Capítulo 26.

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Espero que vocês estejam bem, e quero começar pedindo desculpas pelo o meu sumiço. Aconteceu muita coisa na minha vida nesses últimos meses, mas o principal motivo que tomou o meu tempo foi o trabalho. Teve problema familiar, mas consegui resolver também. Peço mil perdões em não ter voltado antes, mesmo com a meta batida, mas estava difícil engrenar aqui de volta. Peço a compreensão de vocês, não vou abandonar nenhum dos meus livros e estarei de volta no domingo que é minha folga. Vou trazer um cronograma de atualização e espero que vocês entendam o meu tempo corrido. Para entender melhor talvez esse capítulo, seria bom reler o penúltimo. Boa leitura e não me abandonem, por favor. 💖

Quero deixar também aqui o meu pesar, Marília Mendoça vai deixar saudades e se foi muito nova. Meus sinceros sentimentos a família.

Eu sabia que estava tendo um pesadelo antes mesmo de me sentir enjoada

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Eu sabia que estava tendo um pesadelo antes mesmo de me sentir enjoada. Mesmo sabendo que era um sonho ruim, e que estava segura na casa do meu irmão, o meu medo não diminuiu. A dor de ser real nublou totalmente os meus sentidos.

Dessa vez, em um dos meus piores pesadelos, eu estava me arrastando em uma poça do meu próprio sangue, Max estava de pé, observando a minha tentativa fútil de fugir e parecia estar se divertindo com isso. A bile amarga subia pela minha garganta, mas eu não conseguia fazer nenhum som.

Eu queria acordar, e acabar com isso antes do fim me engolir sem reservas ou receios. Porém, eu não tive sorte.

Max se abaixou, e com uma gentileza que eu não estava esperando, segurou o meu rosto e sorriu. Porém, o sorriso estava errado, parecia hediondo e ensaiado. Eu queria chorar, gritar e bater nele, mas não tinha forças para fazer nada disso. Me sentia presa no meu próprio corpo. E a dor fantasma fervilhava sobre a minha pele.

— Você está feliz, Ava? — ele sussurrou, parecendo ansioso pela resposta. — Está feliz, amor? Meu amor. Linda.

Era errado ouvir ele falar em amor, e escutar a voz dele me fez choramingar. Eu tinha jurado para mim mesma que nunca mais estaria nessa posição novamente, mas o meu subconsciente me mantinha presa na minha maior vergonha. Parecia tão real o medo que estava sentindo agora, que tive receio de me afogar nele, e comecei a duvidar de que acordaria a qualquer momento.

Vi no rosto dele, e mesmo repetindo sem parar na minha mente que aquilo não era real, os olhos dele estavam brilhando de felicidade doentia. Ele estava feliz por causa do meu desespero.

— Eu não acredito que você está feliz. — sussurrou.

Devo ter gritado, porque a próxima coisa que percebi foi o meu irmão me abraçando. Havia um som estranho, fora a voz gentil de Liam, e percebi que era eu chorando e tentando controlar a minha respiração.

— Shhh, Abelha. Você está bem. Respire. — Liam disse tranquilizador. — Calma, só respire, por favor.

Levei alguns minutos para finalmente deixar o pesadelo e o desespero ir. O tempo todo o meu irmão me embalou com carinho, e murmurou palavras gentis no meu ouvido. Eu tinha encharcado a camisa de Liam de lágrimas, mas ele não parecia se  importar. Eu estava enjoada, mas me sentia um pouquinho melhor. Eu estava bem. Liam estava aqui. Max não sabia onde eu estava.

Ferida - Série Bombeiros de Asheville.Onde histórias criam vida. Descubra agora