseguiria, afinal, ela era Oráculo. Escolhida por Batman para que entrasse em sua família e o ajudasse.

— Te acompanho, senhorita Gordon.

— Obrigada, Alfred. — Se virou para o outro que já andava em disparate para sua mansão. — Até mais, Jeongguk.

Não foi respondida. Revirou os olhos e seguiu para sua casa. Do andar de cima, Jeon se despia, jogando todas as roupas com força no chão. Ele arfava pesadamente. Não queria, não podia. O que está acontecendo? Ele não sabia, mas queria saber; queria muito saber.

Você beija muito bem, Batsy. Fechou os olhos ao se lembrar das palavras e deu um chute forte em sua poltrona, fazendo com que esta quase caísse. Colocou as mãos na cabeça. Continuou de olhos fechados e se lembrou da situação. A maldita situação. Desde de que o beijara, ainda com a mão em seu pescoço, ele estava nervoso. Mas não por ansiedade em beijá-lo, e sim porque não entendia o porquê de — queria se matar mentalmente — querer o beijo.

Enquanto o beijava, afrouxava a mão no pescoço do outro, mas permaneceu com ela lá. Poucos segundos se passaram e Taehyung resolveu aprofundar o beijo, pegando Jeongguk totalmente de surpreso. Esse era o momento certo em que o Jeon deveria parar com essa palhaçada, apertar mais ainda a mão no pescoço dele e jogá-lo no chão, dando meia volta e indo para casa.

Mas ele não teve nem a chance de concretizar o plano em sua cabeça quando Taehyung, já levado pelo incrível beijo que tanto esperou, passou os braços por cima do ombro de Jeongguk e as pernas pela sua cintura, apertando o morcego completamente em si. Jeon ficara mais surpreso ainda quando, de súbito, largou o pescoço de Taehyung e desceu as mãos pelo seu corpo, fazendo com que o outro quisesse rir em meio ao beijo.

Abriu os olhos. Estava novamente em seu quarto. Suspirou. Kim Taehyung. Que diabos ele estava fazendo consigo? Tomou um susto quando ouviu duas batidas em sua porta e se apressou em colocar pelo menos uma bermuda. Murmurou que entrasse e então observou Alfred adentrar sua grande suíte com uma bandeja em mãos.

The Joke of Love | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora