O PERSONAGEM E SUAS VERTENTES

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Olá, meus queridos. Tudo bem? Espero que sim!

Eu estive assistindo alguns vídeos, ouvindo podcasts e pesquisando sobre escrita criativa e posso lhes dizer que aprendi bastante coisa. Este capítulo focará nos personagens e como desenvolvê-los de forma satisfatória. Vamos lá?

1. COMO GERAR EMPATIA COM O PERSONAGEM

É muito comum ouvir escritores lamentarem que seus personagens não têm "sal". Isso acontece porque, muito provavelmente, o autor não soube expressar bem as motivações do protagonista ou elas são fracas demais para que alguém torça, sofra, sinta raiva ou se emocione com/por ele. Eu, recentemente, escrevendo meu livro, percebi que um dos meus personagens não tinha carisma NENHUM. Então eu resolvi adicionar elementos e acontecimentos que tragam essa sensação de proximidade com o leitor. Mas que elemento são esses? Pois então. Isso depende de cada história. Cada personagem tem objetivos e obstáculos distintos. O que você precisa é mostrar essas motivações de um modo suficientemente crível para que quem esteja lendo se sinta bem ou mal com determinado acontecimento. Por exemplo: por que gostamos de cara da protagonista de "Como eu era antes de você"? Porque além de ela ser divertida, espontânea e meio doidinha da cabeça, o seu modo de ver a vida com simplicidade e esperança é muito admirável. E não só isso: ela estava determinada a enfrentar qualquer obstáculo para ficar com o Will. Mas o mais importante é que tudo isso foi passado para nós de uma forma crível e natural. Desde os diálogos dela até suas ações: há uma enorme concisão entre as atitudes e as falas da personagem de Louisa Clark. A modéstia, a peculiaridade... percebe como tudo faz sentido naquele contexto? A sua principal arma para gerar empatia são os diálogos, a personalidade do personagem em si e, por último, as ações dele, que devem ser correspondentes com seus valores.

2. SEJA FIEL A PERSONALIDADE DELES

Seguindo essa rota de pensamento, nunca se afaste da personalidade dos seus bonequinhos. É muito fácil, durante um livro, que o personagem mude o jeito de agir de repente sem motivos. Quando a mudança é justificada, maravilhoso. Quando não, isso significa que o próprio escritor desconhece aquilo que escreve. Vamos de exemplo? Imagina se eu começo o meu livro dizendo que meu protagonista é introvertido, que tem dificuldade em fazer amigos e socializar em geral e, no capítulo seguinte, sem nenhuma justificativa plausível, jogo uma cena onde ele chega numa boate e faz um streap? Não faz sentido, né? Como eu disse, se você quer mudar algo no personagem, faça isso ao decorrer da história, até porque todo protagonista aprende lições durante a jornada do herói e isso muda parcial ou completamente sua visão de mundo (mais sobre isso abaixo). A grande questão é que mesmo essas mudanças seguem a personalidade dele e isso nem sempre sofre mudanças significativas.

3. VOCÊ DEVE MATAR ESSE PERSONAGEM?

Se há uma coisa que eu amo é matar... personagens! O poder que um escritor tem diante de uma folha em branco é maravilhoso, né não? A gente pode fazer absolutamente qualquer coisa com as nossas cobaias... digo, personagens. Aqui, somos Deuses. Só que nem sempre matá-los pode ser a melhor ideia, ainda mais quando a morte é um "corte" no número de pessoas em um livro. Se for matar, que haja um sentido por trás. Uma ideia bem legal é criar uma personalidade oculta do seu "morto" e, através disso, os outros personagens descobrirão aos poucos as razões da morte.

4. ELES SEMPRE APRENDEM ALGO

Isso é básico. Seu personagem SEMPRE deve começar com uma mentalidade e terminar com outra. Com certeza ele aprenderá algo novo durante a jornada. Se bem que eu já li histórias aqui no Wattpad que o cidadão começava ruim e terminava pior! Claro, se esse for o propósito, tudo certo, mas o personagens meio que dava sinais durante a história que iria mudar para o bem. No final, nada aconteceu. Foi uma grande quebra de expectativa. Mas a pergunta é: como que faz isso de transformar o personagem? A melhor forma é, óbvio, com as experiências que ele vivência. Digamos que seu personagem não suporta crianças por ter traumas da época em que também era uma. Em determinada parte do livro, você pode colocar uma cena em que ele ajuda uma criança a pegar uma bola que ficou presa na árvore e, como retribuição, a criança abraça ele. O personagem, que antes odiava a aproximação delas, dá um leve sorriso e abraça a criança de volta. Viu como nem é tão difícil? Há diversas possibilidades, então, nada de desculpinhas.

5. CONHEÇA AS COISAS QUE ELE GOSTA

Conhecer aquele ser que você criou é fundamental para que a sua história siga em uma coerência do início ao fim. Se, por exemplo, você diz no início que seu personagem odeia rock, mas, no capítulo oito, você diz que ele estava escutando Metallica ficará incoerente! É interessante que você faça uma lista com tudo sobre ele. Desde aparência física, estilo de roupa, acessórios, filmes e séries até a personalidade dele em si. E sabe o que é mais doido? É que nem sempre você vai precisar usar todos esses detalhes no livro. Eu não sei se você já percebeu, mas em muitas novelas os personagens têm sobrenome e idade, mas quase nunca ou nunca isso é mostrado de fato. Mesmo assim, se você consultar na Wikipédia, você verá todas essas informações. E por que isso é importante? Porque às vezes você pode querer usar datas exatas para algum acontecimento do seu livro e a idade do seu personagem será uma ótima saída para isso. Outra coisa é em relação a documentos. Se durante a história o personagem precisar assinar o nome dele completo, você saberá qual é?

É isso, pessoal. Espero que eu tenha ajudado!

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