epilogue

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O convidado, permanente ou não — e não era hora para pensar isso no momento —, se manteve no carro quando Jeongguk entrou com ele na batcaverna. O menino simplesmente não conseguiria encará-lo. Ou mais ninguém.

Suspirou. Não insistiu para que ele saísse. A conversa anterior já havia de ter sido longa e exaustiva e complexa o bastante para que fosse prolongada com "venha". Ele o deixaria, por enquanto, teria o tempo que fosse preciso.

Mas Jeongguk não podia ficar para trás. Precisava contar para Taehyung. Quis rir com o pensamento. Precisava, sim, infelizmente — ou felizmente. Se mais uma pessoa tinha a possibilidade de vir morar na Mansão Jeon, o outro morador/dono haveria de ser informado, mais cedo ou mais tarde.

Sem tirar qualquer parte do seu traje, Jeongguk se locomoveu às pressas para dentro da casa. Foi até a sala, a cozinha, o quarto e onde quer que pudesse ouvir aquela risada, mas nada. Taehyung não estava. Nem poderia saber onde ele estaria, e não é também como se quisesse. Procurou por Alfred.

O mordomo se encontrava em seu quarto. Estranhou as vestimentas ainda no corpo do patrão, mas não questionou. Isso era algo em que ele estava craque: não questionava nem mais uma uva que fosse a Jeon Jeongguk.

Já não bastava da última vez e o que recebeu em resposta de seu questionamento foi: estou apaixonado pelo meu inimigo.

Mesmo depois de tanto tempo, Alfred ainda estava se acostumando com a ideia. Com a casa. Tentou mantê-la igual, mas com alguém como Coringa morando nela, havia sido um pouco — leia-se muito — difícil.

Continuou mantendo os olhos em Jeongguk, mas este se afastou. Não precisava perturbar Alfred com isso no momento, mas Taehyung seria perturbado. Voltou à batcaverna e o menino havia saído do carro. Agora observava toda a extensão do vasto local.

Antes completamente preto e obscuro, agora tinha pequenas manchas verdes e roxas, algumas marcas de beijo em vermelho foram deixadas em alguns lugares e, em uma pequena área, um pouco mais afastada, alguns artefatos coloridos. Verde e roxo. O menino franziu o cenho, mas não iria perguntar. Por mais que estivesse tentado, óbvio que não iria.

Jeon entrou na pequena enfermaria que havia lá — e ainda estava bagunçada por causa de como Taehyung voltara no dia anterior — e se despiu, colocando mais uma calça moletom cinza e uma blusa preta. Saiu do cômodo e o outro continuava encostado no carro.

— Tudo bem? — Jeongguk se pôs a perguntar, depois de um silêncio agonizante. Ele apenas concordou com a cabeça. — Eu já volto.

Iria até a cozinha pegar alguma coisa para comerem quando ouviu sua risada favorita se aproximando dele. Se virou para ver Taehyung com um largo sorriso se encostar nele. Jeon esfregou o nariz no de Kim, e este começou a rir. O afastou.

— Preciso te mostrar uma coisa. — Jeongguk ia puxá-lo, mas parou quando ele começou a falar.

— Sabe, Harley disse que nós deveríamos nos casar logo.

— Harley?

"E sabe o que mais? Eu super concordo! — Fechou a cara e cruzou os braços. — Estou esperando, Jeon Jeongguk, você me pedir há décadas!

— Nós nem nos conhecíamos há décadas...

— Ora, espertinho, mas eu já estava te esperando! — Jeon revirou os olhos e o puxou pela mão, começando a andar.

— Vem cá, eu preciso falar com você.

— Haha, Sorriu, dando pulinhos. — É agora, não é? Eu posso sentir.

Fechou os olhos e Jeongguk parou em sua frente, na frente do elevador. Taehyung abriu os olhos e esperou, mas nada veio. Bufou, percebendo que nada viria, e voltou a dar a mão para Jeon, que os guiou até embaixo.

The Joke of Love | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora