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Eu entrei na matinê na companhia de Sabrina e boquinha. O som estava bem melhor do que no baile, e sem contar no tanto de gente linda.
Eu pedi meu bom Gin, dançava muito, hora ou outra boquinha sarrava em mim, mas eu acabei com a graça dele.
Sabrina: Vai vai descendo vai.- cantou descendo e eu sorri.
Pela muvuca eu comecei a ter falta de ar, avisei aonde iria pra Sabrina e ela concordou.
A rua estava deserta, o que me fez querer rapidamente voltar pro local. Mas automaticamente o boquinha estava na minha cola, muleque chato.
Boquinha: Qual foi, é mais esperta que eu.- falou e eu levantei a sombrancelha.- Quer brotar no meu barraco não?- neguei com a cabeça e terminei meu copo.- Pode ser aqui então?
Yara: Não.- falei de imediato.- Aí namoral, pra não perder a consideração que eu tenho pra você, vamo pra casa.
Boquinha: Ahm.- me agarrou e eu revirei os olhos, me afastando dele.
Yara: Não sabe receber um não?- falei começando a ficar nervosa.
Boquinha: Vai ser rapidinho.- falou tirando o pau dele.
Yara: Guarda isso muleque, ó da licença.- tentei passar mas ele entrou na minha frente, forçando minha mão a entrar em contato com o pau dele.- Da licença.- tirei a mão metendo um tapa nele.
Boquinha: Tu vai chupar essa porra ou eu vou ter que te forçar?- Essas palavras me dera um gatilho enorme, foi com exatamente essas palavras..
Yara: Para, eu não tô gostando.- Falei tremendo a voz. Observei um grupo saindo, e encarei pedindo ajuda.
Biano: cuzão do caralho- quando olhei pra ele, já via os dois se embolando no chão.
Eu não conseguia fazer nada, porque eu tava sem reação. Meu corpo começou a tremer sem que eu pudesse controlar, comecei a chorar começando a soluçar. A Sabrina parou na minha frente mas eu nem conseguia entender o que ela falava. Minha cabeça rodava demais.
Quando eu comecei a faltar, recebi um tapa na cara, eu tentava controlar, mas eu não conseguia.
Biano: Yara cara, olha pra mim, controla a respiração.- Falou sério.- Lembra do dia que a gente se conheceu, Eu, tu e o mar. Pensa nas ondas.- eu tentava prestar atenção no que ele falava, mas eu não conseguia.- Eu tô com você!- me abraçou contra minha vontade.
Minhas mão levava a minha cabeça que não parava de rodar. Vinha uns flash da situação que mais me traumatizou, eu tentava pensar em coisas positivas, mas só me lembrava dei implorando pra ele parar..
Biano: Presta atenção em mim? Respira.- falou fazendo o mesmo gesto comigo, comecei a respirar melhor.
Ainda estava chorando, eu achei que tinha superado tudo isso.. Eu não queria e nem quero me lembrar mais..
Sabrina: Sim tia...Sim...Tá bom. Consegue falar com sua mãe?- concordei e peguei o celular da mão dela.
Ligação 📲
Gabrielle: Filha, tá tudo bem?
Yara: Eu tô bem.- falei com voz de choro.- Tá doendo mãe..
Gabrielle: Vem pra casa meu amor.
Yara: Tá bom..- falei me tremendo.
Gabrielle: Mamãe ama você.
Yara: Eu te amo.- falei encerrando a ligação.
Ligação 📲
Biano: Eu deixo vocês em casa, Jae?- concordei com a cabeça e ele me ajudou a levantar.
Sabrina me olhava preocupada, mas tentava o tempo todo me distrair. Até chegar no Vidigal.
