Capítulo 15

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17 de Outubro de 2012

Existe uma espécie de magia em uma relação privada, quando você está apaixonada e ninguém sabe, é mais doce. O sentimento se torna parte de você. Assim como a pessoa por quem você está apaixonada.

Existe uma ironia no mundo real, onde as pessoas tem a tendência de se sentir carente no fim de semana. A correria da semana faz as pessoas esquecerem que estão solteiros, mas o fim de semana sempre chega. Ele chega pra te fazer pensar que não vai ter alguém ao seu lado no almoço de domingo. Ou alguém com quem acordar tarde no sábado e ficar enrolando na própria preguiça em uma manhã de outono.

No entanto, quando se tem essa pessoa é mais gostoso passar pelo sábado e pelo domingo, a vida se torna mais mágica. Ter alguém pra dividir esses pequenos momentos de fim de semana é bom

- Então- Taylor virou o rosto para um Harry ainda com cara de sono e um pequeno sorriso, mesmo sendo uma manhã fria de outono, o sol estava ali iluminando aquele quarto e um pouco do rosto dele. Ele não parece se incomodar, pelo menos não quando está tão bonito._ O que acha de panquecas?

Ele continuou dando outras opções, mas ela não ouvia, ela simplesmente olhava para ele. Ela sorri mesmo quando está falando sério e tem aquele toc que volta e meia ele está fazendo, o toc de coçar o canto da boca enquanto fala ou antes de falar. É bobo, mas é tão dele.

Aparentemente Taylor criou o hábito de prestar atenção em coisas sobre Harry, que outras pessoas quase não notam. Por exemplo os olhos dele. São verdes aos olhos de todos, mas se reparar bem é possível notar que às vezes os olhos ficam cinzas, as vezes um fica verde e o outro cinza e isso é tão lindo. Ela costuma pensar no quão selvagens os olhos dele são, mesmo que ele esteja sendo carinhoso e amoroso, os olhos selvagens estão ali.

- Acho que devíamos comer panquecas- Ela diz e ele sorri de lado

- Quem vai subir para fazer?- Ele pergunta e ela olha para ele por inteiro e depois para o próprio corpo

- Considerando que estou nua e que você só precisa colocar um shorts, você deve subir e fazer as nossas panquecas- Harry sorriu e se aproximou deixando um selinho nos lábios dela

- Espertinha- Ele se levantou completamente nu, quase como veio ao mundo, se não fosse pelas tatuagens e pelos cabelos agora castanhos. Taylor tapou os olhos rindo

- Você é terrível- Ela pode ouvir quando ele sorriu e então tirou a mão dos olhos e olhou para ele, agora do lado dela apoiando as mãos na cama e então depositando um beijo rápido na bochecha dela e então subindo as escadas.

Taylor jogou a cabeça para trás e suspirou com um sorriso espontâneo que brotou nos lábios dela. É essa sensação que ela tanto gosta, a sensação do sorriso que surge do nada e a aquece. A sensação de sentir aquela coisa nova, mas não tão nova. Começou a meses atrás, a troca de mensagens acontecia mesmo quando Taylor estava com Connor, mas Harry nunca avançou para ter algo. Não enquanto ela estava com ele, mas ela sempre se lembrara perfeitamente de ver ele vir até ela quando ela disse que havia terminado com Connor.

Ele não fez nada, mas o fato de estar ali foi o suficiente para Taylor fazer por ele. Começou ali, naquele dia.

O delicado começo rápido. A sensação de que você pode saber tanto. Sem saber absolutamente nada.

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