Subversiva.

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antes de começar eu gostaria de dizer que esse cap está ENORME ent eu peço desculpas desde já, acabei me empolgando um pouco. outra coisa é que eu gostaria que vcs colocassem "I did something bad" da Taylor Swift no momento em que indicar.

Após a porção de sopas que fora obrigada a ingerir, Shuhua havia melhorado consideravelmente de seu resfriado misterioso naquela última semana e estava pronta para outra. Ficara reclusa em seu quarto pois não queria que seu resfriado pudesse passar para terceiros, e devido à isso não tivera contato com Soojin, não desde a noite em que a Imperatriz fora ousada o suficiente em permitir que Shuhua visse e tocasse sua pele com os lábios.

Tão... Profano e delicioso, que a taiwanesa achou difícil de esquecer a cena daquela mulher desabotoando os botões de sua blusa social e pedindo... Não, não pedindo! Ordenando que a beijasse tão intimamente. Nunca pensou que algum dia iria ouvir algo como aquilo saindo dos lábios recheados de Soojin. Não que estivesse reclamando, muito pelo contrário!

Acontece que Shuhua temia que Soojin voltasse a recuar, que se fechasse em seu próprio casulo e apenas decidisse que estar consigo era um erro... Um pecado. E, em fator à isso, Shuhua ignorou completamente as recomendações de Nyah para descansar. Ela precisava se certificar que Soojin não havia se arrependido, por mais que aquele contato não chegasse realmente a ser nada em comparação às outras mulheres que se envolvera na América.

Deveria ser justa, tinha sua consciência de que com Soojin as coisas eram muito mais complicadas do que normalmente seria. Era de praxe que respeitasse os limites e barreiras que a coreana impusesse, por mais que seu corpo chamasse incansavelmente por aquela mulher. Seria paciente o máximo que conseguisse.

Por isso, não se atreveu a ultrapassar os muros criados por Soojin durante os dias em que esteve reclusa ao seu quarto temporário por conta da gripe. Ela esperou e, quando a mínima melhora deu sinal de vida, levantou-se depressa da cama e se arrumou para sua aula de árabe com a coreana, estava ansiosa mais do que nunca, precisava ver aquela mulher e tirar suas próprias conclusões do que havia acontecido naquela noite.

Soojin a afastaria novamente? Se manteria reclusa e se forçaria a acreditar que Shuhua não abalava suas convicções?

Shuhua de fato não sabia o que esperar, mas estava disposta a descobrir.

- Bom dia... - ela desejou, confusa e receosa ao ver a movimentação dos seguranças de um lado para o outro na casa.

- Bom dia, senhorita Yeh. - Nicha balançou a cabeça lentamente. - Não sabia que iria descer para tomar café hoje, portanto a mesa já foi tirada. Porém, posso muito bem-

- Está tudo certo, Nicha. - Shuhua sorriu com seus olhos ainda focados na movimentação dos homens fardados. - Não estou com fome. - ela finalmente resolveu olhar para a tailandesa. - O que está acontecendo?

- Protocolo de segurança, senhorita Yeh, nada mais. - respondeu educadamente.

A taiwanesa assentiu em concordância, elevando seu olhar através do ombro da mulher mais alta e pôde sentir seu coração dando um salto ao notar Soojin andando lado a lado de Hanse enquanto conversavam em baixo tom. A coreana, ao perceber a presença da mulher mais velha, não deixou que a surpresa ficasse evidente em seu rosto.

Notou que, naquela manhã, Shuhua estava um pouco mais coberta do que de costume e aquilo era um alívio. Em partes porquê, bem, a mulher ainda não estava 100% curada de seu resfriado, e porquê.... Estava ficando difícil conter seus impulsos toda vez que a via aquela parte de sua pele tão descoberta....

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