capítulo onze

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O tempo passou rápido logo já estava completando 3 meses que Sara tinha voltado, alguns acontecimentos falas e flash's a deixavam com pontos de interrogações ainda maisquando ela resolvia pergunta para Hank ou algum de seus amigos.
— Grissom - entrou na sala dele mas não o viu, estranho pois vivia dentro daquele cubículo. — Cadê esse trem? - foi até a mesa dele e permitiu observar mais a fundo cada detalhe, foi à onde levou o choque, tinha uma foto dele com uma criança, uma foto da equipe toda que ela não se lembrava de ter tirado, uma foto dos dois felizes. Mas que diabos é isso? Como eu não me lembro dessa foto? pegou a foto do Grissom com a criança Quem será a mãe? Será que Gil é separado ou vive com ela? Que idiota fui em achar que ele um dia iria olhar pra mim, ele é casado e tem um filho.
Ela não olhou mais nada e saiu do escritório com os olhos cheio de lágrima.
— Sara ? - Catherine a chamou mas ela não respondeu e nem parou de andar — o que deu nela agora.
— O que foi loira? - Nick chegou por perto.
— A Sara saiu do escritório do Grissom parecendo ter visto fantasma.
— Mas o Gil não tá lá.
Então os dois se olharam e foram até a sala o mais rápido possível, e o que antes era desconfiança agora tinham certeza, viram os porta retratos mexidos e tinham certeza que ela tinha visto.
— Vou ligar pro Gil, ele precisa saber - Cat dando passos largos até o fim da sala.
— Eu vou atrás da Sara. - também caminhando para fora da Sara.

Eles podiam estar fazendo alarde mas tinham que avisar para a possível tempestade que está a caminho.

— Warrick você viu a Sara? - passou numa certa rapidez e parou numa das sala de evidência.
— Não, mas o que houve Nick? - parou tudo que estava fazendo.
— Ela entrou na sala do Gil, viu os porta retratos que ele tinha na mesa.
— Que droga. O Gil tá na delegacia já ligou pra ele?
— Cat tá fazendo isso..- saindo da porta e caminhando no corredor.
— Você viu pra onde ela foi? - indo atrás.
— Ela foi em direção ao necrotério, tô indo lá agora pra ver se acho ela, já que a mesma tinha ainda uma autópsia.
Então Warrick voltou para a salinha de evidências, Nick desceu até o piso térreo onde ficava o necrotério.
— Doutor você viu a Sara? - encontrando ele no corredor.
— Sim, ela veio aqui buscar o laudo da autópsia e já logo saiu. Porque?
— Porque ela viu coisas que podem talvez retardar a recuperação dela ou até mesmo dar aquele choque o doutor disse que era pra evitar.
— Como assim Nick?
— Ela viu os porta retrato do Gil.
Na hora a cara do doutor fechou. Todos ali sabiam o quão importante era ela recuperar a memória porém não a esse  preço, tinha que ser com cuidado.
— Bom posso dizer que ela tava tranquila, não me pareceu assustada ou mal. - sentou numa das cadeiras que tinha ali — Mas se serve de ajuda, ela foi para delegacia.
— Mas ela já fechou o caso, só precisava do laudo para terminar as papeladas.
— Não sei, ela disse para o Hank que iria pra delegacia e depois iria pra casa.
— Certo. Obrigado doutor.
Ele saiu dali como um foguete, tinha que ver se Catherine tinha conseguido avisar Gil.
Em poucos minutos todos já estavam sabendo do que tinha acontecido, que possivelmente isso seria ruim.

