Familia Müller e Beckman.Parte:1

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Estava no meu quarto me arrumando como todos lá em casa,Quando Tyller(meu irmão mais velho por diferença de 1 ano) me chamou.
-KATH! Anda se não vamos nos atrazar!
-Já vai Thay!
-Vou contar até dez!- como ele pode ser tão chato?.
-1...2...3...4...5...6...7...
-Pronto terminei!
-Até que em fim!
Ele me olhou da cabeça aos pés e falou bem baixo como se tivesse escapulido sem ele perceber-Uau!
-Você disse o que? Será que eu ouvi direito? Foi um elogio?
Eu. E meus irmãos sempre tivemos a típica relação de irmãos briguentos MS que mo final de tudo se amam.Mas...tudoudou! Depois que o acidente ocorreu,o acidente que separou literalmente a família,o acidente em que culparam minha mãe, mas eu sempre soube que a culpa é minha! Mesmo que eles não demonstrassem,só pelo fato de todos se afastar de mim,dava pra perceber que querendo ou não eles sabiam que a culpa era minha. Só Deus sabe o tanto que eu chorei l,o tanto que eu me machuquei,o tanto que eu me culpei,o tanto que eu senti pela morte dela.
Literalmente eu senti como se fosse comigo, como se eu estivesse ali morrendo e observando a minha própria morte. Depois disso,minha mãe me culpou disse que era pra ser comigo. Quem sabe ela não tem razão?
Meus pensamentos foram interrompidos pelo thay,me chamando pra sair do carro? Como eu cheguei aqui sem perceber? Acho que voei mesmo "na maionese", pra não perceber que cheguei na casa do Cris,estava bem destruída mesmo,espero que no caminho eu não tenha dito algo que pensava. as vezes acontecia isso, fica muito tempo parada pensando,e derrepente falava, isso é triste, antigamente,minha irmã (que morreu) me ajudava em relação à isso,hoje em dia não posso contar com mais ninguém pra me ajudar.
Fui entrando na casa do Cris e sendo recepcionada por um homem, de cabelos grisalhos, olhos azuis,sorriso estonteante ( e contagioso pode se dizer),um físico bom pra idade que ele aparenta ter,talvez ele tinha uns 40 anos,ou menos! Parece ser o pai do Cris,nunca o tinha visto antes e se for,pode se dizer que eles são masmo a cara um do outro! Saot idênticos, só que um mais velho e o outro mais novo.
Logo depois que passo pelo corredor abisto Paulo sentado na sala sozinho,com um livro na mão,confesso que nunca o tinha visto assim antes! Sério parecia bem focado e interessado no que lia,e ele estava com óculos acho que devia ser só de leitura já que nunca o tinha visto antes com o óculos, ele era diferente do Cris,ele tinha um pouco da beleza da mãe dele e um pouco da beleza do pai! Nossa agora o encarando sem que ele me veja,ele é mesmo lindo! Como nunca o reparei antes? Acho que desde sempre meu destino foi o Cris. Continuo andando viro o corredor e chego na cozinha onde vejo Rafaela arrumando a mesa.
Rafaela:-oii,não acredito que já chegaram! Eu tentei deixar tudo arrumado pra cuando você estivessem aqui não precisar ficar saindo! Mas não deu certo né?!-Ela fala com um sorriso de decepção no rosto.
Kath:-Que isso! Está tudo perfeito-Falo tentando alegrar ela.
Rafaela:-Obrigado-Ela fala sorrindo e andando em direção ao outro lado da cozinha.
Sentamos todos á mesa a minha família e a de Cris,cada família de um lado da mesa, e que mesa grande,pra caber a minha família!apesar de que não estavam todos lá.

O pai do Cris começou a me "interrogar"! E as perguntas se resumia em:" O que você espera pro futuro?". Ta aí, algo que eu nunca pensei,no futuro! Com 10 anos eu só pensava em descansar,em dormir,mas não aquela dormida,não aquela que você dorme a noite e de manhã acorda, se fosse essa eu não teria pelo que me preocupar. Mas não era essa! Era aquela,pra sempre. Aquela que seu cobertor é a terra e a única coisa que te separa da terra é o caixão, e se você não entendeu, era a morte! Toda criança com 10 Anos no máximo pensa em se divertir,ou na profissão que vai exercê. Mas eu era diferente,e o pior,era ser esquecida por todos! Em fim não podia pensar muito,então lembrei de uma vez em que sonhei,e percebi que aquela era a resposta! O sonho.
Kath:- Bom Sr.Carlos. Uma vez quando eu era uma criança,tive um sonho,e na verdade depois de um tempo eu percebi que,aquele sonho na verdade não era um sonho e sim um desejo. E era mais ouenos assim: Eu era a pessoa mais feliz do mundo,tinha uma casa perto da praia,pra onde eu ia nos fins de semana e feriado com meus filhos,e com um Marido perfeito,não o físico! Mas o coração, perfeito,e sim ele era lindo físicamente falando. Exercendo a profissão que eu quero,que seria investigadora criminalista. Poder visitar os avós dos meus filhos nos fins de semana, vê minha mãe fazendo crocher( o que seria impossível ela não tem paciência!), e vê meu pai reclamando,: onde será que deixei as chaves do meu barco!?, gostaria de vê Alice gravida e com o namorado esquisitão ( espero que até lá ele já tenha pedido ela pra casar,porque casalzinho enrolado é esse!). Queria poder fazer um churrasco e poder vê a família toda reunida,mas toda mesmo! Completa,sem faltar uma criança se quer!
Quero poder vê meus netos,e bisnetos! E poder esvultar meus filhos dizerem que eu fui uma boa mãe,porque todos amor que eu não ganhei eles vão ter,e em dobro até!
Quero poder melhorar e largar meus vícios! Quero envelhecer ao lado de quem amo, quero morrer junto com ele,pra que nem um sofra com a morte do outro! Quero uma vida melhor possível. E esse sonho só voltou a ter vida quando o Cris o desenterrou bem lá do fundo do baú!
Obrigado Sr.e Sra. Beckman, por ter trago ele há vida! Obrigado Paulo por ter brigado comigo,sem isso nós nunca teríamos nos conhecido,e obrigado Cris por ter feito estes últimos meses inesquecíveis!.

não há dor que dure para sempre!Onde histórias criam vida. Descubra agora