Capítulo 2.

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| AVA WILDE |

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| AVA WILDE |

Foi libertador cair na estrada, quem não gostou disso foi a minha costela machucada. Meu irmão também não poupou a saliva na hora de reclamar sobre o meu modo de viagem.

Mas eu precisava fazer isso por mim mesma, queria sentir que era capaz de recomeçar a minha vida do jeito que eu queria. Então, eu vendi tudo que consegui em tempo recorde com um bazar no jardim da casa da minha melhor amiga. Liv iria ficar de olho na minha antiga casa também, não havia conseguido vender com rapidez, mas eu não estava me importando com isso agora.

Tinha conseguido um bom dinheiro depois que pedi demissão, e ficaria na casa do meu irmão até achar algum lugar que fosse a minha cara. Não tinha pressa para ajustar a minha vida, eu tinha que me reencontrar primeiro.

As primeiras horas dirigindo de Seattle até Asheville foi feita com o som ligado no último volume e eu cantava todas as músicas do meu jeitinho esganiçado. Como não estava com fome, dirigi até a primeira parada do cronograma que tinha enviado ao meu irmão. Parei em um hotel de estrada com boa avaliação no site, e dentro do quarto peguei um refrigerante no frigobar e liguei primeiro para o meu irmão.

— Oi. Onde você está? — meu irmão perguntou preocupado. 

— Na primeira parada que eu enviei para você hoje de manhã, pensei que iria trabalhar hoje, estava planejando deixar um recado. 

— Me deram o dia de folga porque eu excedi as horas da semana. — murmurou chateado.

— Trabalhando demais novamente? Você tem que desacelerar, quero ver quando eu estiver aí.

— Quando você estiver aqui, conversamos. Você poderia ter chegado hoje se não fosse essa ideia idiota de vir dirigindo. — revirei os olhos, sentindo que a qualquer momento ele começaria a dar o sermão de irmão mais velho.

— Vou chegar aí na sexta, Liam. Está tudo bem.

— Três dias viajando sozinha, Ava. É perigoso. Se a vovó souber, ela arranca as minhas bolas na unha. — imaginei ele estremecendo, porque a nossa avó era realmente assustadora.

— Eu não vou contar, se você não contar também. Ela não precisa saber, quando vovó voltar para a fazenda, eu já estarei aí. Não se preocupe.

— Eu sempre vou me preocupar com você. — ele disse sério, e era daí que vinha o meu medo de contar sobre Max por telefone. Foi melhor decidir fazer isso pessoalmente, mesmo odiando mentir para o meu irmão, seria mais "fácil" desse jeito.

Ele iria ver com os próprios olhos que eu me recuperei. 

— Tudo bem, está comendo direitinho? — perguntei querendo mudar de assunto, e ele riu. — Eu vou me cuidar e estarei chegando aí na sexta.

— Se eu estiver trabalhando e não estiver em casa, vou deixar a chave no esconderijo ok? — o esconderijo era uma pedra que ficava na sua varanda. — Amo você, abelha. Se cuida.

— Amo você, tome cuidado no trabalho.

Falar com o meu irmão sempre me deixava de bom humor. Fomos criados por nossa avó Elisa e nosso facelido avô Tom, e eu só tinha lembranças felizes da nossa infância. Vovó estava fazendo um cruzeiro que havia sido presente meu, e foi bom ela ter feito esta viagem justo agora. Minha avó tinha o dom de perceber tudo com somente um olhar. E eu não queria derramar todos os feijões só porque ela insistirá.

Mandei uma mensagem para Liv não se preocupar, mas como ela estava de plantão não receberia uma resposta hoje. Depois que tomei banho e coloquei uma roupa limpa, me deitei na cama confortável do hotel, mas não consegui dormir de primeira.

Era impossível não ficar pensando onde Max estava, onde ele tinha se escondido e se eu conseguiria me livrar das cicatrizes emocionais que ele forjou.

Tinha mudado completamente a minha vida por causa disso, tinha desistido de um emprego que pagava bem, de uma casa que eu tinha sonhado com cada detalhe, mas agora isso não era nada comparado ao que eu estava sentindo no momento.

A sensação de que estava fazendo a coisa certa.

Da segurança de voltar para casa me trazia. Morar seis anos em Seattle não havia apagado isso. Tanto que me sentia bem só em pensar que voltaria morar em Asheville, perto da minha avó e do meu irmão. Só não queria a sombra de Max pairando sobre cada decisão que eu poderia tomar.

Eu tinha que deixar isso para trás, mas temia que enquanto ele não fosse preso, eu não conseguiria essa façanha. 

Acabei tomando um analgésico para diminuir o meu desconforto na área do tórax, e cochilei um pouco, acabei acordando antes das quatro da manhã. Comecei a dirigir era quatro e dez da manhã, sem vontade de comer ou dormir. 

Talvez se eu fizesse poucas paradas pelo caminho, conseguiria chegar na madrugada de sexta ou hoje a noite. Já estava claro que eu só me sentiria bem para dormir quando chegasse lá.

 Já estava claro que eu só me sentiria bem para dormir quando chegasse lá

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Vamos indicar o livro para as amigas?

Ava tem um longo caminho a percorrer e vocês vão conhecer novos personagens nos próximos capítulos

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Ava tem um longo caminho a percorrer e vocês vão conhecer novos personagens nos próximos capítulos. Ansiosas?

Volto no domingo ou segunda!

Até. 😘

Ferida - Série Bombeiros de Asheville.Onde histórias criam vida. Descubra agora