— Brass - Sara bateu na porta do capitão.
— Oi - sorriu ao ver sua menina ali.
— Você está ocupado?
— Agora não, Por que?
— Queria te perguntar uma coisa.
Então ele fez menção para que ela entrasse, e logo os dois sentaram no sofá que tinha no canto da sala.
— Você está meio pálida, o que aconteceu?
— Eu hoje entrei na sala do Gil, mas ele não estava lá e sabe como sou curiosa, não é? - olhou sorrindo o que fez com ele balançasse a cabeça positivamente — eu vi uns porta retrato na mesa dele e um me chamou atenção.
— Qual? - Brass sabia que seu amigo após ter casado com Sara sua sala só tinha foto deles e da família.
— Uma foto de todos nós, mas eu não me lembro dela. - passou a mão na cabeça.
— Como assim? - se fez de desentendido.
— Quando estava no hospital, após acordar do coma, ouvi médicos dizer que meu estado era de cuidados, desde então muitas coisas tem me deixado meio encabulada. - olhou fixamente para ele — Hank tem me evitado, Grissom não olha não meus olhos, o pessoal me trata como se fosse uma criança e hoje mais cedo Nick chegou a chorar me pedindo desculpas por algumas coisas, Jim tem chance desses anos que eu fiquei em coma ter gerado uma perda de memória?
Nessa hora o coração do capitão doeu, ela era uma boa perita uma pessoa muito atenciosa e ele não sabia como mentir pra ela ou enrolar.
— Olha Sara, sabe que eu não mentiria para você né? - segurou as mãos da morena.
— Sim, por isso vim até você, foi sempre o único que me deixou confortável.
— Então, você está bem, é normal não lembrar de algumas coisas porque acabou de sair de um trauma - olhou diretamente pra ela — Ok, fique calma.
— Aí Jim, e se eu tiver com algum problema de perda de memória?
— Fique tranquila menina, logo vai ficar tudo bem. - abraçou ela, sua vontade era de contar tudo mas não podia, não era uma boa ideia.
— Eu vi também que Gil é pai, vi um porta retrato dele com um menininho lindo - olhou para ele em meio ao abraço.
— Sim, Mateo é um menino lindo.
— Ele então casou?
— Sim, casou mas aconteceu muitas coisas que a gente não sabe direito pois ele não é de contar sobre a vida pessoal.
— Posso imaginar. - sorriu — Obrigada Jim, por tudo sempre me ajudar.
— Sempre estarei menina, sempre.
— Sim, eu sei que você nunca mentiria pra mim.
O capitão sentiu um nó na garganta, mentir pelo bem também era uma mentira, esperava que de coração que ela não ficasse chateada com ele nem com os outros.
— Bom eu preciso ir, vou aproveitar que tenho esse tempinho e ir pra casa pra tomar um banho.
— Ok, descansa tá?
— Tá.
Então assim que Sara saiu, Brass pode respirar mentir não é fácil já que ele trabalha contra isso.
Seria a primeira vez que Sara voltaria para casa só, desde que voltou sempre foi levada por Hank.
— Bom vou conseguir, não é difícil eu posso sempre fiz isso. - pegou no volante do carro — Vou usar esse intervalo pra descansar.
Então ela foi para sua casa, o que não imaginava que sua mente a levaria para um bairro de classe media, sem entender porque continuou.
— Mas aqui não é minha casa - parou em frente à uma casa branca linda — Porque eu vim para cá?
Ela então arrancou com o carro e foi para o apartamento, sua mente estava bem confusa, não sabia mais o que fazia ou deixava de fazer, precisava mesmo de um banho respirar, 5 casos em menos de dias após sua recuperação.
— Sara? - Hank então abriu a porta e viu as coisas da morena dentro de casa e estranhou.
— Oi amor, tudo bem? - correu até ele, ela ainda estava de roupão.
— Oi, porque você está em casa? Tá tudo bem?
— Sim, só precisava de um banho.
— Ah sim, entendi - a abraçou forte.
—Você não vai acreditar, hoje quando estava vindo pra cá eu acabei indo para um outro local, um bairro media classe.
— Como assim?
— Eu parei em frente à uma casa branca muito linda, mas não sei porque fui parar lá, queria ir pra casa.
— Deve ser porque seu sonho era morar por lá - brincou.
— Jamais, nem se eu quisesse teria grana pra isso, ganho bem porém não o suficiente para aquele bairro. - deu um soco leve no braço dele.
— Quem sabe um dia não se torne real.
— Que os anjos digam amém - riu.
— Moça vá colocar uma roupa o friozinho que tá pode ficar doente.
— Sim senhor - correu até o quarto e logo voltou — sabia que Gil tem um filho?
— Filho?
— É, Brass disse que nome do menino é Mateo, parece que ele casou mas parece que ele a mãe do bebê não estão juntos.
— Nossa que pena! - tentou manter a pose de não saber de nada.
— Sim, uma criança tão lindinha passando por isso é triste. - falou um pouco mais alto já que a mesma estava num cômodo e ele em outro.
Após ela se arrumar eles meio que arrumaram um petisco para comerem e se aproveitar da companhia um do outro já que apesar de Hank ja ter largado Sara teria pelo menos mais algumas horas de trabalho.

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