— Obrigada Eliza — falo abraçando-a.
— Ah querida... — beija minha cabeça, um carinho quase que recorrente entre as Danvers.
— Vamos, minha linda? — Kara aparece e eu me desvencilho de Eliza, segurando sua mão em seguida.
— Vamos — beijo sua bochecha e ela abre a porta para que eu me acomode confortavelmente no banco do seu carro. Como sempre, uma lady de fato.
— Voltaremos em algumas horas — Kara fala para a mãe e beija sua testa antes de dar a volta no carro e habituar-se ao meu lado, ligando-o e dando partida instantes depois.
Sua mão descansa de forma descontraída em minha coxa e sorrio entrelaçando meus dedos aos seus, apertando-os gentilmente. Enquanto ela dirigia, meus pensamentos vagaram para a noite anterior. Pela primeira vez, desde que me encontrei nesse lugar extraordinário, jantamos em paz. Jeremiah não estava presente e aquilo em muito me agradara, tendo em vista seu comportamento esdrúxulo de mais cedo e sua dispensável presença. Enquanto comia, observei a interação de todos naquela grande sala de jantar. O mundo pareceu desacelerar por alguns minutos e tudo o que eu conseguia ouvir eram palavras abafadas e risos abrandados. Eliza ria abertamente sobre algo que Kara falara, como se aquilo fosse a coisa mais engraçada do mundo. Alex fazia palhaçadas com Ruby enquanto limpava o canto de sua boca suja. Olhando para minha irmãzinha, pude ver o quão feliz e a quantidade de amor que emanava de seu rosto em um simples sorriso, observando as duas mulheres que mais ama. Lori, alheia estava e alheia ficou, muito preocupada com o pedaço de torta de amoras consideravelmente grande e até abundante em seu prato. Seu pequeno rostinho fazia os mais lindos sorrisos toda vez que levava um pedaço à boca.
Sim, aquilo era algo lindo de se ver.
No café da manhã de hoje entretanto, tivemos a aporrinhante presença de Jeremiah onde, mais uma vez, embora algo no fundo do meu ser clamava ser a última, deixou o clima pesado e frio, um silêncio quase insuportável o qual, contudo, logo se amenizou no momento em que o mesmo levantou e saiu, não nos dando quaisquer explicações de onde ia, não que elas fossem realmente necessárias.
...
Saímos do carro, com Kara novamente abrindo a porta para mim e andamos, de mãos dadas, até aquele tão conhecido e familiar prédio. Os recepcionistas me cumprimentaram assim que me viram, endireitando suas posturas e colocando sorrisos nos rostos. Lhes dei bom dia e segui para o elevador, apertando o último andar.
As portas se abriram e logo fomos cumprimentadas e agraciadas com a presença de Jess, que embora tenha sido brevemente inconveniente em algumas ocasiões, não deixava de ser uma ótima assistente e pessoa.
— Senhorita Luthor! Como é bom vê-la novamente! — nos fala assim que saímos do elevador.
— Digo o mesmo Jess, como você está? — sorrio
— Estou bem senhorita Luthor, a senhorita quer que eu avise o senhor Luthor de que retornou? — faz menção de levantar de sua cadeira, mas eu a impeço
— Não, Jess, obrigada. Eu gostaria de surpreendê-lo. — falo e ela sorri, assentindo e se sentando em seguida — Querida, pode esperar aqui fora alguns instantes? — me dirijo à Kara agora, que assente, fazendo um carinho em minha mão para logo desvencilhar-se do meu toque e se sentar em uma das cadeiras na pequena sala que ali tinha.
Bato na porta e escuto um "entre" como resposta. Assim que adentro, seus olhos saem imediatamente dos papéis à sua frente e se encontram com os meus, um sorriso plantando em seus lábios quase que de imediato.
— Cariño! — exclama levantando e vindo em minha direção — achei que só fosse vir amanhã!
— Precisávamos vê-lo! — puxo-o para um abraço e enterro meu rosto em seu pescoço, sua loção pós barba infiltrando meus sentidos no mesmo momento.
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A estação
FanfictionLena é uma mulher completamente segura de si, mas completamente insegura quando o assunto é amor devido a acontecimentos passados. No auge dos seus 27 anos, Lena sai de Paris, sua terra natal, para enfim encarar a gerência da maior sede da empresa d...