capítulo dezessete

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Sara estava um cão, ia de um lado para outro, sua cabeça doía, tanta coisa acontecendo, perdeu o homem por quem permitiu se apaixonar após viver anos com um amor incubado por Gil, descobriu que é casada, que tem um filho e o pior foi que todos sabiam menos ela.

— Mateo, se eu não conhecesse a lei hoje agora mesmo te pegava e fugia pra bem longe daqui. - seus olhos estavam vermelhos mas não de tristeza e sim de raiva, como puderam fazer isso com ela, ainda usar o "amor" pra explicar, ela nunca foi amada porque se fosse real todos teriam dado um jeito de ajudar ou falar pra ela sobre o ocorrido mas não todos corriam dela sempre, arrumaram desculpas e Gil foi o pior.

Os dias passaram, a data que juiz estipulou estava próxima, Sara não ia para o laboratório pelo fato não se sentir mais bem vinda lá, e também com medo de pedir pra alguém ficar com filho e infeliz do pai levá-lo sem que ela saiba sumir com ele e a mulherzinha que ele dizia ser a babá, Sara estava num estado de estresse porém a presença do filho fazia ela ter controle.
Ele era tão lindo,o doce menino que já tinha passos firmes e algumas palavras formadas era quem tinha trazido cor à vida dela.
— Eu não sabia que eu precisava de ti, até saber da sua existência. - pegou no colo e o encheu de beijos. — Meu gurizinho, te amo infinito e muito mais.
Ela então colocou no pequeno tapete que havia no quarto de hotel onde tinha diversos brinquedos que 2 dias atrás Grissom tinha deixado para ele na recepção junto com algumas roupas e afins, ela tinha ódio dele porém veio acalhar a não visita já que a mesma no dia que buscou o menino só havia levado uma malinha de troca de roupa e a cadeirinha.

— Meu filho você tem sim um pai, porém ele perdeu total direito à você - pensou.
— Ma-mãe - a voz suave do anjinho a tirou dos pensamentos.
Durante todo esses dias ele apenas pedia pelo carro, sono e tete naquele exato momento foi a primeira vez que ele a chamou de mãe,  seus olhos se encheram de lágrimas.
Imediatamente uma voz veio a sua cabeça, uma espécie de flash.
— Sara, consegui falar com doutor ele deixou Mateo entrar, hoje ele falou a primeira palavra, advinha qual foi? - balançou o menino — Fala pra mamãe ver filho, fala.
O pequeno ainda tímido soltou um riso, e escondeu o rosto no ombro do pai. — Mama - riu novamente.
— Viu Sara, mamãe, ele falou mamãe - a voz embargada de choro ele pegou na mão gelida da morena — Eu não sei se pode me ouvir mas eu queria que você soubesse que a gente sente sua falta, ontem contrataram uma babá sem minha autorização disseram que eu tinha que viver e a moça iria me ajudar. - fungou e sorriu  — nunca vou abandonar  o Mateo, ela pode até ficar porém eu não sairei do lado dele enquanto você não voltar, você é a mãe dele só confio em você para ficar com ele só. - beijou a testa da morena — Bom temos que ir mas prometo escapar mais vezes do doutor para trazê-lo aqui – riu e colocou o menino perto dela para que desse um beijinho na bochecha — diz filho, diz a mamãe que você a ama .
— amo - mandou beijo.

Então Sara saiu de tranzi com o choro de Mateo, ele havia escorregado e batido o bumbum no chão, mas foi coisa boba de levantar e começar a fulia de novo.
o que foi isso? - indagou confusa o que acabará de se lembrar.

Grissom estava apavorado, era como se tudo fosse abaixo em dias, perdeu seu filho sua mulher e agora estava perdendo o controle de sua vida, dormindo a base de remédios, não comia ou bebia e quando fazia parecia não sentir o gosto de nada. Alice até tentou ajudá-lo porém nunca o viu tão mal.

— Sr Grissom você precisa melhorar, isso não é fim, tudo vai se resolver você vai ver.
— Você fala como se soubesse - ele a observou.
— E sei que vai. - sorriu e entregou um preto da comida favorita dele. — coma tudo para ficar forte quando tudovoltar ao normal.
— Sim senhora - brincou.
Então após as ordens da mesma ele comeu, parecia a coisa mais gosta e única, como ela era especial, como podia cuidar tanto dele e do Mateo, era literalmente um anjo que apareceu na vida dele .
— Sabe o que é engraçado, tô tentando lembrar como foi que eu te contratei!
— foram seus amigos que me trouxeram, lembra? Você não queria mas resolveu fazer a vontade deles porque colocaram a Sara no meio.
— Ah verdade, me subornaram. - riu.
— Sim.
Os dois então tiveram uma conversa agradável enquanto ele comia.
— Alice acredita em anjos?
— Sim, acredito, porque Gil?
— Porque penso que você é um, nunca me deixou só, sempre me ajudou não só com Mateo mas com a Sara, nesse tempo todo você ajudou muito.
— Fiz apenas o que uma amiga faria, aliás qualquer amiga faria.
— Eu sei - pegou nas mãos dela. — Me perdoa por tudo que aconteceu?
— É normal a mente nos confundir ainda mais no estado que você se encontra, você ama Sara mas se confundiu com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
— Estou dizendo és um anjo - sorriu.
— Olha parabéns, rapou o prato merece uma estrelinha - então de repente ela tirou uma pequena e dourada estrela do bolso, a mesma que ela dava ao Mateo quando ele fazia algo de bonito.
— Olha, posso agora dizer ao meu filho que tenho uma estrela de bons modos - sorriu igual criança ao receber presente.
— Isso aí, continue assim vai conquistar todas as estrelas.
— Obrigado de novo por tudo Alice.
— Sr Grissom você merece, foi uma boa pessoa, merece ser feliz ser tratado assim e sempre que puder eu irei te ajudar seja com Mateo ou então à comer um prato de comida  - debochou.
— Obrigado você é importante para gente. - abraçou num movimento involuntário.
— Pra mim também, você é muito importante, então trate de melhorar logo rum - fez menção de bronca mas logo abriu um sorriso.
— Vou fazer isso pode deixar.
— Faça, por mim , Mateo e também a Sara que voltou pelo Sr.
— Sim, senhora capitã  - bateu continência.
E assim ficaram a tarde toda que até esqueceram que em breve se enfrentariam no juiz com Sara.

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