Epilogo

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Sam

Os dias seguintes ao meu aniversário foi como se houvesse abandonado a escuridão que mergulhei após a perda de Dan, retomar os planos colocados em standby foi umas das coisas que me fez emergir. Obviamente ter o sorriso travesso e as piadas de JJ deixou tudo mais fácil, inclusive receber a informação de que meu pai estivera tentando entrar na ilha. O xerife lidou com ele, e não houve avanços significativos de sua vinda até mim, minha localização não era mais um segredo, mas o fato de não estar mais sozinha me dava a vantagem que nunca achei que encontraria em mais ninguém além de Dan. Os amigos de JJ se tornaram meus amigos também, fizemos um mutirão para limpar e arrumar a garagem que acabou sendo nossa sala de estar externa, porque toda noite JJ e eu dormíamos juntos.

Parte do nosso acordo reformulado consistia em ele ir para escola e se formar, ficar longe da cadeia pelo máximo de tempo que conseguisse, a última parte confesso foi falha

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Parte do nosso acordo reformulado consistia em ele ir para escola e se formar, ficar longe da cadeia pelo máximo de tempo que conseguisse, a última parte confesso foi falha. JJ era um chamariz para todo tipo de confusão, isso não me fazia gostar menos dele, a vida na verdade era menos tediosa com ele aprontando. Quando toda papelada da minha herança foi liberada, abri uma pequena loja de reparos e consertos para bicicleta, larguei o serviço no restaurante para me dedicar a meu próprio negócio. Não era exatamente como se fosse uma obrigação, mas eu gostava de estar suja de graxa, de ter que me sujar para ter dinheiro.
A herança foi movimentada só enquanto me estabilizava, JJ me ajudava na loja, trouxe muitos clientes, o que devia ser trabalho era divertido e me fazia bem, reformamos minha bicicleta antiga e todas as tardes tentava ir até a praia. As vezes ia sozinha, as vezes com JJ, as vezes com Kie que se tornou uma amiga muito querida, evitava me frustrar com as tentativas, um dia particularmente ruim voltei para casa depois de quase alcançar o quebra-mar. JJ estava no continente ajudando John com o que parecia realmente ser uma caça ao tesouro. Os dias em que ficava sem ver nenhum deles era solitário e se pareciam com os dias de um tempo passado, dias cinzas. Empurrei a bicicleta para varanda e quando coloquei a chave na fechadura escutei gemidos vindo de dentro da casa, alcancei o taco e entrei.

 Empurrei a bicicleta para varanda e quando coloquei a chave na fechadura escutei gemidos vindo de dentro da casa, alcancei o taco e entrei

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- Era uma surpresa, bom deveria ser. - JJ falou segurando o maior filhote que já tinha visto. - Samie, esse é o Encrenqueiro. - olhei para os dois encrenqueiros na minha frente soltei o taco e corri para abraçá-los.
Um beijo, mas eram três línguas. Eca!
- Não era isso que tinha mente quando te trouxe, ela é minha. - JJ falou colocando Encrenqueiro no chão, me abraçou e pudemos nos beijar dessa vez com a quantidade certa de línguas. Logo o cachorro estava arranhando nossas pernas exigindo subir.
- Ah, JJ ele é tão lindo. - me soltei de seus braços, sentando no chão com o filhotão se aninhando em meu colo já quase sem caber. - Onde você o encontrou não tinha filhote de cachorro, não?

EncrenqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora