𝗷𝗼𝘂𝗸𝗶, 𝗈𝗋𝖽𝖾𝗆 𝗉𝖺𝗋𝖺𝗇𝗈𝗋𝗆𝖺𝗅 [✓]

ㅤ ㅤ dante

☻ / pairing . . . dante x fem!reader

☻ / genre . . . fofo

☻ / pronomes&corpo . . . feminino

☻ / content warning . . . sem revisão

☻ / word count . . . 1,040 palavras

☻ / comment . . . não lembro quem pediu

A respiração entrecortada era o único som que ia para os ouvidos da [Sobrenome], sendo o som vindo de si mesma. Os olhos inchados pelo recente choro e as maçãs do rosto ainda estavam úmidas com suas lágrimas teimosas que sairam sem que ela sequer permitisse. Ter o coração partido era uma merda, uma grande e fedorenta bola de merda.

Não fazia muito tempo desde que a mulher percebeu que seu namorado estava distante e pensou que pudesse ser devido ao possível estresse que o trabalho na escola ocasionaram a si, mas nunca sequer passou por sua cabeça que poderia ser o fruto de uma possível traição e que ele a abandonaria para viver com a amante. [Nome] sentiu-se traída e rezou para que sua dor fosse substituída por qualquer outro sentimento bom.

Sem que ela notasse, seu companheiro de equipe, Dante, aproximou-se e se sentou ao seu lado, os olhos, pretos devido ao seu laço com o elemento morte, se focando em seu rosto. O loiro não fazia ideia dos motivos pelo qual a mesma chorava, mas sentiu-se mal a ver a expressão tão tristonha da mesma. Querendo respeitar o silêncio do local, apenas a puxou para um abraço, a apertando contra seu peito enquanto sentia as lágrimas salgadas manchando sua camisa.

A partir daquele dia, os dois acabaram se tornando ainda mais próximos, com o homem estando na maioria das vezes disposta para ouvi- lá, enquanto a [nome] apenas divaga e pensava em voz alta sorte as missões, ou vida própria. Eles criaram uma dinâmica que nunca pensaram que poderiam ter algum dia, e sendo sincera, eles gostavam disso. Gostavam da companhia que um fazia ao outro, gostavam de fazer quase as mesmas coisas e por mais que tivessem suas diferenças, era o que os diferenciavam entre si.

E foram essas malditas diferenças que a fizeram, de modo inesperado, perceber que encontrava-se apaixonada por ele.

Não vou saber descrever exatamente o que ela sentiu quando notou ter sentimentos por ele, mas foi um misto de euforia com melancolia. Dante era um homem excepcional, sem dúvidas, um dos melhores que já conheceu, mas ele amava a Jasmin e sabia que nunca iria sequer fazê-lo sentir por si, o que sentiu pela amada. E esse pensamento vinha se manifestando em pesadelos e isso, consequentemente, atrapalhou o seu sono e logo, marcas começaram a surgir abaixo de seus olhos.

Arthur, tendo percebido isso, a chamou para ter uma conversa, querendo descobrir o que ocorria a amiga. Foi então que ela desabafou. Todas as sua inseguranças sobre foram ouvidas pelo gaudério, e a moça sentiu como se um grande peso tivesse sido tirado de seus ombros. Ela não poupou detalhes, nem mesmo de suas reações físicas ao lado do loiro e Arthur não sabia se ria, ou se continuava sério, mas um sorriso curto habitava em sua face.

━━ E é isso. ━━ Declarou por fim, um suspiro derrotado escapando de si antes que levasse sua cabeça de encontro com o ombro do Cervero, os olhos escondidos por trás das pálpebras. ━━ Desculpa por te perturbar com isso. Acho que voltei a ser uma adolescente boba.

━━ Que nada. Sabe, falar sobre seus sentimentos com outro alguém não te torna boba, e sim corajosa o suficiente para conseguir depositar a sua confiança nos outros. ━━ Sussurrou o bicolor, as presas surgindo junto com seu sorriso amarelo. ━━ Além do mais, compartilhar alguns segredos não faz mal a ninguém.

━━ Acho que você tem razão.

━━ Posso te contar um segredo? ━━ A mulher respondeu de forma afirmativa, sem notar a aproximação da silhueta a alta e esguia do companheiro. Arthur deu uma piscadela pra Dante e voltou sua atenção para [Nome]. ━━ Eu já usei a escova de dentes do Kaiser uma vez.

━━ Que nojo...

━━ Arthur pode nos dar um segundo? ━━ Mais do que depressa, a mulher abriu seus olhos espantada, voltando a posição ereta que se encontrava antes, assistindo ao Cervero sair dali.

O loiro se sentou ao lado da moça e engoliu em seco ao ver o quão tensa ela estava, respirou fundo e encarou o chá a frente, escolhendo cuidadosamente quais palavras dizer. Ele meio que já suspeitava da possibilidade da [Sobrenome] possui algum interesse a mais nele, mas achou que fosse apenas algo que sua mente queria faze-lo acreditar. Então, ouvir a conversa entre ela e Arthur - que ele lutou contra seus instintos para não escutar. - fez com que uma pontada de, esperança, surgisse em seu peito.

Ele ainda amava muito Jasmin, assim como teria amado o seu bebê, mas ele precisava seguir em frente e eles certamente iriam querer que o loiro fosse feliz. E ele queria ser feliz com ela. Dante queria poder toma-la em seus braços e beija-la até não poder mais, queria estar lá para ajudá-la a lidar com as dificuldades, e queria poder ama-la como seu antigo amante não fizera.

[Nome] não conseguia compreender o que estava acontecendo, mas pela primeira vez, o silêncio entre eles dois pareceu ser muito sufocante. Virou seu rosto com cuidado para vê-lo, encontrando o foco dele totalmente no chão. Aquilo deveria ir adiante, e ela tinha noção disso, não poderia ficar ali apenas em silêncio aguardando quaisquer que fossem as palavras dele. Girou seu corpo para ficar exatamente na reta dele e se surpreendeu ao sentir os dedos dele deslizarem por sua bochecha de forma lenta, seu olhar parecendo focado em algum canto de seu rosto.

O carinho foi feito pelo que pareceram anos, quando na realidade levaram poucos segundos, mas eles estavam tão imersos nisso que nem notaram. O coração de ambos batiam desesperadamente e uma voz gritava dentro da cabeça de [Nome] para beijá-lo, mas o homem agiu antes que ela pudesse.

Ao sentir os lábios do loiro contra os seus, a [cor cabelo] sentiu como se milhares de explosões estivessem ocorrendo em seu estômago, ampliando assim o seu estado de euforia e ele tinha um beijo tão doce, tão delicado, que a levaram a se derreter totalmente.

Arthur, que observava os dois de longe, sorriu, louco pra contar a Ivete.