A Descoberta

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– Enfim, no dia seguinte houve um momento que Draco desafiou Harry para um duelo á meia-noite. Óbvio que eu, Hermione e Astória achamos ridículo. – Astrid disse revirando os olhos para o irmão.

– Já eu e Rony incentivamos a ideia. – Lis falou com um sorriso amarelo.

– Mas mesmo assim todos vieram atrás de mim, e na verdade era uma mentira do Draco para todos nos darmos mal, principalmente eu. Então acabamos no corredor proibido do 3 andar fugindo do Filch e da gata dele. – Harry comenta e leva olhares nervosos de Lily Evans que já tinha os braços cruzados e mexia freneticamente os pés.

– Eu tinha ficado para fora da comunal porque esqueci a senha, então fui com os seis.

– Nisso chegamos a uma porta e bom... Vou ler o que acontece. – Astória disse e começou a ler:


– Ele acha que a porta está trancada! – Harry falou. – Acho que escapamos. Sai para lá, Neville! – Neville puxava a manga do robe de Harry fazia um minuto. – Que foi?

Harry se virou – e viu, muito claramente, o que foi. Por um instante teve a certeza de que entrara num pesadelo – era demais depois de tudo o que já acontecera.


Todos do passado ouviam atentamente a leitura, e parecia no momento que muitos deles estavam perdendo a respiração naquele instante.


Não estavam numa sala, conforme ele supusera. Achavam-se num corredor. O corredor proibido do terceiro andar. E agora sabiam por que era proibido.

Estavam encarando os olhos de um cachorro monstruoso, um cachorro que ocupava todo o espaço entre o teto e o piso. Tinha três cabeças. Três pares de olhos que giravam enlouquecidos; três narizes, que franziam e estremeciam farejando-os; três bocas babosas, a saliva escorrendo em cordões viscosos das presas amarelas.


– DUMBLEDORE COLOCOU O QUE NA ESCOLA? – Lily gritava desesperada enquanto todos estavam chocados no seus lugares.

– Primeiro o Snape, agora um cachorro de três cabeças, Dumbledore esta ficando sênior. – Sirius sussurrou para Marlene que concordou com a cabeça.

– Ele foi provavelmente a coisa menos perigosa nos nossos tempos de Hogwarts. – Astrid disse despreocupada. Nesse momento Lily precisou se levantar para tomar um copo de água.


 Estava muito firme, os olhos a observá-los, e Harry sabia que a única razão por que ainda estavam vivos era que o seu repentino aparecimento apanhara o cachorro de surpresa, mas ele já estava se recuperando e depressa, não havia dúvida quanto ao significado daqueles rosnados de ensurdecer.

Harry tateou à procura da maçaneta – entre Filch e a morte, ficava com o Filch.


– Eu também. – James disse. – Falando em Filch... – Nesse momento ele se virou para os marotos e disse baixo enquanto Astória continuava a ler. – Esqueci de contar, antes das férias, no começo do sexto ano, ele me viu usando o mapa, acho que assim que ele puder vai colocar as mãos e confiscar ele agora no sétimo.


Retrocederam. Harry bateu a porta e eles correram, quase voaram pelo corredor. Filch devia ter tido pressa para procurá-los em outro lugar porque não o viram em parte alguma, mas nem se importaram – a única coisa que queriam era abrir a maior distância possível entre eles e o monstro. Lis, Astória e Astrid foram em direção aos próprios Salões Comunais, em completo silêncio pelo choque recente. Rony, Hermione, Neville e Harry não pararam de correr até chegarem ao retrato da Mulher Gorda no sétimo andar.

– Onde foi que vocês andaram? – perguntou ela, olhando para os robes que caíam soltos dos ombros e os rostos vermelhos e suados.

– Não interessa. Focinho de porco, focinho de porco – ofegou Harry, e o quadro girou para a frente. Eles entraram de qualquer jeito na sala comunal e desmontaram, trêmulos, nas poltronas.

Levou algum tempo até um deles falar alguma coisa. Neville, então, parecia que nunca mais voltaria a falar.

– Que é que vocês acham que eles estão querendo, com uma coisa daquelas trancada numa escola? – perguntou Rony finalmente. – Se existe um cachorro que precisa de exercícios é aquele.

Hermione tinha recuperado tanto o fôlego quanto o mau humor.

– Vocês não usam os olhos, vocês todos, usam? – perguntou com rispidez. – Vocês não viram em cima do que ele estava?

– No chão? – arriscou Harry. – Eu não fiquei olhando para as patas, estava ocupado demais com as cabeças.

– Não, não estou falando do chão. Ele estava em cima de um alçapão. É claro que está guardando alguma coisa.


– O pacotinho do Gringotes. – Marlene disse para Dorcas que concordou com a cabeça.


Ela se levantou olhando feio para eles.

– Espero que estejam satisfeitos com o que fizeram. Podíamos ter sido mortos, ou pior, expulsos. Agora, se vocês não se importam, eu vou me deitar.


– Que comparações são essas, Hermione? – Remus disse rindo.

– Hoje tenho minhas prioridades em uma balança mais equilibrada, acreditem. – Hermione disse corando com as falas da sua eu de 11 anos.


Rony ficou olhando para ela, de boca aberta.

– Não, não nos importamos. Qualquer um pensaria que nós a arrastamos conosco, não é mesmo?

Mas Hermione tinha dado a Harry algo em que pensar quando voltou para a cama. O cachorro estava guardando alguma coisa... Que era que Hagrid tinha dito? Gringotes era o lugar mais seguro do mundo quando se queria esconder alguma coisa – com exceção talvez de Hogwarts.

Parecia que Harry descobrira onde o pacotinho encalombado do cofre setecentos e treze tinha ido parar. E em um dormitório da Corvinal Astrid pensava a mesma coisa.

– Uau, faz todo sentido. – Lily disse voltando da cozinha e se sentando em meio a glumas almofadas no chão. Alice percebeu que ela se sentou bem próximo de James... parece que estava próximo de acontecer.


continua...

História Segunda Chance: Era dos Marotos Lendo O Futuro. LIVRO 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora