Cap. 1

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A floresta tinha se tornado um labirinto de neve e gelo.

Eu caminhava entre os montes espessos de neve, esses que o vento forte soprava e varriam minhas pegadas e junto a elas qualquer sinal de possíveis pedras.

Estava perto de casa, faltava apenas mais alguns metros a frente. Já conseguia ver a fumaça preta da lareira de casa subindo alto no céu nublado. Passei os dedos dormentes nos olhos, afastando os flocos que se agarravam aos cílios. Meu peito se expandia cada vez mais em busca de ar e como resposta o ar gélido preenchia meus pulmões.

Mal conseguia ver 4 metros adiante. Contendo um resmungo quando braços e pernas enrijecidos protestaram contra o movimento, ajeitei o cesto de palha vazio em minhas costas. Havia sido um dia difícil de vendas, mas com muita luta consegui mais uma vez vender todo o carvão. Graças a isso conseguia ouvir o titilar das moedas no fundo de meus bolsos, tal barulhinho enchia meus olhos de determinação para seguir firme em meio a tal nevasca, lembrar que era o sustento de minha família e iria prover a comida do dia seguinte me movia adiante.

Eles dependiam de mim.

Restavam apenas algumas horas de luz do dia. Por sorte não precisaria me apressar muito, como muitas vezes antes precisei fazer, encontrar o caminho para casa no escuro era horrível e nos últimos dias sendo desesperador. Estava sempre atenta e sabendo das fofocas que moviam a aldeia, afinal todos os dias precisava descer o morro onde minha casa se situava para vender carvão para os moradores, os avisos dos caçadores da aldeia ainda pareciam frescos em minha mente: lobos gigantes estavam à espreita, e muitos deles. Sem falar dos boatos de um povo estranho avistado na área, alto e sinistro e mortal.

Rebbeca dizia ser feéricos, enquanto Lucy suplicava a deuses e deusas há muito tempo esquecidos para ser tudo, menos feéricos. E eu... eu não me importava, desde que nenhum nunca cruzasse meu caminho, porque se isso acontecesse eu correria, correria muito. A imagem de feericos em minha mente não era tão doce quanto de Rebecca, mas era algo mais horripilante do que a de Lucy, os moradores locais faziam um otimo trabalho com lendas urbanas sobre feericos, principalmente tão perto da grande muralha.

Sempre morei no mesmo local, a cabana no topo de uma montanha um tanto distante da aldeia, cerca de 1 dia e meio de viagem da fronteira imortal de Prynthian. Talvez por sempre termos vivido mais perto da fronteira que qualquer um, minha irmã mais nova tenha se permitido fantasiar mais que outros com Feéricos com poderes mágicos e longas orelhas pontudas. Ao pensar nisso quase podia ouvir Lucy exclamar: "Beca, Pare com isso! Você parece os Filhos dos Abençoados falando."

— Ash! – ouvi o chamado de minha mãe ao me aproximar de casa. — Seu rosto está cheio de fuligem. Deixe-me limpar.

— Mãe, não deveria ficar me esperando aqui fora, está muito frio. Vamos entre. – resmunguei depois de escapar do aperto de minha mãe que tentava limpar meu rosto sem muito sucesso.

ASHLEY × acotar ×Onde histórias criam vida. Descubra agora