{Capítulo 6}

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*Maiara on*

Mai: Perdôo. Mas não quero nenhuma aproximação com você, a não ser pelo trabalho

Fer: Deixa eu tentar me aproximar das nossas filhas pelo menos?

Mai: Aí Fernando... Não sei

Fer: Por favor

Mai: Tá, mas vai devagar. Quando ver cumprimenta e aos poucos vai conhecendo elas. Imagina o choque que vai ser quando elas descobrirem que você é o pai delas?

Fer: Tudo bem! Obrigado -Ele me abraça- Eu prometo que vou com calma

Mai: Ok

Fer: Sempre que elas precisarem de alguma coisa você me fala

Mai: Nunca precisei de você antes, espero que não seja agora

Fer: Para de ser orgulhosa Maiara

Mai: Não é orgulho Fernando! Eu não sei nem porque eu tô deixando você se aproximar delas

Fer: Não foi culpa minha!

Mai: Tá, eu preciso ir trabalhar

Fer: Eu posso pelo menos explicar o que realmente aconteceu?

Mai: Uma outra hora. Eu não tô afim e minha cabeça tá doendo -Peguei minhas coisas- Acho que por hoje você já ganhou oportunidades até demais -Saí-

Gustavo: Vai sair mesmo? -O Gustavo estava me esperando do lado de fora e eu me assustei quando vi ele-

Mai: Não, o Fernando conversou comigo

Gustavo: Você perdoou ele?

Mai: Sim. Preciso ir -Não queria responder mais perguntas então fui trabalhar-

-As seis eu arrumei minhas coisas, tirei meu uniforme e saí. Fiquei esperando o ônibus, até que vejo um carro parar na minha frente-

Fer: Entra

Mai: Não, obrigada

Fer: Vem Maiara

Mai: Meu ônibus tá vindo ali

Fer: ENTRA NA PORRA DO CARRO

Mai: Eu já falei que não vou! Fala baixo comigo e pense bem antes de falar dessa maneira comigo. Eu não sou um fantoche que você pode controlar e fazer o que quiser, se aquela vagabunda é assim e aceita você falar dessa maneira com ela, quero te lembrar que eu não sou ela

Fer: Desculpa, eu estou estressado

Mai: Isso não é problema meu

Fer: Entra no carro, por favor

Mai: Meu ônibus chegou -Entrei no ônibus e fui direto pra faculdade-

-Estava exausta, quase dormi no meio da aula, mas não deixei o cansaço me vencer. Assim que a aula acabou eu peguei minhas coisas e saí. Era uma faculdade particular, eu consegui ganhar uma bolsa e agora estou aqui no meio desses riquinhos que graças a Deus não são chatos-

-Fiquei olhando eles saírem de carro, pelo horário eu não ia encontrar um ônibus tão cedo e a Maraisa não podia deixar as meninas sozinhas. Resolvi ir andando, peguei minha mochila e caminhei para a saída da escola. Senti uma mão segurar meu braço-

Fer: Tem certeza que quer ir andando?

Mai: Tá me seguindo Fernando?

Fer: Talvez. Deveria. Mas não, eu vim buscar um documento com um cliente

Mai: Entendi

Fer: Entra -Ele abre a porta do carro pra mim, olhei para os lados e estava tudo deserto, então me dei por vencida e entrei no carro- Finalmente

Mai: Só aceitei porque estou com medo de enfrentar essas ruas desertas e escuras

Fer: Você vai pra casa como todos os dias?

Mai: A Maraisa vem me buscar, mas hoje a Alice tá com febre e ela não pôde vim

Fer: Nossas filhas são tão lindas

Mai: Verdade, acho elas bem parecidas com você. A mãe carrega nove meses, sofre pra parir, pra amamentar e cuidar, e saí a cara do pai

Fer: Queria ter acompanhado essas fases

Mai: Acordar todos os dias e ver aqueles serzinhos faz a vida valer a pena

Fer: A gravidez da Alice você conseguiu levar até os nove meses?

Mai: Sim, mas não consegui amamentar ela. Eu não tive leite por conta do estresse, tive que fazer lactação adotiva

Fer: Como é isso?

Mai: Eu pegava leite de outras mães e com a ajuda de uma sonda que eu colocava no meu seio a Alice mamava. Ela sugava meu seio e a sonda ao mesmo tempo, e achava que estava saindo de mim

Fer: Entendi... Sinto muito que tenha passado por isso

Mai: Eu me acostumei com o tempo

Fer: Entendo. Sinto muito

Mai: Tudo bem. Como você sabe onde é minha casa?

Fer: Seu currículo

Mai: Ah é -Ficamos calados até chegar na minha casa- Obrigada pela carona

Fer: Eu que agradeço você por ter aceitado -Sorri e saí do carro- Maiara... Eu nem sei como te pedir isso...

Mai: O que?

Fer: Posso ver as meninas?

Mai: Agora?

Fer: Se não puder tudo bem

Mai: Não, vem -Ele saí rápido do carro e me acompanha-

Alice: Mãe! -Ela vem correndo e eu pego ela no colo-

Mai: Oi princesa, esse é o tio Fernando -Vejo a Maraisa cuspir a água e aparecer na porta da cozinha-

Alice: Oi -Ela diz tímida-

Fer: Oi Alice, você é linda -Vejo os olhos dele brilharem-

Mai: Cadê a Kamily?

Mara: Dormiu. Oi Fernando

Fer: Oi Maraisa

Mai: Vem ver ela -Subimos para o meu quarto e ele beijou a bochecha da Kamily-

Fer: Que princesa

Alice: Mamãe quero dormir com você

Mai: Você ainda não dormiu por isso né? Preciso tirar essa mania de você -Ela deitou na cama e eu sentei ao lado dela-

Kamy: Mãe? -Kamily me chama ainda de olhos fechados-

Mai: Oi meu amor, eu tô aqui

Kamy: Tá bom, boa noite mãe

Mai: Boa noite princesa -Beijei a testa dela-

Fer: É... Eu vou indo. Obrigado por me deixar ver elas

Mai: De nada! Eu te acompanho -Ele deu mais um beijo na Kamily e me seguiu até lá fora-

Fer: Tchau princesas -A Alice já estava dormindo então ele deu um beijo nela-

Mai: Tchau Fernando -Ele beijou minha testa, e nós descemos, ele entrou no carro e se foi. Fechei a porta e fui para o meu quarto-

-Fui tomar banho, a Maraisa já tinha ido dormir, mas amanhã vai me encher de perguntas. Deitei com minhas meninas e dormir também-




















Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Coisas da Vida {Finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora