"Eu não nasci gay.
A culpa é do meu pai.
Que contratou um tal Uchiha para ser capataz."
Capa por Kook_sunshine
Plágio é crime.
Não permito adaptações.
(#1 - amorgay 05/12/2022)
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Cap 17
Finalmente acabou meus exames, agora eu só tenho que continuar com a terapia e ir uma vez a cada três meses ao cardiologista. Tinha passado exatos seis meses desde a última vez que vi Deidara ou Sasuke e na real não tive nenhuma notícia deles.
Estava saindo do hospital, havia acabado uma sessão de terapia, que não sei por que diabos meu pai me botou, mas tudo bem. Diz ele que é para eu me desestressar e acalmar minha mente, mas ao meu ver isso vai ser um pouco difícil, já que o terapeuta acha que eu estou traumatizado por que sou um gay reprimido. Coitado.
Olhei para um dos carros do meu pai que já esperava na entrada do hospital para me levar para casa, voltarei às minhas atividades de escola e talvez de empresa somente amanhã segundo senhor Minato. Me direcionei ao carro e abri a porta do passageiro levando um susto em seguida. Céus, o Sasuke estava lá. Dei um pulo para trás colocando minha mão no peito pelo susto, o vendo me olhar preocupado. Pera o que? Preocupado?
Adentrei no carro envergonhado pelo pulinho que tinha dado rezando para que ele não tenha percebido. Depois de tudo o que aconteceu eu não sei nem como olhá-lo, queria entrar no banco e, ao invés de inventarem as gramas gritantes, inventassem uma mão pra bater na minha cara de tacho estampada no meu rosto naquele momento, idêntico à um outdoor.
Sasuke dá partida no carro e o silêncio parecia fazer festa, sério, dava para ver ele fazendo quadradinho na minha frente.
Sasuke:– Naruto - Me assustei com o som de sua voz grave no meio daquele silêncio. - Precisamos conversar. - Apenas fiquei calado porque mesmo que eu quisesse não sairia nenhuma palavra da minha boca. - Ambos sabemos das situações desconfortáveis que estão acontecendo entre nós dois. Dentre elas existe uma que eu mesmo provoquei, e é por causa dela que estamos conversando agora. - Fala sério sem tirar os olhos do volante.
– V-você fala do...
– Sim, estou falando justamente daquele dia.
Depois que ele falou isso parece que mesmo sendo impossível o clima naquele carro piorar, ele piorou. Qualquer pessoa que passasse e olhasse para dentro do carro veria o quão tenso estava aquele ambiente.
– Eu sei que o que eu fiz foi errado, não me orgulho disso e não sei o porquê de ter feito. - Depois de alguns minutos em silêncio ele continua. - Eu quero que você saiba que eu sinto muito. - Fala hesitante, e não sei se era impressão minha, mas ele me parecia nervoso.
– Tudo bem, até que não foi tão ruim. - Me repreendi assim que terminei de falar. O QUE PORRA FOI QUE EU DISSE? Naruto tú é um filho da puta burro do caralho. Sabe aquela vontade de SUMIR? Pois pronto, era ela que eu enfrentava. Estava na disputa se sumia ou me matava.
Senti o seu olhar sobre mim que foi desviado rápido como se ele tivesse se surpreendido com o que eu disse, o que é de se esperar pelo fato de até eu mesmo ter me surpreendido. Me encolhi no banco com uma enorme vontade de pular da ponte. Vi o carro ir parando devagar no acostamento e a única coisa que eu pensava era "fudeu ele vai me matar aqui e agora". Senti sua mão passar pelas minhas pernas, o que me fez arrepiar.
