Quão tênue pode ser a linha entre atração e o desprezo?
Sara Medeiros vê sua vida desmonorar na morte precoce de sua mãe. Sua única família. Fazendo com que ela tenha que sozinha enfrentar a vida e o mundo. Porém, isso se transforma quando um homem...
" Ei, Dorothea, você às vezes para e pensa em mim? Quando éramos mais jovens no parque Querida, tirando sarro da miséria
(...)
Mas nunca é tarde para voltar para o meu lado As estrelas em seus olhos brilharam mais intensamente em Tupelo E se você está cansada de ser conhecida por quem você conhece Você sabe, você sempre me conhecerá, Dorothea."
- dorothea, Taylor Swift.
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Bruno.
- Bruno, para de prender o ar e tenta respirar.- Carla briga comigo e começa me abanar.
Afrouxo a gravata, tentando me livrar da sensação de estrangulamento. Só Deus sabia o quanto eu queria fugir daqui, mas não posso. Hoje isso é impossível.
- Não acredito que você está passando mal no seu primeiro dia como CEO.- Lana adentra na sala com copo de água e açúcar.- Isso é ridículo, mas não tem nada mais a sua cara.
- Lana, a gente tem que ajudar ele e não piorar as coisas.- Oliver diz, mexendo no celular vendo as primeiras coisas que eu tenho que fazer como chefe.- Bruno, sua agenda hoje está lotada!
- Vocês, definitivamente, não estão ajudando.- Fuzilo ambos.- Mas, não posso tirar vocês daqui.
- Ah, sua aparência pálida está melhor.- Carla diz parando me abanar e dando um sorriso maroto para mim. Viro o copo de água.- Vamos logo para a sala de reunião que seu pai está me esperando. Ainda temos que o jantar de comemoração hoje à noite.
- Não me fale disso.- Digo, me levantando e arrumando meu terno.- Júlia iria me enlouquecer com suas ideias mirabolantes.
Saímos da minha sala e fazemos o caminho até a sala de reuniões, ao lado do escritório do meu pai. Ao passarmos pela passarela, percebo o dia limpo mas um pouco frio ainda. O inverno estava no últimos dias e logo, a primavera chegaria. As flores estavam começando a tomar conta do jardim lá de casa.
Assim, que entramos na sala de reunião, papai já estava sentando analisando alguns papéis e tinha uma das meninas da cafeteria arrumando algumas bebidas. Meu pai levantou a cabeça dos papéis e olha por cima do óculos, um indicativo de que a reunião iria começar em instantes e que era para tomar nossos lugares e organizarmos nossos pertences. Carla conversa com a moça e logo, ela deixa o recinto.
Quando a loira toma o seu lugar, papai tira os óculos e massageia as têmporas. O que quer ele estivesse lendo naqueles papéis, era um sinal de coisas ruins vindo. Ou melhor, as coisas ruins já estavam ali. Ele apoiou a cabeça sobre as mãos entrelaçadas e olha diretamente para mim.
- As notícias não são as melhores.
- Jesus.- Carla sussurra.
- Os investidores do Oriente Médio ficaram muito animados com o projeto bolado por você e Jane. Disseram que é visionário e interessante. Eles acreditam muito no projeto e quase jogaram seu dinheiro em cima de mim, para executa-lo as pressas.
