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Russo

Fiquei assustadão quando recebi a mensagem da Yara, no mesmo momento levantei correndo.

Russo: Lima, costa, dg, fp, ruanzinho e mosquito comigo. O resto e pra ficar na ativa que qualquer momento eu posso acionar- carreguei minha arma e coloquei na cintura.

Costa: Qual foi a missão?- pediu pra eu entregar um fuzil.

Russo: Yara- falei carregado de preocupação- tô com a localização aonde o celular dela tá, antigo estacionamento do mancebo.

Lima: tem que ver se não é ninguém com o celular dela e for armadilha.

Russo: não é, a gente tem nosso código.- falei pensativo.

Dg: a resposta é e se a gente não encontrar ela lá?- falou arrumando o armamento.

Lima: para de ser cuzão.

Russo: se ela não tiver acabou pra mim- falei baixo respirando fundo.

O gol que eu pedi já tava nos conformes, eu ia cortando as favelas mesmo, carro era roubado e eu tô cheio de arma. Fui mandando mensagem mas pelo visto acabou bateria, celular dela nunca tá carregado.

Fui o caminho todo orando, papo reto, se acontecer alguma coisa com minha princesa, eu não sei o que vai ser de mim.

Eu parei pouco antes do estacionamento pra não chamar atenção, de quebra o silêncio reinava, quando eu entrei que escutei duas risadas. Ao som das risadas que eu fui chegando perto.

Cerquei os três dali, e foi o tempo certinho pra mim reconhecer o Bruno, continuei com a arma firme e olhei pros lados proucurando Yara.

Russo: Cadê a Yara?

Bruno: Yara?

Russo: Sabe que eu não gosto de repetir.

Costa: Bora mermão, falar onde ela tá, vai nem ter tortura, vai ser morte rápida.

Bruno: Não vi Yara e-

Boquinha: Tá deitada no carro, vai antes que o outro cara abuse dela- ele recebeu um tiro no pé, acenei pro costa e ele entendeu, eu corri proucurando o carro. Vi um mogoloide correndo e atirei na cabeça, mas provavelmente pegou no pescoço.

Passei pelo carro, olhando ela desacordada, minha garganta deu um nó, eu prometi pra ela que não ia deixar isso acontecer mais, e não consegui comprir, mais uma vez eu não consegui comprir um bagulho que poderia ser evitado.

Levantei o short dela, abaixei sua blusa, carreguei ela no colo por onde eu entrei. Coloquei ela com cuidado no banco de trás e sentei no motorista. Chorei, eu estava despedaçado, uma sensação ruim pra caralho.

Russo: Eu quero dois carros desocupados no antigo estacionamento mancebo, pra ontem, antes que os bope cola aqui.

Liguei o carro, prestando atenção nela o tempo todo, quase atropelei umas quatro pessoas, estava desligadão, sem reação.

Parei na frente de casa, e a Gabrielle já tava lá na frente chorando. Fui pra tentar pegar ela no colo, que começou a se debater, quando viu que era eu começou a chorar, percebi que ela estava começando a puxar o ar com muita força e fiquei tentando tranquilizar ela.

Maresia proibida.Onde histórias criam vida. Descubra agora