23. Irreconhecível

463 60 23
                                    

Cap 23

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cap 23

Dei:- N-Naru... - Tentou falar alto mas sua voz estava falha, e eu estava tão em choque que não conseguia correr até ele. Observei aqueles caras de branco chegarem o colocando, mesmo que quase desacordado, em uma camisa de força.

Vi lágrimas escorrendo pelo rosto dele já molhado, lágrimas essas que se misturavam com o sangue aos poucos. Deidara tremia, e mesmo que sem força, tentava se dissipar daqueles "médicos". Ele estava ainda mais magro que antes, sinceramente eu não sei se conseguia acreditar que era o Deidara, ele estava tão diferente, tão... irreconhecível. E o mais doloroso de tudo isso foi escutá-lo soluçar alto pela primeira vez na minha vida.

Dei:- N...NARUTOO!!! - Colocou tudo que tinha naquele grito, e eu juro , que preferia está surdo do que ouvi-lo gritar daquele jeito. Um daqueles médicos aplicaram sem nenhuma delicadeza uma agulha em seu pescoço, na intenção de dopá-lo, mesmo ele tentando continuar gritando. O loiro se esgoelava e se debatia desesperado, e assistir seus movimentos cada vez mais fracos era horrível. 

- Solta ele… - Sussurrei para mim mesmo. - S-SOLTA ELE!!! - Gritei tirando a arma do Sai do meu bolso hesitando. Minha mão tremia compulsivamente e em minha cabeça tinha pensamentos tão desconexos e desesperados que não parecia serem meus. Eu estava em pânico, não  podia deixar o Dei ali, eu não podia. Respirava descompassado sem conseguir nem sequer terminar esse pequeno ato, e em um misto de desespero e pavor estremeci meu corpo, sentindo um tremor ao disparo da arma. Esse que acabou atingindo um dos médicos. 

Todas as pessoas da rua começaram a correr enquanto alguns de seus colegas tentavam ajudar o que foi baleado e outros corriam tentando levar o Deidara junto. Já eu, não havia nem acreditado no que tinha acabado de fazer.

Lágrimas desciam dos meus olhos sem parar, e eu tremia descrente e perdido. Tentei correr até o Deidara mas acabei caindo, como falei antes, eu estava cansado e sentia minhas pernas bambas. Ergui a arma mais uma vez, eu não queria fazer isso mas eu não podia deixá-lo ali, e acabei atirando várias vezes, acho que só parei quando acabaram as balas.

Abri meus olhos lentamente, havia mais uns dois médicos caídos, inclusive o Deidara. Corri até ele morrendo de medo de tê-lo atingido. Mas antes que eu pudesse checar, o peguei nos braços e comecei a correr. Ele estava muito magro, seu peso não era um problema.

Corri o mais longe que conseguia, sem nem ver para onde e sem me importar que as pessoas pudessem nos ver. Até que olhei para o outro lado da rua que eu nem conhecia, e vi Itachi vestido de policial ao lado de uma viatura fazendo uma abordagem a dois caras em uma moto.

Sai correndo em sua direção e assim que ele nos viu, liberou os caras e veio correndo até a gente — acho que ele nem tinha reconhecido que era o Deidara em meus braços. Eu sentia algo molhado se espalhando em minhas roupas e sabia que era sangue, não meu, mas sim do Dei.

Nasci gay - Sasunaru (Narusasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora