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Terminava de me arrumar pra minha primeira ultrassom, coloquei uma roupa confortável, e prendi meu cabelo.
Olhei no espelho o pouco volume que minha barriga fazia, alisei sorrindo, e agora que minha fixa tá caindo.
Sabrina: estilozinho brega o teu em amiga- falou com Lorrany.
Lorrany: brega não amor-
Sabrina: piriguete, não me referi direito.
Lorrany: piranha mesmo.
Yara: meu pai vai amar te ouvir falando isso- brinquei.
Lorrany: Só boa vou te bater em respeito ao meu sobrinho.
Sabrina: Ninguém me contou como foi com o bofe lá.
Lorrany: a gata nem me contar contou, pra você ver o nível de moral que a irmãzinha dela tá.
Yara: Que garotinha chata- falei rindo- Beiju- peguei meus documentos.
Avisei o Miguel que estava indo fazer a ultrassom, mas a mensagem nem foi entregue.
Prendi meu cabelo em um rabo mais lindinho, abracei meu pai que estava em casa, raridade demais, sentei no colo dele e abracei ele.
Russo: Juízo filha- beijou minha cabeça- vou ter que ir.
Yara: achei que você ia comigo- fiz bico.
Russo: Tô cheio de pica pra resolver, se der chego mais cedo.
Conversei pouca coisa com ele, e tirei a o carro da garagem, a mãe já tá ficando craque nisso. Minha mãe acabou com minha graça quando me tirou do volante.
Quando chegou no postinho, ela estacionou o carro na calçada, se pá dirige melhor que meu pai. Esperamos uma meia hora, eu já estava impaciente.
Gabrielle: Porra que demora cara- falou revoltada levantando.
Entramos em uma sala não muito grande, nem pequena. Não tinha médicos, e fez eu revirar o olho e ficar sentada olhando minhas unhas.
- Bom dia- entrou na sala- Sou a doutora Tavares- sorriu e sentou- Primeira ultrassom?- deixava minha mãe responder tudo por mim.
Depois de algumas perguntas, ela mandou eu deitar, levantei mais o meu cropped molinho, e sentindo gel gelado passando pela minha barriga. Estava muito ansiosa, meu coração chegava a palpitar forte.
Dr Tavares: Está de treze semanas. Olha que delícia mamãe, vai ouvir o coraçãozinho de brinde- brincou e eu sorri olhando pra minha mãe.
Yara: Posso esperar o pai? Acho que ele tem o direito né, hoje ele não conseguiu vim..
Dr Tavares: Claro amor- falou passando o aparelho pela minha barriga- Olha ainda tá bem pequenininho, mas olha aqui ó- mostrou e eu enchi o meu olho, meu deus é meu filho, MEU filho gente.
Chorei, sorri boba, foi um tudo. Agradeci demais a doutora, voltei pra casa sorridente, nada me desanima hoje.
Parei pra comer com minha mãe, que estava brigando com meu pai pelo celular, eu só sabia dar risada.
Lima: Fala aí novinha- sentou na nossa mesa e eu olhei com deboche pra ele.
Yara: Trabalha não é, meu pai é patrão bom demais sô.
Lima: Tô aqui é fazendo hora dele mermo Zé ruela. Tô na sua segurança hoje, tô ligado que tem psicóloga lá.
Yara: puts, te aguentar hoje vai ser panca.
Lima: Vai pentear esse cabelo criança.
Yara: a criancinha aqui é você bocão, eu sou de maior e você?- olhei com deboche.
Lima: é muito desgraçada né?- encarou minha mãe rindo.
Gabrielle: Vou no mercado, vai comigo?- fiz cara feia e neguei.
Yara: Tô grávida tá? Lembra de comprar besteirinhas, meu desejo tá grande.
Gabrielle: Vai ver a sua receita. Se cuida doidinha.
Yara: Te amo- ela respondeu igual e eu fiquei conversando bobeirinhas com lima.
Lima: Vamo no barzinho que abriu? Papo reto muito bom, fui com uma nega aí, mas não gostava de pagode, mandei ela correr.
Yara: Tu só arruma gente estranha.- levantei pagando.
Lima: Mas só pego gostosa. Só não peguei tu porque não queria pagar com a vida- falou rindo- vou brincar não, teu pai é doidão.
Yara: ah para- sorri.
Subi na moto com ele, fazendo ele me deixar em casa, o bonitão já se apossou da minha humilde residência e começou a implicar com as meninas.
Lima: Vou chegar ali em casa, almoçar com mamãe. Quando tiver quase na hora me manda mensagem jae?- mandei um joinha- Nosso pagodinho hoje tá certo né?- neguei com a cabeça.
